Em 2012, um grupo de “laboratoristas” – participantes do Laboratório, o programa de formação de lideranças do Na Prática – não queria que a experiência terminasse. Mas também queriam ampliar seu alcance. “Nós discutíamos que era tudo tão intenso e interessante e, ao mesmo tempo, tão regional”, lembra Anderson Pereira. “Então por que não criar uma experiência assim em que pessoas de todo o Brasil pudessem intercambiar experiências?”
Na época, ele havia acabado de voltar de uma viagem ao Vale do Silício. “A coisa mais importante que aprendi lá é que, independente do que eu fosse fazer, precisava estar cercado de pessoas essencialmente melhores que eu”, lembra. “No Laboratório, conheci pessoas fantásticas que são minhas amigas até hoje e informaram minha visão de mundo.”
Leia também: Veja livros recomendados pelos professores da Harvard Business School
Um dos pilares do programa – que envolve juntar gente boa, engajada e que sonha grande – está na base do que seu projeto pretende levar para o maior número de jovens possível. Essa foi a semente do Encontro de Jovens Transformadores (EJT). Organizado voluntariamente por uma equipe de 25 pessoas, incluindo Anderson, que atua como coordenador geral, o evento é um encontro anual e que chagará a quarta edição nos dias 24 e 25 de setembro, em São Paulo.
História O EJT surgiu como a missão de conectar, inspirar e mobilizar jovens na construção de um país melhor. Funciona da seguinte maneira: os interessados se inscrevem pelo site e passam por um processo de seleção. Centenas são escolhidos e se reúnem durante um fim de semana repleto de atividades, como palestras, debates e seminários. Lá, discutem os principais desafios do Brasil e suas possíveis soluções.
Para selecionar seus participantes, a equipe desenvolveu uma técnica batizada de coeficiente transformador. “Mensuramos qual é o potencial de impacto daquele jovem na sociedade e escolhemos os que mais conseguem transformá-la”, explica. “É algo que independe da idade e de área de trabalho. Selecionamos quem têm poder e capacidade para transformar seus ambientes.”
Inscreva-se no curso por email: Como se autodesenvolver
As conversas do encontro presencial são segmentadas por áreas, como empreendedorismo, educação ou sustentabilidade, e muitas contam com a participação de lideranças nacionais já estabelecidas. “A questão é pensar: como eu consigo me engajar para resolver esses problemas?”, resume Anderson.
A popularidade da ideia (e a quantidade de coisas a ser discutida) acabou transbordando para o resto do ano. Hoje, há várias pequenas versões do EJT, como o Papo Transformador, que traz entrevistas com membros da rede via YouTube, e o Esquenta, que oferece uma série de palestras Brasil afora.
O impacto, diz Anderson, é cada vez maior. Em três anos, o número de participantes quadruplicou e, em 2015, cerca de 600 jovens de dezenove estados brasileiros marcaram presença. A rede de contatos, por sua vez, conta com mais de cinco mil pessoas.
Após o evento presencial, essa mesma rede é ativada continuamente – e Anderson garante que as relações criadas são fortes e naturais. “Jovens que já estão engajados com projetos de transformação social podem encontrar alguém de Minas Gerais ou do Tocantins com projetos similares e assim eles conseguem se ajudar mutualmente”, diz. “Nossa plataforma consegue ajudá-los a chegar um pouco mais longe.”
As inscrições para a próxima edição do Encontro de Jovens Transformadores estão abertas e podem ser feitas online.
Muito se fala sobre quais são as soft skills que os profissionais devem cultivar para…
Em mais um vídeo da nossa série sobre protagonismo feminino em posições de liderança, o…
Em mais um vídeo da nossa série sobre protagonismo feminino em posições de liderança, o…
Depois que nós chegamos ao ensino médio, é comum que passemos a questionar qual será…
Quem gosta de tecnologia costuma dar sinais cedo. Deborah Alves, fundadora da Cuidas e ex-aluna…
Você já ouviu a frase: "Quem falha em planejar, planeja falhar"? Essa máxima não poderia…
Deixe um comentário