Marcos Toledo, sócio da Canary, explica o mercado de Venture Capital

Nesta terça-feira, 12, a Fundação Estudar recebeu o fundador da Canary, Marcos Toledo, no segundo dia do evento Conferência Na Prática. Para uma plateia de jovens interessados em carreira no mercado financeiro, o especialista em investimentos explicou as peculiaridades do Venture Capital, que é hoje o foco dos seus negócios.

“Quando você está no mercado tradicional, há uma pressão diária sobre os resultados”, explicou ele. “No Venture Capital, é totalmente diferente. É preciso esperar às vezes dez anos para saber se o negócio deu certo ou não.”

O foco e as características do Venture Capital

Definido como um negócio mais humano dentro de um mercado financeiro focado em dados e números, os investimentos em Venture Capital possuem uma grande diferença em relação ao mercado comum.

Segundo Toledo, essa diferença se dá pelo fato de que, no mercado comum, os investidores colocam recursos em negócios que já existem, enquanto que no Venture Capital o foco são negócios novos.

Por essa peculiaridade, ele explicou, não é possível analisar métricas relacionadas a resultados das empresas. “Tudo que os investidores tem nesse caso são as pessoas”, explica ele.

Sem essas métricas de histórico, no entanto, fica mais difícil estabelecer critérios que podem embasar as decisões de investimento. Foi por essa razão que Marcos e seus sócios definiram alguns parâmetros para “rankear” as ideias de negócio. Algumas delas são:

  • Histórico acadêmico e profissional dos empreendedores;
  • Nível de compreensão da pessoa sobre o negócio e o mercado no qual ela quer entrar;
  • Referências da pessoa em suas experiências passadas (chefes, colegas de trabalho, etc.)

“Usamos isso para filtrar uma pouco os times de empreendedores e discutir de um modo mais científico e baseado em indicadores”, explica. “Não quer dizer que nós só tomaremos as decisões exclusivamente e friamente a partir daí.”

Em outro ponto, Marcos considera que é necessário criar um portfólio maior de negócios investidos, uma vez que o risco é maior de as apostas naufragarem. Fala-se com 300 pessoas por mês, só na Canary, de acordo com ele.

A gente está investindo em empresas que estão tão no início, que o risco de elas sumirem é gigante. Acontece de investirmos em uma empresa e logo depois elas falirem. 90% dos negócios não vão dar certo.”

Serviço

O Conferência Na Prática continua hoje ao longo de todo o dia. Painéis, salas de pitch e entrevista com empresas do mercado financeiro como Itaú, Santander e XP Investimentos acontecem até às 18h. Ao todo, são mais de 200 jovens de pelo menos 23 estados participando das atividades.

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