Pouco importa se você mira uma vaga de estágio ou um cargo de diretor: em qualquer etapa da sua carreira, um bom currículo será um recurso precioso para atrair oportunidades.
Na hora de elaborar o documento, as mesmas preocupações necessárias a um profissional com décadas de experiência devem valer para o estudante universitário em sua primeira aventura no mercado de trabalho.
A única diferença entre as fases se refere à organização das informações, segundo Ricardo Karpat, diretor da consultoria Gábor RH.
Enquanto os jovens podem descrever sua trajetória quase integralmente – já que ela ainda é breve -, profissionais mais maduros precisam priorizar alguns dados. “O experiente não deve listar todos os seus empregos, só os mais significativos e recentes”, explica Karpat.
À exceção desse ponto, as orientações dos recrutadores são praticamente as mesmas em qualquer contexto. Veja a seguir 5 conselhos universais quando o assunto é currículo:
Para Guilherme Spironelli, gerente de recrutamento da Hays Response, o currículo perfeito não gasta mais do que uma folha de papel.
Não importa se você tem um ou 30 anos de trajetória: é preciso contar a sua história da forma mais concisa possível. “O currículo funciona como um anúncio publicitário”, diz Karpat, da Gábor RH. “Se ele não for curto e direto, não vai chamar a atenção de quem lê”.
Mesmo que você ainda tenha pouca experiência, é recomendável listar de três a quatro pontos que resumem as suas principais competências.
Incluir essa seção no currículo ajuda o recrutador a descobrir você poderia se encaixar na empresa contratante. “Se o candidato lista as principais atividades que é capaz de entregar, fica mais fácil vislumbrar os benefícios de escolhê-lo para a vaga”, diz Spironelli.
Outro cuidado importante é declarar a área em que você pretende trabalhar. O cargo mirado pode ficar de fora, já é possível negociá-lo em etapas posteriores da seleção.
“É preciso destacar um único segmento de atuação, isto é, não vale dizer que você pretende atuar nos setores financeiro, contábil e administrativo, por exemplo”, diz Karpat. Por outro lado, profissionais jovens e sem especialidade definida têm licença para lançar um objetivo um pouco mais generalista.
À exceção de profissionais de áreas criativas como publicidade ou design, a regra geral para CVs é o minimalismo visual. Para não errar, é melhor apostar em papel branco, formatação simples, poucas cores e fontes clássicas.
De acordo com Karpat, o mesmo vale para a linguagem. “Por mais jovem que você seja, o tom de todos os seus textos deve ser o mais formal possível”, explica.
Mostrar como você contribuiu para as empresas em que trabalhou faz brilhar os olhos de um recrutador. Tudo, claro, se realmente existem resultados importantes e quantificáveis a mostrar.
A despeito de sua curta trajetória, os jovens também podem incluir esse ponto em seus currículos. “Se você é estudante, pode mencionar algum prêmio que ganhou na faculdade ou os frutos do seu trabalho na empresa júnior, por exemplo”, diz Karpat.
A seguir, veja as dicas de Sofia Esteves, fundadora da Cia de Talentos, sobre como se destacar em processos seletivos:
Este artigo foi publicado originalmente em EXAME.com
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