Julia Evangelista e Mariá Evangelista

Julia Evangelista cresceu em uma família de empreendedores. Tendo contato diário com a carreira e, desde pequena, trabalhando nas férias para ajudar os parentes comerciantes, ela percebeu, de perto, que ser empreendedor não é fácil. Exige disciplina e dedicação constantes.

Hoje, a piauiense que participou do Programa Líderes Estudar mantém, junto com sua irmã Mariá Evangelista, uma loja especializada em roupas de frio, a Oficina de Inverno.

Líderes Estudar, ou antigo Programa de Bolsas da Fundação Estudar, oferece mentoria, orientação de carreira, acesso a uma rede de mais de 600 líderes de diversas áreas de atuação, além da bolsa de estudo. As inscrições para a edição 2018 estão abertas até 26/03!

A escolha de empreender

Quando teve de escolher o curso de graduação, Julia não sabia qual seria a carreira dos sonhos. Decidiu, então, cursar Administração e Direito ao mesmo tempo. “Acho que me permiti ir para o Direito porque tinha medo de querer Administração apenas porque minha família toda era da área”, conta ela.

Para explorar melhor suas opções, Julia fez vários tipos de estágio. Trabalhou em uma consultoria da faculdade, em órgãos públicos e fez um summer internship no Burger King em Miami, durante um intercâmbio. “Aprendi muito, mas vi que não queria aquilo”, diz sobre a experiência na multinacional.

Fazer os dois cursos simultaneamente – e ainda estagiar – foi desafiador. Para aguentar a pressão, Julia relata que frequentemente se recordava que “o esforço era temporário e traria uma recompensa maior”. Dito e feito: a recompensa decidir, por fim, um caminho profissional, na Administração. Conhecer as duas áreas a fundo também ajudou a confirmar sua paixão pelo empreendedorismo.

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Formação familiar deu a base para sua confiança

“Você é empreendedor 24 horas por dia. Mesmo se não está na sua empresa, aquilo ainda faz parte de você“, diz Julia. A empreendedora considera sua educação familiar essencial para que ela e a irmã fossem “destemidas” o bastante para abrir a própria marca.

A confiança também veio das experiências profissionais que teve: quando tomou sua decisão de carreira, já havia eliminado outras possibilidades. Ter segurança na própria decisão é algo que a ajuda até hoje, com a loja consolidada. “Para enfrentar obstáculos, quando o momento está difícil e quando você pestaneja porque o planejado não aconteceu”.

Julia acredita que o mercado da moda acolhe melhor as mulheres empreendedoras, mas vê isso como uma exceção. “Muitas vezes as mulheres são podadas quando vão seguir certas carreiras”. Para evitar que isso desmotive, ela aconselha: “vá atrás de construir a confiança no que quer, independente do que vem”.

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Apostando no tino empreendedor

Decidida a empreender, Julia se juntou a sua irmã, Mariá, e as duas fundaram a marca Oficina de Inverno, em 2014. A loja, especializada em roupas para temperaturas frias, começou em um quarto da casa da família. Na época de abertura, todo o dinheiro que a dupla tinha serviu para montar o site e comprar o estoque. “No início, achamos que seria prudente ter um outro emprego paralelo e poder, aos poucos, ir migrando para a loja”, explica a brasileira.

A Oficina, que fora lançada apenas online, abriu sua primeira loja física – apelidada de iglu – em Fortaleza, em 2016. A segunda unidade foi inaugurada em 2017 e fica em Recife. A escolha de localidade surgiu depois de as irmãs, que são do Piauí, identificarem nas cidades litorâneas uma oportunidade.

Crescendo em Teresina, e viajando desde pequenas para locais frios, as irmãs sempre tiveram dificuldade em encontrar trajes adequados. “Como são lugares quentes, as marcas não se abastecem com roupas de frio”, explica a empreendedora. Julia e Mariá criaram, então, um estabelecimento que pudesse oferecer vestuário próprio para os invernos mais rigorosos em todos os dias do ano.

Agora, o desafio das sócias é formar uma equipe. Como, desde o início, as atividades se concentraram no trabalho das duas irmãs, elas realizavam todas as etapas. Com o crescimento da empresa, sentiram a falta de um time. “Hoje, é a nossa principal dificuldade formar pessoas para conseguir tomar a frente dos processos”, conta Julia.

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