Quinze bestsellers e duas milhões de cópias depois, o consultor Ram Charan, que também é professor da Harvard Business School, é considerado um dos maiores experts em negócios e gestão empresarial do mundo.
Ao longo de sua carreira, foi coach de CEOs como Jack Welch e trabalhou com empresas tradicionais como GE, DuPont, 3M e Verizon, que têm entre seus desafios a necessidade de se manterem atualizadas com as transformações do mercado.
Em uma palestra na HSM Expo, evento de gestão empresarial que aconteceu em São Paulo, ele estava à vontade andando em meio à plateia.
Apresentou, num simples pedaço de papel, 8 vetores importantes para quem quer entender as mudanças atuais que darão forma às novas oportunidades profissionais.
“Se você não tem medo e quer vencer, observe esses sinais e crie o futuro. O Google criou o futuro. Steve Jobs criou o futuro. O Airbnb criou o futuro.”
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8 vetores de mudança, segundo Ram Charan
1. Inteligência artificial
“Assim como você aprendeu o que é um relatório de lucros e perdas, um balance sheet, uma campanha de marketing, há jovens que podem usar dados, encontrar padrões e faze previsões. É algo que está aqui e será muito barato”, garante.
A solução: estudar sobre o assunto para não ser pego de surpresa.
2. Poder nas mãos do consumidor
Para demonstrar o poder crescente do consumidor, Charan pergunta: “Quantos aqui conseguem comparar preços em seus smartphones? Todos. Quantos podem apertar um botão e comprar algo agora. Todos.”
3. Aceleração da mudança
A era da informação exige softwares – e eles podem ser alterados do começo ao fim em apenas seis meses.
“Amazon, Google e Facebook fazem mudanças diárias”, continua Charan. “A disponibilidade de dados e um número cada vez maior de ferramentas disponíveis criam novas oportunidades.”
Adaptar-se ao ritmo acelerado e constante de mudanças será necessário. “Há uma escolha: podemos atacar ou ser atacados.”
4. Novas tecnologias
Hoje é possível projetar um carro e construí-lo com impressoras 3D em 18 horas, disse Charan, impressionado. “As coisas são mais baratas, mais rápidas, mais leves, mais fortes. Você deve assumir a liderança e ficar à frente da curva.”
Caso não tenha os conhecimentos técnicos sobre elas, o conselho do consultor é simples: encontre jovens estudantes ou recém-formados que tenham (e eles são muitos) e lhes deem a oportunidade de trabalhar com você.
5. Mercados sem fronteiras
A mesma base de tantas outras mudanças já mencionadas – a internet – está destruindo os mercados com fronteiras nacionais. “Pense além do Brasil porque a internet não tem fronteiras e smartphones também não.”
6. Economia compartilhada
O conjunto formado pela internet, inteligência artificial e bons algoritmos consegue encontrar um motorista para um usuário de Uber em cerca de um minuto, sem intermediários humanos.
Aspectos como esses da economia compartilhada só vão se fortalecer, garante Charan. “Continuem a pensar em ideias e como utiliza-las.”
7. Fundos disponíveis
Startups são cada vez mais atraentes para investidores, “mesmo aquelas que não têm nem receita ainda”, diz Charan.
Ele incentiva aqueles que querem empreender a irem em frente, criarem produtos e testarem suas ideias. “O dinheiro está disponível.”
8. A ascensão das startups
Houve quem achasse que startups eram uma tendência de negócios. Charan não era um deles e hoje defende que esse tipo de empresa está aqui para ficar.
“Tudo está mais disponível e transparente. Há dez anos não havia Uber ou Airbnb, essas pessoas não eram ninguém. Mas tinham uma ideia! Deram um jeito de fazê-la, encontrar investidores e hoje está feito.”
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Desenvolva uma mentalidade vencedora
Muitos têm a ver com avanços tecnológicos, que acelera de maneira significativa o ritmo das alterações.
Para Charan, no entanto, ninguém, nem jovens nem profissionais experientes, precisa entrar em pânico: “Aproveitem a vida indo ao encontro da mudança.”
Para tanto, ele recomenda que se desenvolva uma “mentalidade de vencedores”.
Isso inclui, em sua opinião, levar em conta o fato de que a economia global do futuro será digital (“todo ser humano terá algum tipo de aparelho com inteligência artificial”), além de ser obcecado com experiência do cliente.
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Outros aspectos importantes desse mindset são desenvolver um gosto por mudanças, que lhe dão espaço e capacidade de inovar, e prestar atenção para nunca se tornar obsoleto, algo que um número cada vez maior de opções educacionais, como cursos online, é capaz de resolver.
“Você pode até dizer que não tem tempo para isso, mas se não encontrar… Você sabe o que vai acontecer: você vai ter muito tempo para isso”, brinca, referindo-se à perda de lugar no mercado.
Perder o medo de tecnologia e de se tornar o disruptor também é fundamental para ter sucesso nessa nova era.
Mesmo que você não seja um expert em tecnologia, precisa entender o suficiente para entender o que é possível fazer com aquela oportunidade e, assim, conversar com colaboradores que realmente entendem do assunto para criar algo coletivamente.
“Arrange as pessoas digitais”, aconselha ele, lembrando que nenhum grande disruptor recente – sejam os empreendedores do Airbnb ou do Uber – é excepcionalmente diferente. “Você pode ser o disruptor.”
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