Quando Noah Jessop, um empreendedor serial do Vale do Silício, se tornou venture capitalist, se viu oferecendo aos jovens fundadores em que investia conselhos que ele mesmo gostaria de ter ouvido antes.
Em um texto recente no LinkedIn, ele apresenta 21 dicas para jovens fundadores que decidiram seguir carreira em tecnologia ao criarem suas próprias startups.
Leia abaixo a tradução feita pelo NaPrática.org:
Ao começar duas empresas, recebi muitos conselhos. Agora trabalho em um fundo de VC [venture capital] que investiu em empresas como Uber, Cruise, Buzzfeed e Thredup – e os empreendedores agora pedem meus conselhos.
Não há “manual secreto” para construir uma empresa. Não há “truque fácil” ou um mapa. Nenhuma empresa é igual à outra.
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O custo baixo para começar uma empresa significa que muitas pessoas estão buscando as mesmas coisas antigas. Isso vai confundir seus clientes se não ficar claro porque você é diferente – radicalmente diferente.
Ser novo para seus clientes pode significar construir uma nova fronteira tecnológica (como um sistema que lança drones do céu) ou aplicar um conceito existente à uma nova vertical (como utilizar CRM para saúde).
Todo aquele pitch e aquela tecnologia não podem salvá-lo disso. E às vezes você precisa usar a criatividade para fazer com que as pessoas queiram o que você pode oferecer no começo. (Nota: se você oferecer uma experiência terrível para clientes mas eles continuam usando seus serviços mesmo assim, isso pode significar que você escolheu um bom problema para solucionar.)
Supere isso… E aproveite que isso te liberta para iterar e testar coisas. Como diz Brian Chesky, do Airbnb: “Se você lança algo e ninguém liga, lance de novo.” (E se não ligarem para sua empresa, as pessoas legais que você encontrar pelo caminho vão ligar para você.)
Leia os escritos incríveis de Brad Feld sobre term sheets. Os de Mark Suster sobre diluição. Os conselhos de Bryce Roberts para que fundadores pensem em construir seus negócios com uma única rodada de capital.
Leia os pitches de dezenas de empresas que valem bilhões de dólares. VCs e empreendedores compartilharam uma quantidade enorme de dados e sabedoria ao longo da última década. Use-a.
Outras notas:
Se você consegue entrar, você entrou. Ninguém liga para sua nota do vestibular: empreendedorismo não é uma entrevista no Google. Não há regras fora das leis em que você opera e de sua bússola moral. Você pode seguir as leis, ser bom e ainda assim quebrar as regras.
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Há um equilíbrio tênue entre comunicar-se e passar o dia falando ao invés de trabalhando. Transparência e clareza são coisas boas – mas seja tático em relação a como você passa seu tempo atingindo esses objetivos. Isso também é verdade externamente: evite reuniões, a não ser que você possa vender. Rejeite ofertas para falar em painéis até que esteja lucrando.
6a) Já que você vai batalhar com este conselho em algum nível, garanta que seus cofundadores e time compreendam quão impactantes suas contribuições são – e que você as nota e as aprecia.
A qualquer momento, há dez coisas que você precisa fazer. Você não consegue fazer todas. Abrace o caos e escolha sete coisas para ignorar.
Vendendo para negócios? Você é a única pessoa que pode ‘demitir’ clientes carentes que vão te desviar da construção do produto correto para muitas pessoas.
Pensando em consumidores? Você é a única pessoa que pode cortar (sem dó) o caminho para lançar seu produto. Ou pare de empurrar algo que não está funcionando e volte aos rascunhos.
Dê permissão ao seu time para ignorar coisas que não são o foco mais importante para a empresa. Só você pode fazer isso.
Escolha algo que faz sentido e alinhe seu time com isso.
Se você for convidado para tomar um café com qualquer um da área de desenvolvimento corporativo de uma grande empresa de tecnologia, aconselho enviar a seguinte resposta: “Adoraria me engajar com o time correto se você quiser comprar nosso produto ou serviço.”
No caso de qualquer outro convite, encaminhe a pessoa ao conselho de sua empresa. Ele tem o dever fiduciário de escutar caso uma oferta genuína esteja na mesa.
Assim como Ulisses, as sereias vão te chamar usando seus desejos mais profundos. Riqueza? Fama temporária? Fuga da dor? (Ou verdadeiro conhecimento, como Ulisses?).
Você não deve desviar de sua jornada. Amarre-se ao mastro e foque no caminho pela frente. Se você não consegue levar isso para frente, por que não procuraria um emprego que cuida da parte do propósito para você?
Idealmente, você deve criar uma empresa em que você mesmo trabalharia como funcionário número 10, 20 ou mesmo 100.
É um momento incrivelmente terno e humilde para o candidato: lembre-se que ele está pensando se deve passar uma parte de sua vida profissional numa sala, pensando nos problemas que você tem.
Você está pedindo que as pessoas mais talentosas que conseguiu encontrar cheguem em casa e contem aos parceiros que estão se unindo à uma startup arriscada. Ofereça o “porquê” para que mergulhem.
E seja decente. Mesmo que as coisas não aconteçam do jeito que você imagina, eles não vão se arrepender.
O período para começar a recrutar é cinco anos antes de planejar começar sua empresa: é quando você começa a fazer amigos na faculdade ou construir relações com colegas excelentes.
Você provavelmente não vai estar na posição de contratar um executivo C-level do Google em sua rodada de investimento semente, mas deveria conseguir convencer os melhores com quem já trabalhou a se juntarem a você.
Leia também: 9 conselhos do CEO do Waze para startups inovarem de verdade
Como diz o autor Ben Horowitz em O Lado Difícil das Situações Difíceis, por que um candidato perfeito e com o background “certo” iria se juntar à sua empresa nascente? (Ou companhia com um preço baixo de ação ou qualquer luta que você esteja travando no momento?)
Você compromete seus padrões com uma única contratação inocente (“realmente precisamos preencher esse cargo”) e, quando vê, causou um dano permanente na cultura e na empresa, deixando o padrão cair mais e mais.
Como Steve Jobs disse certa vez: “Esse efeito respinga e causa explosões de palhaços nas empresas.” (Ele não era alguém que media as palavras.)
Isso significa começar com um pedaço de um universo pequeno. Lembre-se: capturar 1% de um mercado de energia de US$ 300 bilhões parece ótimo, mas também não há um “como”. Faça algo que um pequeno número de pessoas ame.
Com clientes, funcionários, investidores, etc. – todos os outros são capazes de sentar e esperar.
Você iria ficar impressionado com quão poucas pessoas fazem isso.
São os poucos que conseguem entender pelo que você está passando. Você também vai aprender mais sobre como funciona o ecossistema ao conversar com seus colegas do que aprenderia passando mais uma hora no Hacker News.
Não force a barra. Ajeite-se e vá em frente. Permita-se deixar outras tendências e possibilidades (de carreira ou vida) passarem. Como dizemos por aqui, às vezes as coisas são “oportunidades para outra pessoa”. Foque em seu negócio e na jornada que você escolheu.
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[Utilize processos para:]
– Captar fundos (introduções, reuniões, cronogramas)
– Pipelines (de vendas, de candidatos, etc)
– Entrevistas/recrutamento (não precisa ser formal, mas encontre um jeito e mantenha-o. Consistência e cuidado com o candidato são chave aqui)
Leia A Startup Enxuta. Depois leia de novo. E também “faça coisas que não escalam “.
Lute contra ou aceite-os, mas esteja preparado para estampar o sorriso de novo na cara e seguir em frente rumo ao próximo sim ou não.
Alguns dos melhores empreendedores amam cada “não”: é um momento de aprendizado e de aproximação com o proximo “sim”. Procure-os!
Um exemplo: após ganharem o investimento, um dos fundadores no nosso portfólio prontamente pediu as credenciais do LinkedIn de seus investidores. Ele usou esses logins para prospectar empresas e tentar encontrar um caminho de entrada.
Um pedido ousado? Para muitos, sim, mas não havia risco real, fora ouvir um “não”. Um bom vendedor faz sua encomenda.
Artigo originalmente publicado no LinkedIn.
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