O Google se juntou ao Datafolha e à consultoria Mindset-WGSN em um estudo que buscou mapear urgências e realidades da população negra brasileira (que corresponde a cerca de 60% do total). Segundo a gigante de tecnologia, sua expectativa era “que esse conhecimento diminua a distância entre o que de fato importa para a população negra e o que vem sendo discutido.”
Selecionamos algumas das descobertas da pesquisa – você pode conferir seus resultados na íntegra no site Think With Google.
Para mapear as principais pautas dessa população e entender o nível de urgência, foram feitas conversas qualitativas com especialistas, pessoas negras de variados perfis e criadores do YouTube com canais relacionados à pauta. Na fase da pesquisa quantitativa, por sua vez, homens e mulheres autodeclarados pardos e pretos com variações de região, idade e classe social apontaram o nível de urgência percebido em cada um dos temas previamente levantados.
“Nem sempre o que é discutido é tão relevante para a população negra”
O estudo constatou que algumas pautas consideradas urgentes por essa população não têm o tanto de visibilidade que precisariam.
De acordo com os entrevistados da pesquisa Consciência Entre Urgências, as cinco principais pautas da população negra são:
“Mesmo que essa pauta ocupe o quinto lugar no ranking, os entrevistados acreditam que as políticas afirmativas são mais discutidas do que urgentes”, destaca o Google. A preocupação com o tema acompanha o nível de escolaridade dos respondentes – quanto mais escolarizado, maior ela é.
O sentimento de urgência sobre a pauta genocídio cresce com o nível de escolaridade, de acordo com os dados do estudo. Em 2017, 65% das vítimas de homicídio foram pessoas negras (do Atlas da Violência, 2019).
“Mesmo sendo a maioria da população, as mulheres negras estão em desigualdade em todos os indicadores”, retrata o estudo do Google. Cerca de 66% de todas as mulheres assassinadas em 2017 eram negras (Atlas da Violência, 2019). E, enquanto as mulheres brancas têm salário equivalente a apenas 76% do salário médio dos homens, esse número é ainda menor para as negras: 55% (dados do Observatório da Igualdade no Trabalho, de 2019).
Essa pauta se baseia em como os negros se sentem representados na política e em campanhas publicitárias. “Para 63% dos entrevistados, a história da África e a construção da identidade negra são mostradas de forma limitada e estereotipada ou não são nem mesmo mostradas nas escolas brasileiras. Já para os jovens entre 16 e 24 anos, essa questão é ainda mais forte: o racismo estrutural e institucional é a urgência número um.”
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2018, a população negra representa cerca de 65% dos desempregados no país. Além disso, segundo a PNAD Contínua de 2017, a população negra tem salário médio equivalente a apenas 58% do salário médio da população branca.
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