Mulheres no MBA

A área de negócios ainda é bastante masculina. Uma espiada nos conselhos das empresas denuncia o problema: apenas 6% das cadeiras são ocupadas por mulheres. Entre as 200 maiores empresas brasileiras, apenas três delas têm mulheres no comando.

Nas salas de aula dos programas de MBA, a situação tende a ser um pouco mais otimista. Nas escolas renomadas dos Estados Unidos, por exemplo, o índice sobe para uma média de 30%. Essa numeralha toda aponta um cenário, no mínimo, desafiador: as mulheres podem até se interessar pela área, mas dão de cara com um ambiente dominado por homens.

 Diversos programas de MBA, por exemplo, começaram a aceitar pessoas com tipos variados de experiência, englobando setores de negócios e perfis mais técnicos. não apenas ligados aos setores de negócios, que são mais técnicos e mais tradicionalmente masculinos.

 “As universidades perceberam que focar só em pessoas que tivessem background em economia, administração e engenharia não era o suficiente para ser um MBA que fosse referência em inteirar mundos e gerar valor para a sociedade”, explica Tatiana Rezende, engenheira bolsista do programa Líderes da Fundação Estudar, que fez MBA na Universidade de Chicago e hoje trabalha em uma startup.

Esses números, entretanto, estão mudando. Mais universidades estão desenvolvendo maneiras de atrair a ala feminina para os setores de negócios. Uma das iniciativas é promover eventos profissionais específicos para mulheres – algo que a brasileira Tatiana Rezende, engenheira de formação, percebeu em sua própria instituição de ensino, a Universidade de Chicago. Em muitos desses encontros, “o objetivo é ajudá-las a entenderem mais a carreira e os processos”, conta.

Líderes Estudar, ou antigo Programa de Bolsas da Fundação Estudar, oferece mentoria, orientação de carreira, acesso a uma rede de mais de 600 líderes de diversas áreas de atuação, além da bolsa de estudo. As inscrições para a edição 2018 estão abertas até 26/03!

Programas para mulheres no MBA

Os programas específicos de incentivo no MBA não só atraem a presença de mulheres no mundo dos negócios como também estimulam que elas aspirem a posições cada vez mais altas.

Com um investimento de 110 milhões de dólares em candidatos de MBA, o programa Forté Fellowship, desenvolvido pela Forté Foundation, é um dos que se destaca. Além de atuar em universidades renomadas como a Harvard Business School e a Saïd Business School (da Universidade de Oxford, no Reino Unido), oferece suporte financeiro e uma rede de apoio com ex-alunos e empresas parceiras.

Engenheira formada pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Claudia Laine Adão chegou à Fuqua School of Business, da Universidade Duke, querendo complementar sua formação. O diferencial da Duke, instituição que escolheu, foi a combinação de turmas menores com o foco em liderança e trabalho em equipe.

Na universidade americana, Claudia encontrou várias iniciativas voltadas para mulheres que trabalham em áreas predominantemente masculinas, como a de negócios. “Aqui no MBA, eles têm um trabalho específico para chamar mais mulheres, têm clubes voltados para isso, trazem palestrantes mulheres”, explica.

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Organizações estudantis também promovem a diversidade

Outra frente para garantir a diversidade dentro das business schools são as organizações estudantis. Como observa a estudante da Universidade de Michigan e organizadora da Michigan Business Women, Allison Slattery, pensar a diversidade “é uma parte importante da cultura da universidade”. Com a ajuda do MBA, Allison destaca que as alunas conseguem ter contato com mais áreas que possam interessá-las e trabalhar em aspectos ligados à liderança.

Dentro da universidade, Allison explica que as alunas organizam encontros, workshops, palestras e orientação para quem faz o programa de MBA.  Durante os eventos, questões de gênero dentro dos negócios fazem parte do pacote. “A Ross School of Business tem uma conversa aberta sobre os desafios que as mulheres enfrentam em seus programas de MBA”, resume Allison. Isso inclui estimular o debate sobre o tema, colocar as alunas em contato com mentoras e convocar tanto as mulheres quanto os homens para discutir as alternativas possíveis.

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