Já passou pela situação de não concordar com alguém, mas sentir ao mesmo tempo que é preciso se calar?

Situação chata, não é?

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Bom, isso não deve ser um padrão. Mas acontece que, normalmente, ocorre de ficarmos com medo de discordar (principalmente ao falarmos com superiores).

Além de essa ser uma situação pessoalmente ruim, pode ser também um atraso para a empresa em que trabalhamos e para os nosso objetivos.

Pensando nisso, o Na Prática traz hoje uma tradução de um artigo da Harvard Business Review que responde justamente a essa questão: como discordar de superiores?

Quem compila as reflexões é a autora de “A arte de lidar com conflitos”, Amy Gallo. Confira a seguir.

A visão de dois especialistas

É uma reação natural das pessoas tentar despistar a ideia de discordar de um superior, de acordo com o professor Joseph Grenny, coautor de “Conversas cruciais”.”Nossos corpos se especializam em sobrevivência, então nós temos uma propensão natural em evitar situações que podem nos ferir”, diz ele.

Já para a professora Holly Weeks, autora de Failure to Communicate, o cerne da ansiedade é que sempre vamos considerar a implicações negativas. “Nós imediatamente pensamos: ‘Ele não vai gostar de mim’, ‘ela vai pensar que eu sou uma dor’, ou talvez até “eu serei despedida”. Por outro lado, “é tão mais simples concordar”, continua Weeks ao pontuar que essa nem sempre é a postura correta.

Os professores dão as seguintes dicas:

Antes de tudo, leia: O que é Comunicação Não-Violenta (CNV) e como aplicar o conceito

# Seja realista sobre os riscos

A maioria das pessoas superestima os problemas envolvidos em falar algo em público. “Nossa predisposição é de começar a imaginar todas as coisas horríveis que vão acontecer”, diz o professor Greeny.

Sim, pode ser que a pessoa do lado de lá fique surpresa e até um pouco zangada de início. Acontece. Mas a verdade é que as chances maiores são de você não ser demitido e não criar um inimigo.

# Decida se deve esperar ou não

Após considerar os riscos, você pode decidir se é melhor segurar sua opinião ou trazer ela à tona.

“Talvez você ainda não terminou de analisar todo o problema ainda, toda a discussão pode ser ainda uma surpresa pra você, ou você pode querer entender primeiro o que o grupo pensa, de modo geral, sobre a discussão”, explica Weeks.

# Identifique um objetivo em comum

Antes de compartilhar os seus pensamentos, pense sobre o que a pessoa poderosa com quem você quer discordar pensa sobre o ponto em questão. Ela se importa com ele? É algo importante para os resultados dela e do grupo de modo geral?

Acredite: você terá mais chances de ser ouvido se conseguir conectar seu descontentamento a um “objetivo maior”.

# Peça permissão para discordar

Essa etapa pode parecer um pouco fora da curva, mas, de acordo com o professor Greeny, essa pode ser uma boa maneira de dar à pessoa superior “segurança psicológica” e controle.

Você pode dizer algo como: “Sei que parece que nós estamos perto de alcançar os objetivos do primeiro trimestre, mas tenho razões para acreditar que não vamos. Gostaria de expor minha visão sobre isso. Isso seria ok?”

Dessa forma, você dá à pessoa uma chance de permitir que você discorde dela. E, se ela disser sim, você se sentirá mais confiante para discordar.

# Fique calmo ou calma

Ao ficarmos nervosos, nossa comunicação pode parecer mais relutante e é possível que as pessoas tenham mais dificuldade para compreender o que queremos expor. Por isso, procure permanecer calmo e tente falar quando se sentir seguro ou segura.

“Quando estamos em pânico, tendemos a falar mais rápido e mais alto. Você não quer parecer um ratinho ou conversar assoviando, e sim simplificando e amenizando a voz para acalmar a pessoa com quem quer embater’, diz o professor.

# Valide o ponto original

Ao ter a permissão para falar, articule o ponto de vista da outra pessoa. Qual é a ideia dela, qual a opinião ou qual a proposta com a qual você não concorda? Deixar isso claro, possivelmente até melhor do que a pessoa fez, dá bases fortes para a discussão.

“Você quer que a pessoa saiba que você a entende. Você não quer começar uma briga sobre se você entendeu o ponto dela ou não”, aponta o professor Weeks.

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