Vamos terminar 2015 com uma certeza no mundo dos negócios: o jogo mudou. E a integração de tecnologias emergentes foi o combustível das transformações que impulsionaram o nascimento e a consolidação de startups disruptivas, inovadoras, capazes de subverter a ordem de setores até então dominados por modelos imunes aos impactos da digitalização.
Este foi o ano em que assistimos a gestação de “empresas unicórnio”, avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, que encontraram no mercado brasileiro um solo fértil para fincar suas raízes com os ingredientes indispensáveis para a proliferação de negócios baseados em bits. Dois fatores principais adubaram o ganho de market share por parte de empresas fecundadas com DNA essencialmente digital no país.
O primeiro foi o rápido e contínuo crescimento da nossa base de internautas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE, 9,8 milhões de novos brasileiros com mais de 10 anos passaram a acessar a Web em 2014, alcançando 54,4% da população (mais de 95 milhões de pessoas conectadas).
O outro é a febre dos smartphones, que superaram 76 milhões de unidades no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Nielsen Ibope, o que representa um aumento de 48% se comparado ao mesmo período de 2014 e uma penetração de 61% entre os 125 milhões de brasileiros que usam celular.
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Como decorrência do nascimento desta nova geração de conectados, surgem – e continuarão surgindo – empresas e modelos criados a partir da integração de sistemas e a associação de plataformas mobile com geolocalização, big data, redes sociais, marketing on-line e uma infinidade de ferramentas e tecnologias a serem ainda inventadas para garantir maior alcance ao consumidor, identificando onde está, o que deseja e quanto quer pagar.
Acha que tudo não passa de um modismo passageiro? Então é bom saber que já há empresas conquistando maiores índices de conversão em vendas em dispositivos móveis e apps do que no desktop e que muitas delas sequer cimentaram um tijolo no mundo físico.
Dispostos a experimentar e navegar em apps que nos ajudem a deixar a vida mais fácil e econômica, como desde chamar um motorista, pedir um delivery, trocar mensagens, pesquisar e comparar produtos e preços ou pagar uma conta no banco, incorporamos o smartphone na nossa rotina e este é certamente um hábito que não iremos abandonar, assim como aconteceu rapidamente quando o telefone foi inventado e servia apenas para (lembram?) falar.
No Brasil, a nova onda empreendedora já tem incomodado e despertado corporações gigantes de diversos segmentos, que correm para se adaptar aos novos tempos e não perder a competitividade em decorrência das mudanças nos comportamentos de consumidores cada dia mais conectados e dispostos a aderir a serviços que ofereçam mais qualidade e agilidade por um preço menor, um comportamento também impulsionado especialmente em períodos de crise.
Entra em cena o CDO. Um sinal claro do interesse das empresas brasileiras na transformação de seus negócios está no aumento da procura e contratação de um “novo C”, o CDO – Chief Digital Officer, profissionais que vêm ganhando mais poder nas corporações americanas e que, por aqui, também já são chamados para analisar e desenvolver projetos focados em inovação e digitalização não apenas do core business, de produtos e serviços, mas de todos os departamentos, do chão de fábrica a logística, do marketing e vendas ao RH. De acordo com a organização CDO Club, desde 2013 a contratação destes profissionais vem dobrando a cada ano no mercado americano.
Cada vez mais desejado pelas empresas, o CDO tem a função básica de transformar análogo em digital.
Ele ainda é um profissional raro, já que, além de estar sempre com o radar ligado para as novas tecnologias e tendências, deve reunir diversas habilidades ainda difíceis de encontrar em um único curriculum, como conhecimentos em mobile, e-commerce, meios de pagamento, marketing digital, social media, localização e várias outras competências necessárias para fazer o meio de campo entre as áreas de TI e negócios.
Em alguns casos, provavelmente veremos o CDO tomar a cadeira do CEO e se transformar no principal executivo de organizações que alicerçarem seus modelos em estratégias digitais para conquistar, engajar, fidelizar e monetizar clientes.
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Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor