Compliance

As iniciativas contra a corrupção no Brasil aumentaram a preocupação das empresas com a conformidade de suas ações com leis e regulamentos. É o que mostra uma pesquisa da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM). Realizada em 2016, mostrou que 60% dos empresários aumentou seus investimentos em programas de integridade por causa destas ações em curso no país. Com isso, cresce o setor especializado em garantir o cumprimento das normas nas instituições, o compliance.

“Justamente por ser um mercado relativamente novo no Brasil, um dos seus maiores desafios é conseguir encontrar profissionais capacitados, com experiência no assunto”, explica Pedro Bueno Vieira, compliance officer da Eletropaulo.

Em sua função, Pedro, que também é membro da rede de Líderes da Fundação Estudar, conta que é “responsável por promover a obediência às políticas e diretrizes da empresa, bem como às leis e regulamentações vigentes, além de encorajar uma cultura organizacional pautada pela ética”.

Segundo uma pesquisa feita pela auditoria e consultoria KPMG, a atuação do compliance se dá em três eixos básicos: prevenção, detecção e resposta. O que, na prática, se traduz em ações como “elaboração e revisão de políticas e procedimentos, execução de treinamentos sobre o tema, bem como a investigação de eventuais irregularidades”, diz Pedro. Entre os lugares em que estes profissionais podem atuar, ele menciona empresas, escritórios de advocacia e consultorias como os principais exemplos.

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Perfil para atuar na área de compliance

Na maior parte das vezes, o trabalho do profissional de compliance trata de assuntos delicados e e se dá sob condições de muita pressão, segundo o compliance officer.

Como principais competências para trabalhar na área, ele cita “conhecer as legislações sobre o tema, ter boas habilidades de comunicação e entender sobre mapeamento de processos”. Para ele, “fluência em inglês, ser curioso e atento aos detalhes” são diferenciais vantajosos.

Ainda que dependa muito do local onde o profissional de compliance trabalha, de acordo com Pedro, uma formação jurídica certamente dá o conhecimento necessário para atuar na profissão.

Capacitação 

Por ser uma área emergente, são recentes as possibilidades de formação específicas. Entre as instituições que as oferecem, estão Insper, FGV, Mackenzie, PUC e FIA. Em sua maioria, são cursos bem menores do que uma graduação, que exigem experiência ou formação superior.

A partir de uma faculdade de Direito, ou algo relacionado com o setor da instituição em que se quer trabalhar, também é possível prestar exames com certificação, que atestem conhecimentos e competência para atuar no setor. Por exemplo, a CPC-A (Certificação Profissional em Compliance Anticorrupção) realizada pela parceria da FGV Projetos com a Legal Ethics Compliance (LEC), que só tem como requisito ensino superior completo.

Outra opção é a CPLD-FT (Certificação Profissional em Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo), promovida pelo Instituto dos Profissionais de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (IPLD).

 

 

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