Presente em alguns processos seletivos específicos, por exemplo os das consultorias estratégicas, e protagonista de iniciativas como concursos, a etapa de resolução de cases assusta. Afinal, a proposta é que o participante decifre problemas reais de instituições também reais.
Foi o caso do prêmio da Turim. A empresa, um Multi-Family Office de gestão de patrimônio, lançou o desafio: calcular a inflação nos últimos dez anos para um grupo de pessoas de patrimônio elevado. A definição mais conhecida dá conta de que os membros do chamado Ultra High Net Worth têm patrimônio acima de 30 milhões de dólares.
Os estudantes de Engenharia de Produção Bernardo Galvão e Eduardo Gomes foram os vencedores da iniciativa da Turim. Em conjunto, conseguiram quebrar o problema principal (o case a resolver) em etapas menores e trabalhar com dedicação em cada uma delas, o que é um passo importante nesse tipo de trabalho.
Por conta disso, a resolução de cases é frequente nos recrutamentos de consultorias estratégicas, setor em que a habilidade de problem solving é central e indispensável para o cotidiano dos profissionais.
Para vencer, a dupla não apenas fracionou problemas. Na realidade, utilizaram uma prática chave para esse tipo de competição, em suas mais diversas modalidades. Em qualquer resolução de cases, voltar-se para os dados disponíveis – e relevantes – é uma garantia de estar se orientando ao caminho certo.
“Começamos pensando em quais dados poderíamos usar para gerar a informação que precisávamos”, conta Bernardo. Para eles, de início, isso significou consultar dados sobre diversos índices de inflação globais para entender o padrão com que são calculados e, posteriormente, aplicá-lo na criação do próprio índice.
Na segunda etapa, a dupla se apoiou em estudos, também do mundo todo, sobre o hábito dos Ultra High Net Worth, com objetivo de montar a simulação da cesta de produtos necessária para o cálculo da inflação proposto. Bernardo e Eduardo, no entanto, foram além e consultaram pessoas que fazem parte desse grupo. Não o bastante para uma amostragem estatística, mas os entrevistados ajudaram na validação das pesquisas encontradas pelos jovens.
“Conseguimos apontar o que usaríamos para gerir a carteira do cliente baseado nesse novo índice de inflação que criamos”, destaca o estudante. Porém, não sem obstáculos. “Não tínhamos acesso a todos os dados que gostaríamos de ter. Perdemos bastante tempo buscando e validando estudos e vendo quais poderíamos tratar como verdade.”
As competições de resolução de cases podem ter diversos formatos e focos, mas Bernardo considera ser, invariavelmente, importante ter conhecimento prévio sobre a área. “Saiba o básico sobre assuntos”, diz. Depois de iniciado o trabalho, o aprendizado se intensifica e, segundo ele, uma grande vantagem é ter disposição e dedicação para estudar bastante. É o aprofundamento no tema que ajuda a definir a solução ideal para cada tipo de caso, explica.
Além disso, o vencedor recomenda entender de Excel e, dependendo da iniciativa, de VBA – sigla para Virtual Basic for Applications, que, quando utilizado nos programas do Pacote Office, permite aplicação de recursos de programação.
Embora não na final, em uma das fases, a dupla teve de se apresentar, o que é uma realidade em muitas das competições e iniciativas de solução de problemas. Por estarem acostumados a realizarem apresentações juntos, conseguiram ser claros e coerentes. Mas, para quem não tem essa vantagem, vale treinar o que – e como – será falado.
Um outro ponto de atenção é a apresentação física, que costuma ser produzida em PowerPoint. Bernardo aconselha, como eles, a utilizar um layout simples e claro e trabalhar bem com figuras e gráficos, além de exercitar a capacidade de síntese, pois algumas competições de case, como a da Turim, ainda estipulam limite no número de slides.
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