Fachada da Amazon

Muita gente procura os cursos de MBA (sigla para Master of Business Administration) no exterior pensando em mudanças de carreira ou em maneiras de obter conhecimento prático em uma área.

Mais do que conhecimento acadêmico, os MBAs costumam oferecer aulas “mão na massa”, estudos de caso e oportunidades de estágio e networking. Não é de surpreender que mesmo empresas de tecnologia como a Amazon tenham se voltado a tais estudantes na hora de contratar.

E, no caso da Amazon, de contratar muita gente. Em um só ano, foram mais de mil alunos vindos de escolas de negócio. Em especial, das americanas mais tradicionais, como a Chicago Booth School of Business e a Haas School of Business, da Universidade da Califórnia em  Berkeley.

Os números surpreendem ainda mais ao verificar o ranking do US News & World Report sobre contratações na área de tecnologia. Isso porque a Amazon contratou duas vezes mais formandos de programas de MBA do que a Microsoft, empresa que ficou em segundo lugar na classificação.

Por trás das contratações numerosas, está a necessidade da Amazon de conseguir mão de obra para as suas iniciativas. Não bastasse agir como varejista, revendendo produtos pelos site, a empresa ampliou suas atividades para dispositivos como Kindle, computação em nuvem e mesmo produção de séries e streaming.

São mais de 200 mil empregados, de acordo com o relatório anual, e milhares de vagas em aberto.

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Por que a Amazon contrata alunos de MBA

A diretora de programas para universitários dentro da empresa, Miriam Park, já descreveu o funcionamento dos times da Amazon como semelhantes às startups.

Em um comunicado ao site Quartz, Park explicou o tipo de funções para os quais a empresa procura ex-alunos de MBAs — que vão dos Recursos Humanos às finanças. “O que nós costumamos ouvir deles é o quanto amam o tanto de responsabilidades que possuem, por tomarem decisões que afetam milhões de clientes”, sintetiza ela.

“O que nós costumamos ouvir deles é o quanto amam o tanto de responsabilidades que possuem, por tomarem decisões que afetam milhões de clientes”

Não se trata apenas de valorizar o currículo dos programas de MBAs e o tipo de habilidade técnica que as disciplinas ensinam.

A Amazon procura candidatos que tenham noções de risco ao tomarem decisões, e contem com um perfil mais analítico. Em troca, a empresa proporciona um ambiente inovador somado a um ritmo acelerado de ascensão na carreira, o que tem atraído formandos de escolas de negócio tradicionais.

Para chegar até tais estudantes, a Amazon não perde tempo. É comum que a empresa organize eventos e convide os alunos de MBAs mesmo antes do início das aulas em sua sede, localizada em Seattle.

Os recrutadores também vão aos campi universitários e conversam diretamente com alunos, em feiras de carreira e palestras organizadas. A empresa atrai olhares não só pelos negócios em expansão, mas também pelos salários generosos no setor tecnológico.

Leia também: De Harvard a Stanford, ex-alunos contam o que aprenderam nos melhores MBAs do mundo

E as escolas de negócio, como respondem a isso?

O número significativo de contratações no setor de tecnologia pode ter dado um sinal para que as escolas adaptassem seus currículos. Atualmente, matérias que contemplem negócios em tecnologia em seus estudos de caso, por exemplo, são comuns.

Na sala de aula, os alunos têm contato com conceitos ligados às operações de empresas como e-commerces e entendem os desafios por trás de gerenciar uma companhia do tipo.

Há ainda matérias optativas que contemplam noções como análise de dados, bem como uso de mídias sociais.

O Babson College, por exemplo, que se consagrou como a melhor escola de empreendedorismo do mundo, já lançou um foundation course, comum a todos os alunos, sobre tecnologia. É uma aula introdutória que explica tendências gerais em setores de ciência e tecnologia e permite aos estudantes traçar análises sobre empresas de interesse.

Durante os cursos de MBA, os estudantes desenvolvem mais do que capacidades técnicas, podendo trabalhar as chamadas soft skills, que descrevem habilidades ligadas às interações e às relações com pessoas. Entram na lista de capacidades do tipo traços como a facilidade em lidar com pessoas de origens variadas, a de priorizar atividades e a gestão de tempo.

Artigo originalmente publicado pelo portal EstudarFora.org

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