trabalho voluntário

Para além de uma vasto currículo profissional, atividades adicionais como experiência com trabalho voluntário podem ser um grande diferencial na hora de buscar um emprego ou para entender melhor seu papel no mercado de trabalho. Pensando nisso, o Na Prática reuniu profissionais de diversas áreas de atuação para compartilhar como a experiência com trabalho voluntário os ajudou a desenvolverem sua carreira e quais habilidades aprenderam durante a vivência.

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Voluntária da Fundação Estudar, a psicóloga e pedagoga Amanda Meneguzzo teve sua primeira experiência com trabalho voluntário ainda na infância e sentia a falta da atividade durante a vida adulta. “Comecei a procurar algumas instituições. Achava projetos interessantes, mas nada que se conectasse comigo. Até que em um momento da minha vida, fazendo estágio, acabei me aproximando da área de desenvolvimento de carreira e fiquei sabendo de um curso da Fundação, que mudou minha vida por me ajudar a encontrar meu propósito profissional“, relembra.

Durante a última atividade do curso, as facilitadoras contaram que eram voluntárias e perguntaram se alguém tinha interesse em ter a experiência com trabalho voluntário na Fundação. “Pelo curso ter me ajudado muito a me encontrar na minha carreira, senti vontade de contribuir na hora, também por estar muito alinhado com o que eu acredito. Você tem que se conectar com a causa. Fiz o processo seletivo e isso me ajudou a quebrar muitas crenças pessoais que tinha. O trabalho voluntário foi uma forma de retribuir para a sociedade tudo que eu aprendi”, explica.

Amanda acredita que ter experiência com trabalho voluntário gera uma grande potencial no desenvolvimento de carreira de profissionais. “Eu, por exemplo, comecei a ser mais protagonista das minhas escolhas profissionais, além de me tornar mais consciente das minhas ações. Meu entendimento sobre responsabilidade e caminhos profissionais aumentou muito e o trabalho voluntário te aproxima de pessoas boas e com as mesmas crenças que você. Eu também tive várias oportunidades profissionais que só aconteceram porque eu fui voluntária porque as empresas valorizam esse nível de entrega”, afirma.

Também voluntário da Fundação, o estudante de Direito Gedeão França se interessou em ter uma experiência com trabalho voluntário por acreditar que a vivência contribui para a sua profissão. “Eu consigo potencializar valores que eu acredito e escolhi ser voluntário na Fundação justamente por ela compartilhar esses valores, assim o trabalho fica mais fluído e faz mais sentido. E isso é um diferencial no mercado porque você entende melhor onde está e onde quer chegar”, aponta.

A experiência com trabalho voluntário ajudou Gedeão a desenvolver habilidades de gestão, estratégia, assertividade e de liderança. “Eu decidi de mudar o escritório de advocacia em que trabalhava para um que se encaixasse melhor com os meus valores. Foi um diferencial para mim porque me impulsionou a chegar mais perto do meu propósito. Você precisa ter paixão pelo trabalho voluntário e analisar os diferentes tipos para saber qual faz mais sentido para você, assim fazer entregas com impacto. O Brasil ainda é carente em trabalho voluntário e tem muitas áreas que tem carência. É importante todos emergirem nesse trabalho para ressignificar suas próprias vidas”, analisa.

A psicóloga Laís Leal teve quatro anos de experiência com trabalho voluntário na ONG Sonhar Acordado, focado em crianças carentes. “Eu me identifiquei com a organização porque estava alinhada com o que eu estava procurando em questão de valores. Com a vivência eu aprendi a ser mais corajosa, como conseguimos trabalhar nossa individualidade, respeitar o limite do outro, ter proatividade e liderança e melhorar a comunicação interpessoal”, exemplifica. Ela ainda afirma que conseguiu uma posição por conta da experiência como voluntária, que pode ser um grande diferencial entre candidatos.

Por seguir uma carreira que consiste em lidar com outras pessoas, Laís afirma que um ensinamento muito importante do trabalho voluntário foi como lidar com empatia. “Você precisa entender muito o outro, principalmente quando você trabalha com uma realidade muito diferente da sua. Também houve um amadurecimento muito grande ao entender qual era o meu papel naquele contexto. Mas para ter experiência com trabalho voluntário, você precisa de comprometimento e disponibilidade, tanto emocional, psicológica, como de tempo e isso depende de um nível de autoconhecimento“, ressalta.

Presidente do curso Galt Vestibulares, formado exclusivamente por voluntários, Rubenilson Cerqueira explica que a ideia do projeto é desenvolver futuros profissionais. “Temos mais de 160 voluntários, entre as áreas de docência e administrativa, que são selecionados por processo seletivo. Não buscamos pessoas que tenham mais experiência, para que se possam desenvolver e criar experiências no voluntariado. Trabalhamos com duplo impacto: transferir conhecimento e aprender com a vivência. Acreditamos que todas as pessoas têm algo a contribuir”, esclarece.

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Ele afirma que o grupo busca disseminar o voluntariado e engajar profissionais a partir da bagagem que eles tiverem. “O conhecimento não pode ficar só com a gente e que forma melhor de passar para frente do que a experiência de um trabalho voluntário. O maior receio das pessoas é achar que estão perdendo tempo, mas fazer trabalho voluntario é mais do que que doar seu tempo, é criar uma rede de contatos de desenvolvimento profissional. Muitos universitários tem a oportunidade de ter a primeira experiência profissional e se tornar mais competitivo no no mercado”, garante.

Para quem prefere fazer ter uma experiência com trabalho voluntário por meio de intercâmbio, a gerente de produtos do STB Rosana Lippi conta que quem opta por essa opção ganha uma grande bagagem de conhecimento. “Eles aprendem muito no dia a dia por fugir totalmente da rotina e lidar com muitos imprevistos. As empresas veem esse tipo de experiência como um ponto positivo por ser um passo fora da zona de conforto, além de desenvolver habilidades como compaixão, flexibilidade, adaptabilidade, maturidade, capacidade de lidar com conflitos, gerenciamento de recursos e fazer contatos”, aponta. Ela ainda analisa que a procura por esse tipo de experiência é crescente.

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