homem profissional em frente a estante

Já nos anos finais do ensino médio, Isaac Jucá sabia que queria trabalhar com negócios – mais especificamente, na área de marketing. Com isso em mente, decidiu cursar simultaneamente duas graduações, que imaginou serem complementares para seu objetivo: Publicidade e Administração de Empresas, na Universidade de Fortaleza e na Universidade Estadual do Ceará, respectivamente.

“A carga horária era bem puxada durante a semana, e eu tinha que prestar atenção para também não deixar de lado a parte prática”, conta Isaac, que já chegou a ocupar sua agenda com faculdade de manhã, estágio a tarde e faculdade a noite durante os semestres mais críticos.

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Começo de carreira A ideia de que os cursos seriam complementares acabou se confirmando:“Alguns aspectos do curso de publicidade eu não teria percebido sem as disciplinas da administração, e vice-versa”, explica. Mesmo em sua primeira experiência profissional, na área de comunicação, o conhecimento em administração mostrou-se um diferencial: “Conseguia entender melhor como funcionavam as outras áreas da empresa”.

Ele trabalhava em uma companhia de bebidas, responsável por envasamento e distribuição com atuação nas regiões Norte e Nordeste do país. Lá, conseguiu vivenciar os dois lados da comunicação dentro de uma empresa, desempenhando tanto tarefas de comunicação interna (que envolve quadro de avisos, intranet, jornais institucionais, etc) como externa, incluindo a parte de assessoria de imprensa.

Depois de alguns anos de carreira, já em uma posição mais sênior, começou a ter mais contato com o mercado e vivenciar uma experiência mais próxima do marketing. “Foi aí que surgiu a vontade de fazer uma atividade voltada para a ponta, de ver de perto como é a relação com o cliente e como as coisas funcionam da porta da empresa para fora”, conta.

Para Isaac, grande parte da atividade do administrativo tem o papel de dar suporte para quem trabalha na ponta, junto ao cliente. Como ele já conhecia bem o negócio como um todo – “o que era feito, porque era feito e como era feito” –, considerou a transição para o marketing tranquila.

Marketing “Na área de trade marketing, onde eu atuava, a atividade principal era entender o mercado e a venda de bebidas do nosso cliente, e ajudá-lo a vender mais”, conta. Ele explica que, no varejo, existem duas frentes: o sell in, que vende para o revendedor, e o sell out, que vende para o consumidor final. “O papel do marketing está mais no sell out, ajudando a vender cada vez mais produtos”, conclui.

Hoje, trabalhando no setor educacional, sua atividade mantém a mesma essência. Desde o começo de 2015, Isaac é Coordenador de Operações Comerciais no Sistema Ari de Sá, empresa com sede em Fortaleza, no Ceará, e que que licencia metodologia de ensino própria para escolas de ensino fundamental e médio do país inteiro.

“Nossa área de operações comerciais une atividades de setores que outras empresas costumam chamar de inteligência de mercado, mais ligada à coleta e análise de dados, e suporte comercial”, explica. Em outras palavras, seu objetivo principal é facilitar a vida do consultor que vai apresentar a metodologia do Sistema Ari de Sá no mercado, para que ele consiga realizar mais vendas.

“Nós queremos contribuir com o trabalho de quem vai a campo falar com as escolas. Para isso, grande parte da nossa rotina consiste em analisar o mercado de ensino no país, e mapear com quais escolas temos mais chance de realizar alguma parceria, apontando para o consultor quais são elas”, conta.

Além disso, ainda há o trabalho de verificar a rotina do consultor e ver que processos podem ser melhorados, para que ele realize o seu papel da maneira mais eficiente possível. “De um modo geral, estamos envolvidos em tudo que se relaciona com a otimização do trabalho do consultor”, resume Isaac.

Pra se dar bem na parte de operações comerciais, ele destaca três pontos principais sobre o perfil da pessoa: “Primeiro é preciso ser um pesquisador, ou seja, gostar de procurar dados disponíveis no mercado e entender como eles são úteis pra o seu trabalho. Em segundo lugar, é importante ter capacidade analítica bem desenvolvida, para entender a história que os números estão contando. O terceiro ponto é a capacidade de execução, porque também é preciso agir para que as ações planejadas aconteçam”.

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Educação Depois de formado, Isaac também participou do programa de formação de lideranças da Fundação Estudar, o Laboratório, realizado em diversas capitais e grandes centros urbanos do Brasil – incluindo Fortaleza – e que estimula os participantes a desenvolverem uma carreira de alto impacto. “Foi uma experiência muito boa, todo muito saiu surpreendido por ser algo diferente do que a gente costuma ver nos treinamentos, era algo bem mais prático”, relata.

Foi o seu interesse pela área de educação que fez com que fosse trabalhar no Sistema Ari de Sá. Ainda em 2011, ele começou a participar do Primeira Chance, onde permanece como voluntário até hoje. Trata-se de uma organização do terceiro setor, sem fins lucrativos, que promove a inclusão social de jovens de baixa renda investindo em sua educação. “Nós identificamos alunos de escolas públicas com grande potencial e oferecemos bolsas para eles. Foi assim que eu botei meu primeiro pé em educação, e isso foi tomando um espaço cada vez maior na minha agenda. Quando surgiu a oportunidade de vir para o Sistema Ari de Sá, eu mergulhei de vez no setor”, explica, entusiasmado com a decisão.

Ele considera a empresa um lugar de bastante experimentação, embora a pressão por entregar resultados seja grande. Acrescenta que a equipe é bastante jovem, composta por pessoas com muita vontade de aprender e produzir, o que traz uma energia contagiante para o ambiente de trabalho.

Para ele, pessoas de todas as áreas têm a oportunidade de trabalhar com educação. “Normalmente associamos carreira em educação com estar dando aula ou criando conteúdo. Embora essas atividades sejam fundamentais, não é só isso que existe em uma empresa de educação. Precisamos de profissionais de logística, publicidade, administração, tecnologia da informação e diversos outros setores, como em qualquer outra empresa”, explica.

Em sua opinião, um fator determinante é a motivação por trás dessa carreira: “Desde que seu propósito seja trabalhar por uma educação melhor, promovendo a educação no país e levando educação para mais pessoas, você tem como contribuir com isso independente da sua formação. Tem espaço para todos.”

Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

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