placa de mesa com a palavra CEO escrita

Ser CEO de uma empresa não é fácil. Além de lidar com a miríade de assuntos em diversos departamentos no dia a dia, ainda é preciso controlar a agenda, encontrar equilíbrio entre vida pessoal e profissional, manter-se atento aos seus pontos cegos e liderar e motivar a equipe.

Como conselhos nunca são demais, três ex-bolsistas da Fundação Estudar compartilham o que aprenderam, o que leem e o que gostariam de ter ouvido antes de assumir o posto:

Thiago N. Felippe, CEO da AIQON

Economista formado pela University of Pennsylvania, Thiago toca desde 2012 a AIQON, empresa que emprega o conceito “TI verde”. É distribuidora exclusiva no país do software Verismic Power Manager, que permite controlar o consumo de energia elétrica de redes de computadores e assim reduzir custos – e, ao mesmo tempo, a emissão de gás carbônico.

Quais são os maiores desafios de gestão que você enfrenta como CEO?

A posição de CEO demanda multidisciplinaridade. Para mim, a parte desafiadora está em extrair o melhor das pessoas a todo momento, identificar e preencher as lacunas da empresa, sejam elas lacunas das pessoas ou dos processos, e de antever e se preparar para o mercado de amanhã.

Que conselhos gostaria de ter recebido antes de liderar uma empresa?

Acredito que um coaching ou mentoria que me mostrasse as minhas deficiências pessoais, bem como os pontos fortes, teria me melhor preparado para conseguir estruturar o negócio e o meu posicionamento dentro da estrutura de uma forma mais eficiente.

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Pessoas que buscam novos desafios e, digamos, gostam de ser desafiadas, como é o meu caso, tendem a acreditar que sempre estão bem preparadas. Isto é um traço de confiança. No entanto, muitas vezes isto pode mascarar pontos que precisam ser aperfeiçoados.

Quais são suas referências de trabalho?

Minha referência são meus pais, grandes empreendedores do mercado de tecnologia. Conseguiram construir com a cara e com a coragem uma das maiores empresas de tecnologia do país com trabalho honesto e duro.

E recomendo “Fora de série – Outliers”, do Malcom Gladwell, e “Empresas feitas para vencer”, do Jim Collins.

Claudia Elisa Soares, CEO da FNAC Brasil

Formada em Administração pela PUC-Rio, Claudia fez carreira na Ambev, onde passou mais de 10 anos. Também trabalhou no Grupo Pão de Açúcar como vice-presidente de Recursos Humano e de Marketing, e na Votorantim Cimentos, em que foi vice-presidente global de gestão de pessoas, entre outros. Desde fevereiro de 2016, é CEO da FNAC Brasil.

Quais são os maiores desafios de gestão que você enfrenta como CEO?

Decidir, dentre as alternativas estratégicas para o negócio, quais serão as escolhidas e quais serão deixadas de lado. Dizer NÃO a distrações e ao “de tudo um pouco” é um desafio constante.

Alinhar o(s) foco (s) do time, deixando claras as ações prioritárias (que “movem o ponteiro”) e suas interdependências, incentivando assim o trabalho em equipe. Se não fizermos isto, todos acabam trabalhando “hard”, e não necessariamente “smart”.

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Dado o momento atual do Brasil, conseguir entregar as metas, mantendo o time feliz, com equilíbrio emocional, engajado e focado nas ações / iniciativas que mais geram valor.

E, na minha autogestão, o grande desafio é organizar a agenda (tempo) e cumpri-la com disciplina para caber trabalho, estudo, família, amigos e lazer de um modo razoavelmente equilibrado.

Que conselhos gostaria de ter recebido antes de liderar uma empresa?

A importância de buscar o autoconhecimento, descobrindo o que expande meu potencial e o que o limita. Ouvi isto do Abílio [Diniz] quando já tinha 40 anos e acho que teria me ajudado se tivesse ouvido mais cedo.

Todos as outras coisas que me ajudam a liderar uma empresa, ouvi dos grandes conselheiros que me inspiraram – Jorge Paulo [Lemann], Marcel [Telles], Beto [Sicupira], Abílio [Diniz], Carlos Brito, Claudio Galeazzi, Eneas Pestana, Walter Dissinger – e tento seguir sempre!

Quais são suas referências de trabalho?

1. “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, de Stephen Covey. Para liderar os outros, é importante, antes, saber liderar a si mesmo.

2. “Mais rápido e melhor, os segredos da produtividade na vida e nos negócios”, de Charles Duhigg, sobre a importância das escolhas e do modelo mental para analisar o contexto e tomar decisões ou fazer priorizações.

3. “Ataque! Transforme incertezas em oportunidades”, de Ram Charan.

4. O site brianjohnson.me, de Brian Johnson. Tenho a assinatura mensal e acho legais os resumos de livros e materiais que apoiam a busca do autoconhecimento.

5. O curso Insight em 4 módulos. A agenda de cursos no Brasil está no site insightbrasil.com. Já fiz três dos 4 módulos e acho o método do curso bem legal. É um passo importante na busca do autoconhecimento.

Marcelo Marques, CEO da Mobly

Cofundador e coCEO da Mobly, maior e-commerce de móveis e objetos de decoração do Brasil criada em 2011, Marcelo é engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e fez seu MBA na Kellogg School of Management, da Northwestern University.

Quais são os maiores desafios de gestão que você enfrenta como CEO?

Acredito que o maior desafio sempre é gestão de pessoas: motivar, alinhar a visão, recompensar, demitir, etc. São eles que fazem a empresa e são o maior ativo.

Mas eu ressaltaria que, quando se é CEO de uma empresa que você fundou e que cresceu, existe um desafio dentro do desafio, que é entender as diferentes fases da empresa – começo da empresa, crescimento, maturidade… – e você mesmo se adaptar para gerir as pessoas em cada uma delas.

Que conselhos gostaria de ter recebido antes de liderar uma empresa?

1. Problemas envelhecem muito mal. Encontrou qualquer probleminha, ataque na hora e não deixe crescer.

2. Entenda muito bem quem são todos os seus stakeholders. É imprescindível que o relacionamento com eles seja pelo menos saudável.

3. Liderar uma empresa dá um trabalho danado. Garanta que você está se divertindo e feliz, senão não vale a pena.

Quais são suas referências de trabalho?

Gosto muito das cartas do Jeff Bezos no relatório anual da Amazon, tem muita coisa boa ali. Os discursos do Charlie Munger, parceiro do Warren Buffet, também são impressionantes. Finalmente, leiam “Dobre seus lucros”, de Bob Fifer. Remédio amargo, mas necessário.

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