Aprendizagem contínua é uma decisão que traz consigo algumas vantagens. Entre elas, o desenvolvimento constante, que impacta em todas os âmbitos da vida, inclusive na carreira. Não é à toa que muitos dos que são bem-sucedidos têm na prática um hábito.
Autor do livro Passion & Purpose: Stories from the Best and Brightest Young Business Leaders, John Coleman explica a importância de aprender e destaca algumas dicas para criar esse hábito em artigo no site da Harvard Business Review. Abaixo, destacamos suas recomendações – confira.
Você quer contribuir com mais conhecimento nas discussões em que participa? Quer dominar um assunto? Quer se manter atualizado? Enriquecer seu repertório em relação à área em que atua? O resultado depende dos seus próprios objetivos. Ter clareza sobre ele ajuda a definir metas claras, se motivar e criar um hábito firme.
“Na minha vida, gosto de manter um programa de leitura que me expõe a uma variedade de assuntos e gêneros com o objetivo de exploração intelectual geral, enquanto também aprofundo em algumas áreas, incluindo educação, política externa e liderança”, exemplifica Coleman.
A segunda dica não é segredo, já é conhecimento comum que estabelecer metas muito difíceis ou fora do alcance, desmotiva. Por isso, focar no que é realista é a chave para criar o hábito de aprendizagem.
Para o autor, definir metas significa quebrar os objetivos que quer alcançar em um ano e quebrá-los em hábitos diários ou semanais. Por exemplo, objetivo: ler 24 livros no ano e metas: ler mais de 20 minutos em cinco dias da semana. “Essas metas transformam um desejo vago de melhorar a aprendizagem em um conjunto concreto de ações.”
Em seguida, vale a pena escolher uma forma de acompanhar o progresso. Pode ser um planner, um simples caderno de notas, ou até um aplicativo, que é o caso do especialista. “Monitoro através de um aplicativo chamado Momentum, que me permite, de forma rápida e simples, inserir a conclusão dos meus hábitos diariamente e monitorar minha adesão [a eles].”
O Na Prática tem o template de uma planilha diária de hábitos pronta para baixar gratuitamente – confira!
Da forma que for melhor, tente se juntar a outros que também se dedicam a aprender com frequência. Seja em um grupo de leitura semanal, um grupo de escrita, etc.
Se seu objetivo é mais específico, entre em alguma organização que foca nos tópicos que você quer aprender – e participe de seus grupos próprios e eventos.
“Você pode até considerar uma classe formal ou um programa de graduação para adicionar profundidade à exploração do assunto e [adicionar] o tipo de comprometimento que é inerentemente estruturado”, aconselha Coleman.
Aprendizagem é um hábito que entretêm, ao longo do tempo, mas sempre vai exigir certa dose de trabalho duro para que você consiga atingir os resultados que deseja. E foco:
“É tão extraordinariamente bem documentado que é quase um truísmo a este ponto, mas ser multitarefas e particularmente a tecnologia (por exemplo, telefones celulares, e-mail) podem dificultar ou impossibilitar a profunda concentração necessária para a aprendizagem real.”
Separe um tempo (inclusive, na agenda) dedicado apenas ao aprendizado e, quando estiver nele, minimize as distrações. Isso significa encontrar um lugar calmo e não levar celular, notebook, etc. Pratique anotar as coisas à mão – não só diminui a necessidade do smartphone ou do computador, como melhora taxas de retenção e compreensão do assunto.
Outra dica do especialista é a meditação, que treina a mente para, entre outros benefícios, lidar com a distração da melhor forma. “[A meditação] tem sido uma melhoria no meu foco intelectual, que ajudou minha atenção em palestras e minha capacidade de ler livros difíceis.”
Ainda que a tecnologia possa ser uma distração, é inegável seu valor para incrementar um processo de aprendizagem. Coleman indica checar os MOOCs (Massive Open Online Courses), que permitem que o estudante participe de comunidades e aprenda de fontes renomadas. Além disso, adicionam um elemento de comprometimento, já que muitos exigem participação mínima, etc. Coursera e Udemy são duas das plataformas que oferecem esse tipo de formação.
Outras opções são podcasts, audiolivros, e-readers (como Kindle, Lev e Kobo), que permitem a leitura (ou o consumo de informações) em qualquer hora e lugar. “Descobri, por exemplo, que usando audiolivros no que eu considero como ‘momentos ambientais’ – ir para o trabalho ou correr, por exemplo – quase consigo dobrar os livros que leio em um ano”, conta o autor. “Combine essas ferramentas com aplicativos que rastreiam seus hábitos e a tecnologia pode ser um componente essencial de uma rotina de aprendizagem.”
“Todos nascemos com uma curiosidade natural. Nós queremos aprender. Mas as exigências do trabalho e da vida pessoal muitas vezes diminuem nosso tempo e nossa vontade de nos envolver com essa curiosidade natural. O desenvolvimento de hábitos de aprendizagem específicos – conscientemente estabelecidos e conscienciosamente cultivados – pode ser um caminho para a relevância profissional continuada e para a felicidade pessoal profunda.”
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