Além de já ter sido professor na Universidade Harvard e Kellogg, Ram Charan, consultor indiano especializado em liderança, já atuou nos bastidores de grandes empresas como DuPont, General Eletric e Ford. Ao longo de sua carreira, lançou 15 livros, muitos deles best-sellers. Hoje ele faz parte de conselhos de empresas na Índia, China e nos Estados Unidos. Seu foco atualmente é ajudar na digitalização de empresas tradicionais.
Na última segunda-feira (5), Charan veio ao Brasil para palestrar no Lidera Estudar, evento promovido pela Fundação Estudar (da qual o Na Prática é uma das iniciativas) para promover e fomentar o debate sobre liderança. O especialista conversou com o Na Prática sobre carreira, futuro do mercado e até o tema que lhe é mais caro, liderança. Confira!
“Primeiro, você precisa ser honesto consigo mesmo. Isso significa entender qual é sua aptidão. Existem pessoas que conseguem se sobressair sem serem líderes. Primeiro, você se conhece. Você é um contribuidor mais individual? Ou você tem os ingredientes de um líder? Se você não tem, siga o caminho em que você consegue se destacar e ter felicidade na vida.
Se você tem os elementos básicos da liderança, uma coisa que você precisa saber primeiro é: trabalhe com as pessoas, ganhe sua confiança. Tire o máximo delas e melhore a capacidade delas e a sua. Liderança é primeiro e acima de tudo encontrar as pessoas certas, trabalhar com as pessoas certas, entregar resultados coletivamente. [Para ser líder] Comece em algum lugar nesse caminho, todo o resto vem depois.”
“Eu acho que o grande equívoco sobre liderança é que não há conceito universal. Liderança tem que se encaixar no contexto em que você está trabalhando. É a arte de representar, de se ajustar ao contexto em que você trabalha.
Existem ideias que são verdades, que são experiências, e existem exemplos, mas não existe uma teoria universal, pare de procurar por ela. Aprenda o que você pode ser, procure ajuda quando necessário para ter um alto desempenho e desenvolver sua capacidade.”
“Precisamos parar de categorizar os jovens como millennials porque, com a grande população mundial, existem todos os tipos de millennials.
Essas pessoas são criadas com muitos estímulos visuais, áudio e leitura. A geração anterior tinha muita leitura, pouco áudio e nada visual. Então, a recepção cognitiva de informações dos millennials, o processamento e armazenamento de informações, é muito diferente das gerações anteriores. É isso o que é diferente neles.”
“Os fatos são claros hoje. A inovação e tecnologia continuam em um passo muito acelerado. Tudo o que pode ser digitalizado, será digitalizado. Tudo que pode ser automatizado, será automatizado.
Haverá consequências, teremos um período em que haverá perda de trabalho. E haverá mais perda do que criação de novos trabalhos nessa época. Aí os trabalhos voltarão [a crescer] em uma categoria diferente e provavelmente demandarão conteúdo altamente intelectualizado.”
Eu acho que o que você precisa fazer [pela sua carreira], esteja você nessa geração ou na anterior, é primeiro descobrir através dos seus amigos no que você é bom e no que você pode ser bom. E, então, persiga isso.
Não pense nos termos das carreiras antigas, pense nos termos do que são novas funções, tarefas, desafios, mas não [em termos] das antigas progressões de carreiras em companhias grandes. Esses dias estão acabados. Ache funções que te dão satisfação, que dobram sua capacidade, não pense do jeito antigo sobre os novos cargos.”
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