Jovem é entrevistado por RH de empresa, formado por duas mulheres e um homem

Cada setor tem as suas particularidades, e uma característica marcante da indústria de bens de consumo é o foco no produto. Porém, para quem quer trabalhar em empresas do setor, é preciso ter em mente que igualmente importantes são os anseios e a satisfação do cliente.

“Os departamentos de recursos humanos das empresas de bens de consumo estão percebendo que não basta um candidato ter estudado numa excelente universidade, ter conhecimentos técnicos apurados, um MBA no currículo e inglês fluente se ele não consegue se colocar no lugar do cliente e antecipar os desejos deles”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa Data Popular.

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Nesse contexto, as empresas devem optar por flexibilizar os critérios técnicos em seus processos seletivos e focar em outras habilidades do candidato. Confira algumas dicas de especialistas para você se preparar e entrar nessa indústria:

Falar inglês bem

Muitas das empresas de bens de consumo no Brasil são multinacionais ou mantêm relações com outros países. O profissional que pretende fazer carreira em empresas desse tipo e gerenciar alguma área, precisa, necessariamente, falar inglês. Muitas pesquisas de produtos são publicadas apenas em inglês. É preciso, também, conhecer os termos técnicos nesse idioma.

Mostrar-se flexível

A indústria de bens de consumo é muito vasta e, dentro de uma única empresa, há inúmeras possibilidades de atuação. Por isso, os profissionais que decidem trabalhar nela devem se mostrar estar dispostos a mudar de área ou de produto. Alguém que queira ocupar a função de marketing de uma companhia de bens de consumo de higiene, beleza e produtos de limpeza, por exemplo, deve estar disposto a trabalhar com outros produtos da empresa.

Pensar como o cliente

O profissional dessa indústria deve entender e oferecer ao consumidor de cada camada socioeconômica os produtos e serviços apropriados para a sua realidade, sempre antecipando os seus desejos. “Por isso, é tão importante que eles consigam pensar como o nosso cliente”, explica Alessandra Ginante, diretora de recursos humanos da Avon.

Ser criativo

Inovação é muito importante nessa indústria, pois a concorrência é grande. Por isso, o profissional que deseja trabalhar na área de desenvolvimento de produtos deve ser criativo e gostar de experimentar. Quem for para a área de marketing também precisa ter esse espírito. Com a globalização, a competição é internacional.

Estar conectado

As empresas estão empenhadas em se conectar com seus consumidores. Antes, essa conexão passava, necessariamente, pelas redes varejistas. Agora, cada empresa tem também a sua base de fãs nas redes sociais. Gerir essas páginas institucionais e cuidar da relação direta com o consumidor é um dos desafios dos profissionais de mídias digitais dessa indústria. Aos outros profissionais do setor, cabe a sensatez de fazer bom uso da página pessoal. Postar elogios ao concorrente, por exemplo, pode motivar uma advertência ou até demissão.

Cuidar da sua imagem nas redes

Manter seu perfil em redes sociais voltadas ao mercado de trabalho, como o LinkedIn, é interessante para quem está procurando emprego. “Buscamos muitos profissionais por meio dessas redes sociais”, comenta Alessandra. É importante ter uma foto no perfil também, já que perfis com imagem são sete vezes mais visitados que aqueles sem imagem nenhuma. Essa foto, no entanto, deve conter algumas especificações. Óculos escuros, regatas e roupa de banho estão banidos para quem procura emprego em ambientes mais sisudos. “A foto ideal é aquela que o candidato não teria vergonha de mostrar aos colegas e chefe no escritório”, diz Milton Beck, diretor de vendas do LinkedIn.

Planejar fazer um MBA

Um curso de aperfeiçoamento é o caminho mais rápido para evoluir na carreira, especialmente na área de marketing. Mas não vale para todos os momentos da carreira. Para Peter von Loesecke, presidente da feira MBA Tour, o MBA só é indicado para profissionais com pelo menos cinco anos de experiência no mercado. “Esses cursos devem ser feitos por quem já tem experiências para trocar”, comenta Peter.

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