Fiamma Zarife
Fiamma Zarife

Fiamma Zarife, diretora-geral do Twitter no Brasil, foi a palestrante que encerrou a Conferência Empreendedorismo e Tecnologia Na Prática, que aconteceu na segunda-feira (22). Em evento que reúne jovens talentos e representantes de grandes empresas dos setores contemplados, ela falou sobre choque de gerações, flexibilidade e ser uma mulher executiva. ““À medida que eu fui subindo na carreira eu vi as minhas colegas mulheres rareando”, destacou.

No cargo desde o início de 2017, ela admite que ter flexibilidade é uma das coisas que mais valoriza em seu trabalho. “[Poder] estar em um pediatra com o meu filho, receber uma ligação do meu chefe e ele dizer: desculpa, ligo em uma hora”, conta, “ou estar trabalhando de casa porque meu filho está doente e entrar em um call com pessoas do mundo todo e ninguém achar estranho.”

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Empatia geracional

Atuando em uma gigante de tecnologia, é de esperar que Fiamma se depare com choque frequente entre gerações. Mas, de acordo com ela, isso não é um problema. Pelo contrário: a diversidade causa uma tensão criativa que, se bem explorada, pode oferecer melhores resultados e ideias.

“Qualquer rede diversa vai trazer embates – isso é esperado e desejado”, afirma. “O que eu prego no Twitter é a empatia geracional, entrar numa perspectiva da outra geração e ter um novo olhar sobre a sua.” Apesar de uma prática “saudável”, o embate dentro das empresas “pede” certo nível de capacidade de se comprometer.

Para ilustrar o que ela considera um debate produtivo causado pelo choque de gerações, Fiamma conta uma história que se passou no Dia Internacional da Mulher. “O head da área de real state contratou um rapaz pra entregar flores para todas as mulheres do escritório. Eu estava em uma reunião e tinha uma manifestação na minha porta”, lembra ela.

Várias mulheres haviam se reunido contra o ato. “No meu repertório, aquilo era natural”, explica Fiamma, “eu já esperava chegar em casa e receber uma flor do meu marido”. Até que as manifestantes disseram a ela que a flor representava a delicadeza, que não era o ponto da celebração da data, e sim a luta das mulheres pelos direitos.

“Fizemos um all hands pra falar da flor e saímos de lá entendendo que cada um tem o seu repertório”, constata ela. “As meninas me ensinaram muito e foi uma das discussões mais ricas que tivemos.”

 

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