Sócia da Bain & Company, uma das consultorias estratégicas mais respeitadas do mundo, Luciana Batista tem dez anos de empresa e muitos outros de envolvimento com o tema de liderança feminina.

A importância não foi sempre óbvia. “Minha mãe sempre trabalhou fora e exercia posições de liderança e sempre tive em casa um exemplo de igualdade”, lembra ela. Foi no início da carreira, depois da graduação em Administração de Empresas na Universidade de São Paulo, que Luciana começou a perceber discrepâncias.

Após uma prova específica para o MBA – que obteve no Insead, na França e em Singapura –, ela ouviu que tinha tido boas notas “para uma mulher”. Mais atenta, começou a perceber que as mulheres, presentes no meio acadêmico e em cargos iniciais em pé de igualdade com os homens, rareavam conforme Luciana avançava na carreira e lidava com colegas mais seniores. 

No vídeo a seguir, ela explica como essa discussão foi ganhando espaço em sua vida:

Já na Bain, lidando frequentemente com com a alta gestão de seus clientes, ela se via frequentemente sozinha. “Em board meetings ou reuniões de comitês executivos, muitas vezes eu era a única mulher na sala.” 

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Num país em que menos de 5% das mulheres ocupam cargos de CEOs, era preciso entender o que acontece no meio do caminho e como remediar a situação. Para tanto, a Bain & Co. conduziu a pesquisa Sem atalhos: o caminho para mulheres alcançarem o topo. A seguir, Luciana explica algumas das descobertas do estudo: 

O que os consultores perceberam foi uma persistente dificuldade das mulheres profissionais em conciliar vida profissional e pessoal – arraigada no papel da mulher na família ao longo da história. Contudo, quando a conversa era apenas com mulheres em cargos de alta liderança, essa falta de flexibilidade no trabalho perdia relevância, e a principal barreira apontada era a falta de valorização dos estilos mais tipicamente femininos de liderança, como modelos mais colaborativos e consultivos. 

“Há uma questão de como valorizar os atributos de liderança que as mulheres muitas vezes trazem para a mesa”, afirma Luciana. No vídeo, ela explica o que empresas e sociedade podem fazer para contornar esse problema: 

Outro ponto importante é identificar viéses em processos de seleção e promoção, o que controlaria o gargalo, e garantir que as empresas de fato se comprometam com o tema, abrindo espaço para que as mulheres possam ascender na carreira.

O gap entre gêneros é um fato, diz Luciana, mas não é imutável e quanto mais gente se engajar, melhor – especialmente quem já chegou lá. “Nós que conseguimos chegar em posições de liderança temos um papel muito importante”, garante.

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