Com um olhar cada vez mais atento para como os dados podem ser utilizados de forma estratégica, a busca por serviços e profissionais de big data no Brasil é cada vez maior. De acordo com um relatório do LinkedIn, posições que atuam com tecnologia e análise de dados estão entre os tipos de vagas que impulsionaram o mercado de trabalho brasileiro em 2021.

A consultoria internacional IDC prevê que a geração de dados cresça a uma taxa  anual composta de 23%, resultando em aproximadamente 175ZB de criação de novos dados até 2025. Esse crescimento está diretamente ligado à necessidade das empresas de aumentar a eficiência dos negócios, juntamente à crescente utilidade da internet das coisas e da coleta de dados para entender o comportamento do consumidor. Tudo isso faz com que o setor de big data seja uma das principais apostas para os próximos anos. 

Mas, afinal, o que é big data?

De forma direta, Big data significa grandes dados. O termo se refere a um elevado conjunto de dados que devem ser processados e guardados, mas que são muito complexos para aplicativos tradicionais de processamento. Essas informações são definidas por terem alto volume, alta velocidade ou alta variedade. 

A crescente utilização de dados móveis, o uso de computação em nuvem, bem como o rápido desenvolvimento de tecnologias como inteligência artificial e Internet das Coisas contribuem para o aumento do volume e da complexidade desses conjuntos de dados.

Ferramentas avançadas de análise, como análise preditiva e mineração de dados, ajudam a extrair valor dos dados e gerar novos insights de negócios. De forma geral, pode-se entender o trabalho com big data como o processamento de dados que geram inteligência e análises, que comumente são aplicadas para estratégias empresariais. 

Um exemplo dessa utilização pode ser visto em plataformas como Netflix e Instagram que sugerem conteúdos que podem ser relevantes para os usuários com base no seu histórico de navegação. Estimativas do setor apontam que o mercado global de big data e business analytics deve ser avaliado em US$ 274 bilhões em 2022.  

Gerando valor com dados

Empresas de diversos setores têm apostado em big data porque é uma forma prática de pegar um grande número de informações e processá-las de forma a encontrar melhorias nos processos ou uma adesão maior a um produto ou serviço. Para além das grandes companhias de tecnologia, essa inteligência de negócio pode ser aplicada em diversas frentes. 

A Uber utiliza um grande banco de dados para combinar os usuários com o motorista mais próximo. Além disso, a empresa armazena dados para cada viagem realizada. Isso permite que eles prevejam quando o serviço estará mais movimentado, permitindo que eles definam suas tarifas de acordo, além de analisar como evitar engarrafamentos.

Já o setor financeiro, principalmente bancos, monitoram os padrões de compra dos titulares de cartões de crédito e outras atividades para sinalizar movimentos atípicos e anomalias que possam sinalizar transações fraudulentas. 

Outras aplicações de big data:

  • Descobrir os hábitos de compra do consumidor;
  • Produzir marketing personalizado;
  • Encontrar novos leads de clientes;
  • Ferramentas de otimização de combustível para o setor de transporte
  • Previsão de demanda de usuários para empresas de compartilhamento de viagens
  • Monitoramento de condições de saúde por meio de dados de wearables
  • Mapeamento de estradas ao vivo para veículos autônomos
  • Pedido de estoque preditivo
  • Planos de saúde personalizados para pacientes com câncer
  • Monitoramento de dados em tempo real e protocolos de segurança cibernética

O segredo de trabalhar com big data está em saber categorizar e analisar as informações. Para isso, os profissionais precisam das ferramentas e conhecimentos certos, aumentando a demanda por cientistas e analistas de dados. 

Oportunidades no setor

De acordo com quem trabalha na área, uma equipe de big data geralmente conta com sete tipos de profissionais: cientista de dados, engenheiro de dados, analista de dados, engenheiro de segurança, gerente de banco de dados, arquiteto de dados e um recrutador técnico. 

Os cientistas de dados são responsáveis por minerar e interpretar dados complexos. Eles também criam modelos de dados estatísticos para fazer recomendações e planos de ação relacionados a sistemas. Geralmente possuem como base conhecimentos de ciência da computação e técnicas de mineração de dados. 

Já os engenheiros de dados utilizam sua expertise para agregar, analisar e manipular conjuntos de dados. As tarefas comuns incluem criar e traduzir algoritmos de computador em código de protótipo, desenvolver processos técnicos para melhorar a acessibilidade de dados e projetar relatórios, painéis e ferramentas para usuários finais.

Aplicando as informações ao mundo real, os analistas focam em projetar e implementar pesquisas em larga escala. Os profissionais recrutam participantes, compilam e interpretam os dados para compartilhar  suas descobertas em gráficos e relatórios.

Leia também: Como é a rotina de uma pessoa cientista de dados? E como se tornar uma?

Como os dados muitas vezes são informações sensíveis, o trabalho com big data com profissionais de cibersegurança para diminuir a exposição a riscos corporativos configurando firewalls, detectando e respondendo a invasões e identificando problemas de segurança de sistemas.  

Enquanto isso, os gerentes de banco de dados realizam diagnósticos e reparos nas informações. Os especialistas analisam solicitações de uso de dados e ajudam a projetar e instalar hardwares de armazenamento. 

A equipe ainda conta com arquitetos de dados, que usam o conhecimento de linguagens de programação orientadas a dados para organizar e manter dados em bancos de dados relacionados e repositórios corporativos. Por fim, os recrutadores técnicos se especializam em selecionar talentos de big data e tecnologia para realizar as demandas das empresas. 

Como aprender

Cursos técnicos ou tecnólogos em computação, informática e eletrônica oferecem uma boa base para quem quer começar na área. Mas também já existem formações específicas na área. O Coursera, por exemplo, oferece aulas de Introdução a Big Data da Universidade Califórnia San Diego, com legendas em português. 

Em geral, quem se interessa pelo segmento, aposta em graduações na área de tecnologia, como engenharia de software, ciências da computação e até mesmo matemática. Contudo, profissionais da área ressaltam que quem quer trabalhar com big data precisa estar sempre disposto a aprender e buscar novas informações, por ser um setor dinâmico e em constante transformação. 

Quer se aprofundar no assunto?

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