Time de futebol põe as mãos na bola antes do jogo

Uma empresa pode vender os melhores produtos pelos melhores preços, e ainda assim não será bem sucedida se não tiver uma equipe de marketing eficiente. Em um mundo globalizado e cada vez mais competitivo, o marketing é essencial para o sucesso de qualquer operação comercial que pretende ser escalável. Por essa razão, essa costuma ser uma das áreas mais desafiadoras e dinâmicas dentro das empresas. Não é diferente com a Casa & Vídeo, uma das líderes de varejo com atuação no estado do Rio de Janeiro.

“O marketing tem a missão de transformar as metas de venda da empresa em desejo de compra dos clientes. É uma das peças mais importantes da companhia”, explica Carlos Lins, da Casa & Vídeo. Na empresa desde 2011, Carlinhos como é conhecido por lá entrou como analista e hoje é gerente de marketing. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade, ele conversou com o Na Prática sobre como descobriu a sua vocação profissional e os desafios da passagem da área de criação para gestão.

Escolha da graduação

“Eu sempre gostei muito de desenhar e tive muita ligação com design”, explica Carlos. Na época dos vestibulares, quando foi escolher seu curso de graduação, ficou inclinado a seguir com Desenho Industrial, mas algumas matérias da grade como matemática e geometria o desanimaram. Acabou decidindo mergulhar de vez no mundo das Humanas e foi cursar Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio).

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Na PUC, o aluno decide a habilitação do curso no terceiro período, após um ano e meio de vivência nas três possibilidades do curso: Jornalismo, Publicidade e Cinema. Escolheu habilitar-se em Publicidade.

Se, por um lado, não nega a importância da base comum dos cursos de Comunicação Social (disciplinas como sociologia, filosofia e ciências da comunicação), por outro, escolheu focar toda sua especialização durante o curso na área de criação. Ao mesmo tempo, dedicou-se a diversos trabalhos voluntários nessa área, onde “podia extravasar toda energia criativa e com bastante liberdade”. Como voluntário, fez jobs para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e para a Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Recém-formado e com muita habilidade para realizar criação gráfica para publicidade, optou por trabalhar como freelancer. “Naquele momento da minha carreira, era o mais rentável”, conta. Porém, os lados negativos do trabalho freelancer logo apareceram: ausência de rotina, falta de estabilidade e alta dependência da demanda dos clientes. Assim, pouco mais de um ano após ter se formado, foi trabalhar na equipe de comunicação interna do Jornal do Brasil (JB), um tradicional periódico carioca.

Descobrindo o marketing

“Eles buscavam alguém que tivesse aptidão para design mas também soubesse lidar com texto, e eu tinha esse perfil mais multidisciplinar”, ele conta. Foi em contato com as funções exercidas pelo time de comunicação interna que ele começou a ver o design não só como um processo puramente criativo, mas também como uma ferramenta para melhorar a eficiência da comunicação. “Nesse momento eu comecei a enveredar para o marketing, e nunca mais sai desse caminho”, comenta. “Foi aí que senti que a formação mais completa e ampla propiciada pela grade de comunicação da PUC havia me preparado para os desafios que estavam por vir.

Nesse momento, além da comunicação interna em si, suas funções estavam bastante relacionadas ao chamado endomarketing nome dado ao marketing institucional interno, ou seja, o conjunto de estratégias e ações de marketing institucional voltadas não para o consumidor, e sim para o público interno, como funcionários, revendedores e acionistas. São funções como desenvolvimento de campanhas internas, projetos especiais e eventos motivacionais, ações para melhorar o clima organizacional, entre outras.

Acabou acumulando algumas tarefas de marketing externo, como manter o Clube JB, programa de relacionamento com o cliente.

Depois de um ano e três meses, saiu da empresa junto com seu ex-gerente e foi para rede de varejo Casa & Vídeo.  

Especialização 

Na Casa & Vídeo, ele fez parte da equipe que implementou a área de comunicação interna e endomarketing. Diante dos desafios maiores, decidiu fazer um MBA em marketing. “Queria adquirir uma visão mais empresarial e analítica”, justifica.

Depois do curso, realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), migrou para a área de marketing propriamente dito e fez carreira por lá. “Eu consigo enxergar muito claramente a minha carreira antes e depois do MBA. Foi um curso muito agregador, que abriu a cabeça. Foi um momento oportuno para parar, olhar para as teorias e trazer tudo isso para a prática”, conta o executivo. “Para quem é da área de marketing, eu recomendo algum tipo de especialização com foco específico no que você trabalha”.

Hoje, Carlos saiu da operação para um cargo de gestão e é gerente de marketing. Justifica o crescimento acelerado na empresa por sua visão holística do negócio. “Sempre achei que podia ir além da minha área, contribuir para a empresa como um todo. E sempre acreditei muito em trabalho em equipe. Se você não tem um time bom, você não é ninguém”, diz.

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Dia a dia do cargo

Em um cargo de liderança, seu dia a dia é bastante ocupado com reuniões. Para quem também almeja esse crescimento na carreira, ele alerta: “Se você tem um perfil centralizador, pode tonar-se difícil ser um bom gerente”. Para Carlos, é importante saber delegar e confiar na sua equipe. “É no momento em que você confia e acredita nas pessoas que elas se desenvolvem, e a função primordial de um gestor é desenvolver pessoas”, conclui.

A frente de uma equipe numerosa, ele conta que um de seus principais desafios diz respeito exatamente à gestão de pessoas. “O aprendizado com essa troca diária com as pessoas, cada um com um perfil diferente, é o maior ganho de um gestor”, comenta. “A gente tem um dia a dia muito pesado, então é importante manter a equipe coesa e todo mundo trabalhando junto”. A habilidade principal de um gerente? Identificar talentos.

“Nosso time é responsável pelo planejamento de marketing e pelas campanhas da Casa & Vídeo, ele conta, explicando que o trabalho envolve uma interface grande com agências de Publicidade, que fazem a parte criativa. Já a aprovação do material e o contato com a equipe da área comercial fica todo a cargo da equipe de Carlos.

“A gente pega as necessidades e demandas da diretoria da empresa e traduz isso em campanhas e anúncios que darão um gás nas vendas”, ele explica. Hoje a Casa & Vídeo promove encartes semanais, comerciais na televisão, anúncios em rádio, entre outras formas de comunicação com os clientes.

Fora isso, o time ainda é responsável pelas ações de patrocínio, eventos, assessoria de imprensa e endomarketing. Hoje, ele vê muito futuro nas ações de micro marketing: “Ações locais, voltadas para uma realidade específica, seja em um shopping, uma loja de rua sediando um evento”, explica.

“Dá muito orgulho quando fechamos uma campanha e conseguimos enxergar que ajudamos a bater metas e realizar vendas. Não existe esse papo de glamour no Marketing, é mão na massa e muito trabalho”, conta Carlinhos.

 

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