Foto: Sigmund/Unsplash

De uma hora para outra, milhões de pessoas pedem demissão, Beyoncé vira símbolo da Grande Debandada e funcionários da Apple enviam carta histórica para executivos da companhia. O mundo corporativo está abalado. No centro do conflito, ele: o modelo de trabalho remoto.

A pandemia mudou tudo no mundo do trabalho. As pessoas, ao que parece, não querem voltar aos escritórios (pelo menos a grande parte delas). Mas por quê?

Se a maioria prefere o home office e pode atuar assim, o que as empresas temem? Para algumas organizações, não tem discussão: a vida presencial tem que continuar. Para outras empresas, como a brasileira Tractian, o remoto veio para ficar.

Mas por que? Nós conversamos com o fundador e Co-CEO da Tractian, Gabriel Lameirinhas, para entender como o home office foi implementado na organização e como ela colhe os frutos do modelo

Como foi o processo de implementação do modelo remoto na Tractian? 

Como a maioria das empresas, a Tractian implementou o modelo de trabalho remoto a partir do início da pandemia de Covid-19. A diferença é que, para essa startup industrial, o momento era concomitante ao seu crescimento – quando novos negócios começaram a ser feitos.

“Nós precisávamos de mais talentos para contribuir para o crescimento do negócio”, aponta Gabriel. “E, com a pandemia, encontramos no trabalho remoto uma saída e oportunidade para não nos limitar a São Paulo e atrair os melhores talentos.”

Para viabilizar o modelo, porém, o empresário explica que foi necessário identificar o impacto do trabalho remoto nos resultados da empresa. 

Com a análise, o que ele e sua equipe perceberam é que a empresa passou a funcionar melhor à distâncias, principalmente com profissionais que precisavam de concentração 

“No caso de desenvolvedores, força motriz do negócio, essa é cada vez mais a tendência de modelo de trabalho. Nós contamos com benefícios de auxílio home office para que a pessoa do time consiga investir no que precisar em casa para trabalhar da forma mais confortável e mais eficiente”, aponta o empreendedor.

Gabriel pondera que, no fim das contas, o mais importante é garantir bem estar aos profissionais para que eles consigam ser mais eficientes e produtivos. Quebrar a rotina deles com o formato híbrido, por exemplo, não é uma vantagem na visão do empresário.

Como fazer o trabalho remoto dar certo?

Para Gabriel, o primeiro passo para permitir um ambiente produtivo no home office é dar ao trabalhador todas as ferramentas necessárias para que ele atue bem.

“Nós enviamos computador, monitor e damos o auxílio home office que pode chegar até 3400 reais ao ano para que a pessoa consiga pagar gastos de luz, internet, comprar uma cadeira confortável – já que irá passar boa parte do tempo sentada.”

Outro ponto essencial para a Tractian é o acesso a informações. Lá, documentos, briefings e demais dados que permitam o processo de trabalho precisam estar à disposição das pessoas para evitar que haja desperdício de tempo. Tudo isso fica claro já no onboarding de novos colaboradores.

“Com isso resolvido, a pessoa precisa ser autodisciplinada e estabelecer a própria rotina para garantir bons resultados e manter comunicação assíncrona para ser rápida e evitar reuniões desnecessárias”.

Para isso, a transparência, segundo os trabalhadores, é um dos valores essenciais para a empresa e para os Co-CEOs. Todos os trimestres, os resultados são apresentados para o time – de modo que o impacto e a relevância das equipes é percebida.

E o que pensam os funcionários?

Segundo Thais Ferradaes, colaboradora do time de People da Tractian, alguns pontos são essenciais para garantir resultados remotamente. São eles:

  • Centralização de informações para fácil acesso do time;
  • Transparência sobre resultados da empresa;
  • Comprometimento da equipe

“Nós temos um escritório em São Paulo onde as pessoas podem escolher trabalhar de forma presencial ou não”, explica Thais. “A gente acredita muito na diversidade e o trabalho remoto nos permite encontrar os melhores talentos no Brasil todo. Damos as ferramentas para a pessoa trabalhar e acreditamos muito na autogestão e auto performance.”

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