Refinaria da indústria petroquímica

Ao trabalhar na imobiliária que o pai possui em Itanhaém, na Baixada Santista (SP), o estudante Leandro Lourenzoni cogitou a possibilidade de seguir carreira de advogado. Mas o gosto desde pequeno por inventar e construir coisas prevaleceu em sua escolha pelo curso de engenharia, no qual se formou em 2007 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Aos 11 anos, ele pediu que o pai fizesse uma “escolha de Sofia”: invetir os poucos recursos de que dispunha para a educação dos três filhos, matriculando-o em cursos de computação e inglês. Com a decisão, que no futuro revelou ser bastante assertiva, seu pai perdeu um advogado (que hoje poderia ter se frustrado com a escolha profissional) mas ganhou um engenheiro elétrico brilhante.

Se Leandro não pôde ajudá-lo a economizar com os registros de compra e venda de imóveis, ao menos auxiliou a informatizar e desenvolver o site da imobiliária. “Eu sempre gostei de criar coisas novas. Quando eu descobri que podia fazer tudo o que imaginasse em um computador, só utilizando a inteligência, eu me realizei”, conta.

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Após ter feito um ano de cursinho e concluído todo o ensino fundamental e médio em escolas públicas, o estudante conseguiu ingressar na Poli em 2003, na segunda tentativa, e não demorou a começar a fazer invenções. Logo no primeiro ano curso, desenvolveu uma ferramenta computacional interativa de apoio ao ensino presencial e à aprendizagem online de desenho geométrico e geometria descritiva e cotada: o Risko (sigla em inglês de Realistic Interface for Simulating a Kit of Objects).

Pelo projeto de iniciação científica, foi selecionado e ganhou menção honrosa, em 2004, no 12º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo (Sicusp). Ganhou como prêmio a oportunidade de apresentar o trabalho em um congresso da área nos Estados Unidos.

Vivência internacional Nos Estados Unidos, Leandro foi convidado para continuar seus estudos no país. Mas a ascendência italiana e o desejo do pai de que conhecesse a terra de seus antepassados falou mais alto. Em 2005, o estudante seguiu para a Itália para participar de um programa de diploma duplo no Politecnico di Torino, com o qual a Poli acabara de celebrar um convênio.

No país, ele teve a oportunidade de esquiar na neve e matar a saudade de outro esporte que costumava praticar quando morava em Itanhaém, mesmo que com uma diferença grande de clima e a ausência da praia. “Eu gosto muito de surfar, e o esqui tem uma certa semelhança com o surfe. Mas também gosto muito de outros esportes. Fiz musculação, boxe, natação e vôlei”, lista o estudante, que no tempo livre também gosta muito de ler e desenhar.

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De volta ao Brasil, prestou dois dos mais concorridos concursos públicos no país para uma vaga de analista de sistemas e foi aprovado em ambos. Mas o prazer de enfrentar novos desafios, além da oportunidade de voltar a morar próximo ao mar, o levou a escolher trabalhar na Petrobras, no Rio de Janeiro, para onde se mudou em junho de 2008.

Após passar pela universidade corporativa da empresa, Lourenzoni foi selecionado em 2009 para ocupar uma das seis vagas de uma nova área criada na estatal petrolífera para aplicação de inteligência artificial e computação gráfica para exploração e produção de óleo e gás.

De quebra, foi surpreendido com a notícia de que seu projeto de formatura ganhou o primeiro lugar no Prêmio de Excelência Acadêmica Accenture 2008, promovido pela multinacional especializada em serviços de tecnologia.

Aos 26 anos, os planos de Leandro para o futuro incluem fazer mestrado e doutorado, para os quais já recebeu convite durante o período em que estudou na Itália, e desenvolver paralelamente um próprio negócio. Mas, por enquanto, quer mesmo continuar trabalhando nos projetos de que participa na Petrobras, e nas horas de lazer se dedicar ao seu hobby favorito. Acertou em cheio quem respondeu computadores.

Este artigo foi originalmente publicado no portal de notícias da Escola Politécnica 

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