A autogestão é uma das habilidades mais importantes no mercado de trabalho atualmente. Não é uma competência técnica e nem está diretamente ligada aos resultados finais, mas, ainda assim, todos os profissionais precisam dominar. Entende o porquê disso? Neste artigo, o Na Prática te explica.
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O conceito de autogestão é simples: trata-se de uma habilidade desenvolvida pelos profissionais para gerenciar a si mesmo em questões como tempo, responsabilidade, decisões e resultados – desde que essa gerencia esteja associada ao objetivo final da organização.
Pessoas que dominam essa habilidade emocional conseguem ser mais autônomas e tendem a não depender da opinião e da supervisão de outras pessoas para realizar as tarefas. É comum que pessoas empreendedoras tenham essa habilidade mais desenvolvida, já que aprendem a tomar decisões baseadas em um conjunto de habilidades inerentes à autogestão.
Das diversas fantasias que funcionários alimentam sobre seus chefes, uma é muito comum: a de que ele é o único responsável por orientar, administrar e avaliar o seu trabalho.
Contudo, o poder pode e deve ser compartilhado, na visão do fundador da escola de aprendizagem contínua Cultman, Rogério Boeira.
“Um profissional que não depende do chefe para tudo ganha em produtividade e eficiência”, afirma ele ao dizer que a descentralização das decisões é uma tendência.
“Os melhores empregadores sabem reconhecer essas pessoas [que se autogerenciam] e certamente deverão recompensá-las com boas oportunidades.”
Para começar, é necessário que você conheça muito bem quais são as suas responsabilidades e o que as pessoas esperam de você – a partir do acordo firmado entre as partes.
Nesse sentido, você precisa ter consciência sobre as expectativas básicas que existem sobre você porque, se isso não acontecer, as pessoas vão precisar te lembrar a todo instante sobre as tarefas.
Hoje em dia, muitas empresas possuem sistemas de onboarding, que servem para ambientar e explicar as expectativas aos novos funcionários. No entanto, é interessante que você pergunte sobre as suas responsabilidades de modo mais direto – se essa prática não for comum por parte dos superiores.
Após entender as suas responsabilidades, é muito importante compreender como o seu trabalho impacta a estrutura geral da sua empresa. Assim, será possível chegar a uma conclusão definitiva sobre como eventuais erros podem impactar o trabalho das outras pessoas.
Existem erros toleráveis e erros irreparáveis que podem gerar prejuízos irreversíveis para a organização. Por outro lado, existe margem para ações que podem dar retornos positivos de grande valor. Conhecer o impacto do seu trabalho, portanto, é fundamental para ser mais proativo e autônomo no dia-a-dia.
No caminho para alcançar maior autogestão, é interessante não confundir empoderamento com independência absoluta da estrutura. Você não tem obrigação de só entregar a solução pronta para o seu chefe: é permitido apresentar dúvidas, questionamentos ou mesmo problemas para ele.
O ideal, nesse caso, é estabelecer um meio termo entre o microgerenciamento, situação em que você pergunta tudo para o seu superior, e uma espécie de “voo livre”, em que você não pergunta nada. Precisa haver troca entre você e o seu chefe, baseada em confiança mútua.
A autogestão não pode e não deve ser uma sobrecarga de responsabilidades que tendem a gerar crises psicológicas como o burnout, por exemplo.
Para consolidar sua autonomia e a sua autogestão, é importante ter um olhar crítico para o seu próprio trabalho de forma perene. Só assim é possível concretizar ideias que dão certo e descartar tentativas de avanço falhas.
Para isso, uma ideia é manter um diário dos insights e lições do seu dia a dia no escritório. A prática, além de permitir uma análise dos desafios e das soluções, ajuda a sistematizar o seu desenvolvimento.
A autogestão emocional nada mais é do que a habilidade de compreender os processos mentais que podem nos ajudar ou nos atrapalhar nas tarefas diárias e na realização dos nosso objetivos.
Aqui no Na Prática, nós temos um conteúdo completo dedicado a explicar como desenvolver essa e outras habilidades relacionadas à inteligência emocional, que também podem te ajudar a ter mais autonomia no seu dia-a-dia. Confira:
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