“Sou um provedor de zona de desconforto”, brinca Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, que faz parte do pequeno rol de personalidades brasileiras cujo alcance dispensa sobrenomes.

Como treinador, pode ser considerado o maior campeão da história do voleibol mundial: trouxe mais de 32 títulos relevantes para o Brasil liderando as seleções brasileiras masculina e feminina.

Desde 2001, é o técnico da seleção brasileira de voleibol masculino, que neste ano fez torcedores do país inteiro segurarem a respiração na disputada partida de 21 de agosto, contra a Itália, quando conquistaram o último ouro do Brasil nas Olimpíadas Rio 2016 – sua sétima medalha olímpica.

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Suas lições de liderança, gestão de equipe e motivação são facilmente transportadas das quadras para o mundo empresarial (até por ele próprio, que também é empreendedor).

Nos vídeos a seguir, gravados pelo Na Prática em um evento do Instituto ProA – que apoia a inserção de jovens no mercado de trabalho –, ele compartilha o que considera seus aprendizados mais importantes com quem está iniciando a carreira. Confira:

1. “Para que o talento não se transforme em frustração, é preciso determinação e execução”

“É claro que o talento é o cartão de visitas, mas quantas pessoas de talento não realizam seu potencial?”, começa Bernardinho.

Essa é a grande preocupação de quem acompanha talentos, continua ele, exemplificando seu ponto com uma história pessoal sobre seu primeiro treinador. Para realmente explorar seu potencial, opina, é preciso ter determinação, vontade e capacidade de superação.

2. “Toda instituição – inclusive a seleção – tem valores que não podem ser transgredidos”

Em 2007, Bernardinho ouviu essa definição de liderança de Marcel Telles, um dos empresários mais famosos do Brasil e um dos fundadores da Fundação Estudar, ao lado de Jorge Paulo Lemann e Beto Sicupira.

O papel do líder, fala, é justamente evitar tais transgressões, que solapam a capacidade de liderança individual e enfraquecem uma organização.

Um líder, continua, é aquela pessoa capaz de extrair o máximo de seu time e criar um ambiente em que cada um busca dar seu melhor sempre, sem buscar atalhos e mesmo diante de dificuldades.

3. “Em nossas pequenas transgressões, nós arrumamos justificativas, e isso é inaceitável”

Volta e meia, as pessoas se aproximam de Bernardinho e perguntam: por que ele não se candidata a algum cargo público?

Ele responde que, para o Brasil realmente se encaminhar para um novo caminho, é preciso que todos – sem exceção – pratiquem a cidadania e a integridade todos os dias.

De que adianta, continua, que jovens líderes sejam inteligentes e genuinamente queiram mudanças se, à noite, usam aplicativos para escapar de blitzes da Lei Seca? As pequenas transgressões, sempre subjetivas, também solapam a integridade da sociedade.

Para o treinador, a prática da liderança no esporte lhe ensinou que mesmo quando o caminho é difícil e as críticas são muitas, é fundamental não abrir mão da própria essência.

4. “Se você não for capaz de realizar as pequenas tarefas do seu dia, o que será das grandes tarefas?”

Um passo de cada vez. Sem saltos ornamentais. Tudo feito de maneira disciplinada – só assim surge o verdadeiro progresso.

“A disciplina é a ponte entre seu sonho grande e sua realização”, afirma Bernardinho.

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