pessoa segurando troféu

Muitos profissionais têm o desejo de se tornarem os melhores dentro de suas áreas de atuação, mas poucos de fato conseguem alcançar o topo. Empreendedor bem-sucedido e ex-consultor empresarial, Tomas Pueyo aponta que o segredo para chegar lá é desenvolver um conceito chamado empilhamento de habilidades, popularizado pelo cartunista Scott Adams.

Em um artigo, Pueyo defende que a maioria das pessoas possuem algum conhecimento de uma habilidade específica. Com trabalho e esforço, elas podem chegar aos 10% melhores. Mas quanto mais os profissionais entram no que define como “elite profissional” mais difícil se torna ter destaque, já que todos estão comprometidos em serem os melhores. Para ele, tentar ser o melhor não é a estratégia mais inteligente para o sucesso. O segredo, para o empreendedor, é conseguir dominar uma combinação de competências, definição que explica o empilhamento de habilidades

O conceito básico do empilhamento de habilidades

Para exemplificar a ideia de empilhamento de habilidades, Pueyo cita a lógica usada em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele lembra de um amigo que queria entrar em uma universidade de elite norte-americana e precisava acertar 96% das questões na prova de admissão. Quando os resultados chegaram, ele viu que tinha acertado 90% das questões de exatas e 95% das questões de humanas. Fazendo a média, o vestibulando achou que tinha ficado com 92% de acerto, o que não era suficiente para a faculdade que queria.

Com tudo, o resultado final mostrou que sua pontuação foi de 98%. Isso é possível porque a maioria dos estudantes que se saem bem em matemática costumam ter um baixo desempenho em humanas, e vice e versa. Portanto, embora ele não tenha conseguido a nota desejada em nenhuma das áreas, quando combinadas as pontuações faziam com que ele entrasse entre os melhores. É dessa forma que funciona o empilhamento de habilidades.

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Pueyo aponta que é mais fácil e eficaz estar entre os 10% melhores em várias habilidades diferentes do que estar no 1% de uma única habilidade. Essa estratégia também é menos trabalhosa do que focar em ser o melhor em uma coisa só, de acordo com o empreendedor. Além disso, a maioria das pessoas que são boas em uma determinada habilidade específica não são boas em outras. Preferencialmente, o conjunto de competências a serem desenvolvidas devem ser únicas, mas complementares.

Exemplificando, ele cita habilidades como falar bem em público, arrecadar fundos, redigir discursos, carisma, networking, conhecimentos em mídia social e persuasão. A combinação de todas essas competências forma um político de sucesso, segundo Pueyo. Ele observa que os políticos mais bem-sucedidos podem não ser tão bons em habilidades individuais, mas possuir um conjunto de skills relevantes que juntas os ajudam a prosperar. E isso pode ser aplicado em qualquer área de atuação.

Exemplos de ‘empilhadores’

Para entender melhor como funciona o empilhamento de habilidades, o empreendedor cita dois profissionais que conseguiram dominar esse conceito. Um deles é Steve Jobs. O fundador da Apple possuía uma paixão por design e era obcecado com a apresentação de seus produtos. Contudo, ele não era um dos melhores designers do mundo, mas conseguiu desenvolver um entendimento profundo dos princípios da prática.

Esse conhecimento combinado com habilidades como visão de mercado e do desejo do consumidor, competência em tecnologia, habilidade de vendas, liderança, planejamento estratégico e veia empreendedora o ajudam a criar uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo.

Outro exemplo de ‘empilhador de habilidades’ apresentado por Pueyo é o especialista em marketing digital Gary Vaynerchuk. Ele é uma personalidade da internet reconhecida internacionalmente e foi escolhido como um dos melhores autores de best-seller pelo New York Times quatro vezes. O grande diferencial desse profissional também está relacionamento ao empilhamento de habilidades. Além de ser um bom escritor, ele tem um vasto conhecimento de mídias digitais, fala bem em público e possui fortes habilidades de personal branding.

Quais habilidades você precisa “empilhar”?

Para descobrir que empilhamento de habilidades seria mais produtivo para cada profissional, é preciso observar como essas competências combinam entre si. O ideal é que elas se relacionem de alguma forma, sem serem muito parecidas. Para exemplificar, Pueyo usa profissões no jornalismo como referência. Ele aponta que a maioria dos jornalistas são bons escritores, portanto ter fortes habilidades de escrita não é um diferencial tão grande. Não basta apenas empilhar habilidades, mas elas precisam ser variadas para criar um diferencial competitivo, ao mesmo tempo que funcionam em harmonia.

Se o profissional escolher desenvolver uma habilidade que a maioria dos colegas de profissão já possui, dificilmente ele conseguirá se destacar por aquilo. De acordo com Pueyo, as melhores habilidades são aquelas que não tendem a combinar, mas se complementam bem. Por exemplo, engenheiros não são conhecidos por serem grandes palestrantes e falarem bem em público. Portanto, aqueles que conseguem fazer isso possuem uma grande vantagem profissional.

O empreendedor finaliza afirmando que tentar ser o melhor em algo é uma receita pronta para a decepção. Em vez disso, ele propõe que os profissionais reflitam sobre qual área querem se destacar, que combinação de habilidades são necessárias para gerar um diferencial nesse segmento e se são competências com as quais se tem algum tipo de afinidade. A mensagem final de Pueyo é que não se trata de ser ótimo em uma determinada coisa, mas ser muito bom em várias habilidades úteis que, quando combinadas, tornam o profissional verdadeiramente único.

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