Fundada há sete décadas em Paris pelo costureiro Christian Dior, a marca que leva seu nome se tornou um símbolo mundial de moda, luxo e grandes negócios: foram cerca de US$ 2 bilhões em receita em 2016.
O CEO Sidney Toledano foi um dos responsáveis por multiplicar esse valor desde que começou a trabalhar por lá, em 1994. Ele ascendeu ao posto mais alto quatro anos depois, após criar uma lucrativa linha de joias e reviver o segmento masculino da marca, entre outras decisões.
Para fazer seu trabalho, Toledano, que estudou Engenharia e Matemática e fez carreira na indústria da moda, precisa gerir de perto estilistas e outros profissionais de moda extremamente criativos, mantendo-os inspirados e satisfeitos sem perder de vista o retorno financeiro.
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Pensando nesse equilíbrio delicado, Toledano explicou num evento em Nova York que sua relação com talentos criativos se parece mais com “um dança” colaborativa do que um relacionamento de gestão tradicional.
E para que essa colaboração funcione, garante ele, é preciso que os dois lados tenham um objetivo claro compartilhado. “Você precisa manter os objetivos do negócio em mente e garantir que a pessoa criativa tem os mesmos objetivos quando se trata da companhia.”
Embora tenham muita liberdade criativa, por exemplo, os estilistas da Dior recebem um briefing do que precisam criar, como jaquetas ou bolsas que custem um certo valor, e têm um orçamento grande, mas não infinito.
“A pessoa criativa precisa respeitar os limites financeiros do negócio”, continuou Toledano. Por outro lado, executivos precisam ser humildes e respeitar o trabalho de seus talentos criativos, assim como garantir que tenham o suporte necessário.
E se algo estiver errado, é preciso colocar a mão na massa e investir em relações pessoais.
“Sempre digo: ‘Se os negócios não estão indo bem, não fique no escritório’”, disse Toledano ao . “Algumas pessoas tentam descobrir o que está errado através de números. Mas se você ficar no escritório, nada muda.” Financial Times
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