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Esse mês, a Folha de São Paulo publicou um Especial elencando carreiras tradicionais e suas novas versões no mercado de trabalho. O jornal ouviu recrutadores, professores universitários e profissionais para destacar trilhas profissionais nas áreas de exatas, humanas e biológicas e novas profissões (ou especializações) derivadas delas – áreas promissoras e profundamente atuais que representam uma oportunidade do jovem se destacar no mercado de trabalho.

Uma dessas áreas é a Econofísica, espécie de braço da Física que aplica as teorias dessa ciência para prever e amenizar riscos no mercado financeiro. Segundo o pesquisador Marcelo Byrro Ribeiro, do Instituto de Física da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o termo “econofísica” apareceu pela primeira vez em torno de 1994 e foi endossado em um livro de 1999 intitulado Introduction to Econophysics. Seguindo a tendência de abordagens multidisciplinares no mercado de trabalho, o surgimento dessa nova área sugere que existe uma abordagem física para a economia.

Assim, a econofísica é uma nova área interdisciplinar na qual conceitos e técnicas de análise usualmente utilizados na descrição dos sistemas físicos são aplicados para investigar questões financeiras e econômicas.

Possibilidades de econofísica

“O treino específico dos físicos explica o número impressionante de empregos obtidos por físicos em instituições de investimento e finanças, onde a sua abordagem empiricamente orientada junto com seu senso pragmático para teorizar fez com que eles se tornassem uma das mais valiosas mercadorias em Wall Street”, escrevem os pesquisadores franceses Giller Daniel e Didier Sornette no artigo Econophysics: historical perspectives.

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Dessa forma, o econofísico é um profissional de física que tem possibilidade de atuação em empresas do mercado financeiro, como bancos, corretoras e fundos de investimento. Em outras palavras, vai aplicar métodos da Física (incluindo muita estatística!) em processos e situações envolvendo economia. Por exemplo: flutuações de preços nos mercados financeiros, taxas de falência e distribuição de faturamento das empresas, funções de distribuição relacionadas à variação dos valores das ações em mercados de ações, etc.

Segundo o jornal, além das expectativas quanto às habilidades inerentes aos profissionais da física, espera-se que o econofísico saiba se comunicar com clareza e conviver no ambiente corporativo. “O econofísico em uma empresa é o profissional que domina os cálculos mais sofisticados e sabe transportá-los para o mercado financeiro. Precisa, assim estar familiarizado com sua área de estudo, mas também com a realidade econômica do mercado em que estiver atuando”, escreve o pesquisador Leonidas Sandoval Junior, do Insper, na matéria da Folha.

Ainda não existem no Brasil especializações e graduações em econofísica. Por enquanto, o aprofundamento é feito por meio de pesquisa, prática e aplicação dos conceitos teóricos nas instituições financeiras.

 

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