Trabalhadores com capacete e luvas

O mundo do trabalho está perto de sofrer uma grande transição com a automação do trabalho que o avanço tecnológico proporciona. Essa constatação é de um estudo sobre o futuro do trabalho da consultoria global McKinsey & Company, do fim de 2017.

Segundo o Jobs lost, jobs gained: Workforce transitions in a time of automation, até 2030, cerca de 14% dos trabalhadores globais podem ter que trocar de ocupação por conta da automação.

Na realidade, as habilidades que as empresas requerem dos seus funcionários vão mudar e isso vai ter um grande impacto nas carreiras que os trabalhadores desejam seguir – ou que já seguem.

De acordo com a pesquisa, a transformação futura será de magnitude comparável com a transição da força de trabalho da agricultura para as manufaturas, que ocorreu no início do século XX. Frente a tamanho desafio, as economias – principalmente as avançadas – terão que habilitar dezenas de milhões de trabalhadores.

Até agora, apesar da crescente conscientização sobre os efeitos da automação do trabalho nas indústrias, pouco tem sido feito. Pelo contrário: verbas de treinamento corporativo não sobem e gastos públicos em formação e suporte têm caído, segundo o estudo.

A consultoria constatou na pesquisa que apenas um terço dos executivos considera que a tecnologia incentivou treinamentos ou causou substituições de empregados. No entanto, as respostas deles mudam quando se trata do que eles pensam sobre os próximos 5 anos.

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Mudanças na perspectiva sobre a automação do trabalho

A maioria dos executivos entrevistados pelo estudo Jobs lost, jobs gained considera investir, treinar e habilitar trabalhadores uma “prioridade urgente” para os negócios. Cerca de 64% dos executivos americanos e 59% dos europeus também acreditam que quem deve liderar esse processo são as corporações, não o governo.

Uma taxa de 62% dos executivos creem que terão que treinar ou substituir mais de um quarto dos funcionários até 2023. Os números são mais altos nos Estados Unidos (64%) e na Europa (70%) do que no resto do mundo (média de 55%), principalmente nas grandes empresas.

Estatísticas sobre as alternativas de adaptação 

Quanto às soluções, a consultoria concluiu que os executivos das empresas milionárias acreditam que treinar e habilitar pode ser, pelo menos, metade da solução.

Neste grupo, cerca de 35% dos americanos acha que a complicação resultada da automação do trabalho será resolvida pela contratação de novos talentos. Em comparação, apenas 7% dos executivos europeus pensa dessa forma.

Para muitas das empresas consultadas, resolver a questão de “habilitar” os funcionários consiste, parcialmente, em incentivá-los a serem mais produtivos.

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As principais barreiras

Cerca de um terço dos executivos sente que a infraestrutura do setor de Recursos Humanos da empresa precisa de upgrades. Além disso, muitas companhias ainda estão tentando descobrir como as funções vão mudar e que tipo de talento vão precisar nos próximos 5 ou 10 anos.

Dos que consideraram resolver isso uma prioridade (42% dos EUA, 24% dos da Europa e 31% do resto do mundo), muitos disseram entender pouco sobre como a automação e digitalização vão afetar o futuro da força de trabalho.

Conclusões da McKinsey

Para a consultoria, gerenciar bem essa transição, não é só bom para a sociedade, é uma “obrigação competitiva”.

“Na nossa experiência, o treinamento tradicional não oferece um caminho claro para o novo tipo de trabalho, se apoia muito na teoria versus prática e falha em mostrar o retorno do investimento”, constata o relatório.

Um bom resultado é que, segundo o estudo, os executivos das empresas grandes mostram bastante vontade de repensar seu papel na adaptação dos trabalhadores.

No entanto, a primeira coisa a se fazer, segundo a McKinsey, é mapear como a tecnologia vai mudar as exigências das habilidades dentro de cada companhia. Só depois disso, definir o tipo de capacitação que vai ser concedida.

Já as políticas de governo deverão considerar novas formas de desemprego e até um suporte para a transição dos trabalhadores. Além disso, precisarão fomentar colaborações mais intensas entre o setor público e privado.

 

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