jovens no encontro nacional de ligas universitarias

Entre 5 e 11 de setembro, interessados em atuar na confederação brasileira de ligas universitárias, a Coligação, podem se inscrever e concorrer a 35 vagas na equipe nacional da organização. “São vagas para universitários proativos, que gostam de grandes desafios e oportunidades de atuação nacional”, explica Jessica Messias, presidente da organização.

O processo seletivo, que dura cerca de duas semanas, será dividido em três etapas e terá encontro com um painel e entrevista com a presidência. Entre os pré-requisitos estão ser presidente de uma liga universitária afiliada (ou que queira se afiliar) e ter até dois anos de formado.

Estabelecida em outubro de 2015 no Encontro Nacional de Ligas, a Coligação tem por objetivo estabelecer uma rede nacional para representar o movimento das ligas universitárias no Brasil, ajudando-o a crescer e se desenvolver.

E tem tido um crescimento vertiginoso: em janeiro, tinha 25 ligas afiliadas. Hoje são 258 com mais de 20 temáticas, quatro mil integrantes e presença em 90 universidades brasileiras.

História da Coligação

Em 2014, a então estudante de arquitetura e urbanismo Jéssica Messias estava em busca de novos desafios. “Mesmo com conhecimento de ferramentas, métodos e estratégias adquiridos em organizações, sentia que ainda faltava algo”, lembra.

Decidiu fundar uma liga universitária que unisse seu curso com temas que também lhe interessavam, como engenharia civil, sustentabilidade e tecnologia. Inscreveu sua Liga da Construção no Programa de Incubação de Ligas da Fundação Estudar e, no fim de 2015, ganhou a certificação de Liga Ouro pelo engajamento e alcance de seu trabalho – que abarca estudantes de várias universidades na região de Campinas e pretende se espalhar pelo estado de São Paulo.

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Recém-formada pela Universidade Paulista de Campinas e prestes a começar uma pós-graduação em Arquitetura Sustentável, Jéssica se encantou com o ambiente das ligas e tornou-se co-fundadora e presidente da Coligação.

“A Coligação é uma organização sem fins lucrativos que tem o propósito de representar, estimular e legitimar o movimento nacional de ligas universitárias por meio de uma rede colaborativa que impulsiona e acompanha suas ações de impacto”, explica Jéssica.

Jéssica Messias
Jéssica Messias [Luis Felipe Moura]

Um dos principais objetivos da Coligação é criar pontes para que as ligas espalhadas pelo Brasil conectem seus saberes e atividades entre si, assim como dar suporte às já existentes com programas de acompanhamento e desenvolvimento. “Ao fornecer capacitação e desenvolvimento, aumentaremos o número de transformadores querendo impactar positivamente o país”, resume ela.

Como funcionam as ligas universitárias

Uma liga universitária é essencialmente uma organização gerida por jovens estudantes para conectar o ambiente acadêmico e o mercado de trabalho em determinada área, possibilitando um mergulho no mundo real logo cedo.

Entre as mais de 400 ligas inscritas na incubadora da Fundação Estudar no ano passado estavam temáticas como saúde, construção civil, direito, mercado financeiro e empreendedorismo, por exemplo.  

“Uma liga pode agir de diversas formas, como através de palestras, workshops, incubação de startups, fomento à pesquisa, grupos de estudos, cursos de capacitação e rodadas de discussão e de negócios”, diz Péricles Borges, co-fundador e diretor de finanças da Coligação.

Para criar uma liga, o universitário – de qualquer nível superior, seja graduação ou doutorado – deve ter conhecimento e afinidade com o tema escolhido e estar disposto a abordá-lo de forma profissional e eficaz. É possível manter-se nos quadros de uma liga universitária por mais dois anos após a conclusão do curso.

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A Coligação sugere que o grupo fundador seja composto por pelo menos quatro pessoas, com propósitos e interesses similares e/ou complementares. “O essencial é o jovem ainda possuir um vínculo com a universidade e estar disposto a aprender na prática muito do que seu mercado de atuação exige”, resume Jéssica.

Pericles
Pericles [Acervo Pessoal] 

Membros voluntários se dividem então entre atividades de gestão e aquelas que conectam mundo profissional e o acadêmico. “Muitas soft skills são lapidadas, como relacionamento interpessoal, empatia, resiliência e trabalho em time”, fala Péricles. “A experiência prática na área de formação do jovem é um aprendizado incalculável trazido pela liga.”

Jéssica concorda. “O mercado de trabalho se manteve aberto para quem se mostra proativo e quer impactar positivamente o Brasil, ainda mais com a crise em que estamos vivendo”, fala ela, que descreve as ligas como uma “pré-aceleração” profissional.

Através de experiências em organizações estudantis como essa, diz ela, é possível aprender recursos profissionais avançados mais rápido e largar na frente depois de se formar. “Meu trabalho com as ligas aumentou minha rede de contatos profissionais e atualmente tenho parcerias com grandes empresas e organizações”, conta.

Interessou-se? Saiba mais sobre o processo seletivo para a equipe nacional da Coligação e inscreva-se!

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