José Galló, CEO da Renner

Recentemente, José Galló lançou sua autobiografia, O Poder do Encantamento. O nome se refere à filosofia da empresa que preside, que atualmente inclui não só a Renner como a Camicado e a YouCom, e onde trabalha desde 1991. 

Consistentemente ranqueado entre os melhores líderes brasileiros, Galló começou na empresa como superintendente, mas iniciou sua carreira no varejo muito antes, ainda como estagiário nos anos 1980. 

Em sua palestra na HSM Expo 2017, em São Paulo, ele elenca números que impressionam: R$ 27 bilhões em valor de mercado, R$ 8,5 bilhões de receita bruta, mais de 600 mil clientes, 18 mil colaboradores, 473 lojas pelo país, 19 marcas próprias e 4 centros de distribuição.

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Porque investir em gente importa

Seu assunto principal, no entanto, foi a importância do engajamento para tornar uma empresa lucrativa de maneira consistente. E isso só é possível ao se envolver de fato com o dia a dia e o engajamento de colaboradores, sem despachar apenas do escritório.

Ele lamentou, por exemplo, que não tem tempo para frequentar a inauguração de todas as lojas este ano – são cerca de 70 –, mas segue visitando pelo menos duas lojas da rede por semana.

“Há quinze anos, nós medimos a adesão [à cultura] através de pesquisas de engajamento”, explica. “Se você tem uma equipe engajada, a probabilidade de atingir os resultados é muito alta.”

Falar positivamente da empresa, mostrar vontade de permanecer e crescer na organização e empenhar-se em seu sucesso são algumas das medidas utilizadas pela equipe de Galló em pesquisas individuais em cada unidade de negócio.

E enquanto o varejo global tem uma taxa de engajamento de 65% e o brasileiro de 69%, continua, a Renner tem 88%.

“Uma loja com engajamento baixo tem resultado 20% menor que as outras. Isso mostra a importância das pessoas para o resultado de uma empresa”, continua. “Gente engajada encanta clientes, clientes encantados são fiéis e clientes fiéis geram resultados consistentes e sustentáveis.”

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Inove dentro de seu posicionamento

Outro aspecto importante do engajamento de colaboradores, para ele, é demonstrar confiança. “Eu os autorizo a tirar dinheiro do caixa para resolver problemas do cliente, o que deixa a auditoria de cabelo em pé”, ri.

Outra autorização que Galló oferece é que seus funcionários coletem o que ele chama de “histórias de encantamento” de clientes satisfeitos. Hoje, são mais de 800 mil histórias. “Esse é nosso patrimônio líquido. Com isso, geramos bons resultados.”

Ele avisa: para que funcione de fato, a liberdade que defende para seus colaboradores precisa ser incentivada dentro do posicionamento da empresa, que ele considera ser valor mais importante.

“É preciso ter um posicionamento claro: o que é a empresa, qual é o produto, quem é seu público”, falou. “Não dá para ser disperso ou querer agradar todos.”

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3 conselhos de gestão de José Galló

Aos executivos no auditório, Galló – que se aposenta em 2018 – ofereceu mais três conselhos de gestão:

1. Inove

“Se você não cria impacto, está criando mesmices.”

2. Não deixe para depois

“Enfrente os problemas e seja rápido.”

3. Seja consistente

“Somos constantemente tentados, e às vezes incentivados, a seguir caminhos inconscientes. Inove, mas dentro do seu posicionamento.”

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