Raphael Gomes, do Lefosse Advogados, à esquerda, e Rodrigo Vella, do VPBG, à direita (Imagens: LinkedIn)
Raphael Gomes, do Lefosse Advogados, à esquerda, e Rodrigo Vella, do VPBG, à direita (Imagens: LinkedIn)

No passado, quando profissionais do direito compreendiam a profissão de modo mais tradicional, acreditava-se que era preciso escolher um caminho e seguir nele até o fim da carreira. Ou você seria um advogado criminalista ou então atuaria na área cível. Nos dois, seria impossível.

Hoje, no entanto, já não é assim. É possível atuar em escritórios tradicionais ou embarcar em organizações de diversos ramos. Quem diz isso são Raphael Gomes, do Lefosse, e Rodrigo Vella, do VPBG, ambos nomes de sucesso no meio jurídico.

Eles falaram em painel do evento Conexão Jurídico, da Fundação Estudar, e deram dicas a profissionais em início de carreira sobre o mercado moderno.

Atuar em escritório ou empresa?

Os paradigmas “culturais” da área do direito afetavam Raphael no início da carreira. Segundo o advogado, que já atuou em diferentes áreas do direito até se tornar especialista no ramo de energia, a carreira no escritório e em empresas são tão boas quanto. No início, porém, muitos diziam o oposto.

“Escutava que em escritórios havia uma concorrência desleal e que todos trabalhavam demais sem pode descansar”, conta ele. “Mas a verdade é que não existe diferença no volume de trabalho e isso muda de espaço para espaço, e não tem a ver com diferenças entre escritórios e empresas.”

A diferença, para Rodrigo, está no modo como cada trabalho funciona. Em escritórios, ele aponta, o trabalho demanda um espírito mais empreendedor: é preciso conquistar os clientes, formar uma carteira deles, e mantê-los, à longo prazo, para ter sucesso. Do outro lado, nas empresas, o canal entre advogado e cliente é menos complexo, normalmente é preciso responder a um CEO ou CFO, e isso já basta.

E como fazer a transição do escritório para empresas?

Para Raphael, o principal desafio de profissionais do direito nas empresas chama-se “clientividade”. De modo geral, isso quer dizer que as advogados precisam entender que, nesses espaços, contratos não podem ser vistos de modo apenas processual e que os profissionais precisam entender dos negócios e suas necessidades.

“É preciso entender contratos como ferramentas para empresas mitigarem riscos ou ganharem dinheiro”, explica ele. “Muitos erram por achar que contratos são meramente processuais. É preciso entender os projetos, pensando estrategicamente, e não apenas na forma e na norma legislativa.

Nesse sentido, ele acredita que deve haver um equilíbrio entre habilidades técnicas e de negócios porque essas características são valorizadas pelas empresas em momentos de transição.

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Quais habilidades são importantes para os advogados de hoje (independentemente do campo de atuação)?

Para Rodrigo Vella, um ponto chave para se destacar no mercado jurídico de hoje em dia é ser generalista. Isso porque, na sua visão, é assim que o profissional terá a chance de experimentar os universos e tomar melhores decisões de carreira.

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Ainda assim, ele diz que se o objetivo do profissional é seguir o mundo empresarial, um fator é muito importante.

“O advogado empresarial tem que ter alguma familiaridade com atendimento de empresa, negócios, e, com isso, ele tenderá a ter uma visão mais ampla do direito. Dificilmente você vai ver um advogado de direito empresarial que não goste do negócio, da indústria em que ele atua.”

Além disso, outros pontos chaves são listados por Rodrigo para alguém que sonham em ser advogado como:

  • Ser curioso;
  • Gostar de aprender;
  • Interessar-se por negócios e contratos;
  • Extrapolar a questão jurídica e pensar em gestão de negócios.

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