Por Gabriel Vinholi
Entre 1981 e 2001, Jack Welch foi CEO da General Electric (GE). Durante este período, seu trabalho foi tão influente que levou-o a ser eleito maior gestor do século 20 pela revista Fortune.
Em um longo bate-papo na HSM Expo 2017, um evento em São Paulo, ele utilizou seu meio século de experiência profissional para compartilhar conselhos úteis para gestores, empreendedores, líderes e jovens que estão num momento de decisão de carreira.
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Trocar de área não é algo incomum, muito menos para líderes – e há como fazer essa mudança de um jeito mais eficaz.
Welch sugere angariar seus conhecimentos em sua área, as lições que aprendeu sobre gestão, cultura, pessoas e tecnologia e se perguntar: como pode transferir esse conhecimento para uma área nova?
Um exemplo citado foi a Amazon, que adquiriu a bem posicionada rede de supermercados Wholefoods. Apesar de seus vários pontos fortes, a Wholefoods poderia ser complementada com o que a Amazon oferece de melhor: uma entrega excepcional e preços mais baixos.
Questionado sobre a tendência crescente de home office, Jack Welch foi direto: “Quantos CEOs você já viu que trabalham de casa?”
“Sei que tem gente que trabalha muito bem de casa e está ótimo, mas provavelmente não estão com uma posição de vice-presidente na mira.”
De acordo com o empresário, estar fisicamente presente na hora de uma crise realmente importa. Além disso, ele cita a dificuldade de construir de laços de confiança entre pessoas que nunca se viram. “Sentar no escritório faz toda a diferença”, afirma.
Para Welch, um líder nunca está pronto. Há, no entanto, cinco características que lideranças precisam ter para liderar bem:
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O mundo está mudando mais rápido do que nunca e, para uma empresa continuar competitiva, ela precisa ser ágil.
O segredo de Welch é investir em uma cultura igualmente ágil, que tenha pessoas confortáveis com o ambiente de mudanças, capazes de se adaptar rapidamente e que evitem burocracia desnecessária.
Para que as pessoas consigam inovar, não basta chegar com a frase “temos que inovar”.
“As pessoas vão simplesmente responder que não são o novo Steve Jobs”, diz Welch. “Uma maneira melhor é tornar a inovação pessoal. Diga para as pessoas: ‘Encontre uma maneira melhor de fazer as coisas todos os dias.’ Assim, todos têm a chance de entrar no jogo.”
Com essa estratégia, todos os colaboradores conseguem se identificar e começam a encontrar jeitos mais eficientes de fazer seu trabalho.
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“Minha meta é fazer com que todos saibam o que a vitória faz pela empresa, pelas pessoas e pela comunidade”, diz Welch. “Você tem segurança, aumento salarial, seu padrão de vida melhora, a empresa oferece mais benefícios, passa a ter mais espaço para inovar. A comunidade recebe mais dinheiro que estará sendo gasto e as pessoas da empresa têm tempo para se envolver em trabalho voluntário.”
Na GE, exemplifica, mais de 60 mil engenheiros eram mentores voluntários de crianças. “Uma empresa com dificuldades não pode fazer isso.”
Ele continua explicando como construir essa mentalidade de que vencer importa em todos os funcionários. “Você tem que entender que, quando pede para alguém fazer uma coisa, tem que ser algo pessoal. Tenho que te convencer que estou levando em conta seus interesses.”
Um CEO que mantém essa mentalidade naturalmente vê seus funcionários crescendo com a empresa.
Ele relembra um encontro com um colega CEO jovem, de 35 anos, que colocou o sentimento em outras palavras: “Ele disse: ‘A coisa mais estimulante para mim é fazer outros enriquecerem, vendo-os receberem aumento, tendo participação nas ações, comprando sua segunda casa, pagando uma boa faculdade para os filhos. É muito gostoso.”
Welch diz que, para que a GE visse um aumento no faturamento de US$ 25 bilhões para US$ 130 bilhões sob sua gestão, foi essencial investir na construção de um ambiente em que honestidade, confiança e transparência eram valorizados.
“Nada é melhor do que a transparência”, afirma.
Para evitar rumores, a comunicação precisa ser clara e verdadeira – mesmo quando feedback é ruim ou o assunto é polêmico.
“Você não quer gente que fica ali no bebedouro fofocando. Funcionários têm que estar ali trabalhando e, para isso, é preciso ter ter conhecimento disseminado abertamente”, continua. “Cruel é não ser honesto.”
Sempre que decide se vai ou não investir em alguma empresa, Welch olha também para o ambiente externo. Para isso, ele pede que investidas em potencial lhe apresentem cinco slides:
“Crie confiança com a sua equipe, faça o máximo que puder para conseguir as melhores pessoas, as recompense e as estimule. É preciso conseguir tocar o coração de todos que contratar”, começa.
“Trabalhe incansavelmente para mostrar onde está indo, como chegar lá e qual o benefício para os funcionários. Aí sim você terá um efeito de bola de neve, que cresce e cresce, e uma relação de confiança e verdade.”
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