A gestão transparente é um dos assuntos que mais tem ganhado atenção no mundo corporativo. Junto a bons resultados, ambientes menos verticalizados e sem hierarquias rígidas também têm propiciado a empresas de diferentes áreas e setores a captação e retenção de talentos.
A Unico (antes Acesso Digital), startup de tecnologia de reconhecimento facial, por exemplo, também adotou a estratégia e tem promovido um ambiente mais colaborativo entre seus funcionários. “Conseguimos ter espaço para discutir erros, falar de aprendizados com base neles, e, consequentemente, temos um ambiente propício para a inovação”, destaca Simone Lima, diretora de People Experience.
Ela também afirma que a transparência ajuda a criar e nutrir relações de confiança entre os colaboradores. “Assim, conseguimos ter um engajamento e comprometimento genuíno das pessoas com questões reais.”
Ao gerar esse sentimento em seus colaboradores, as organizações são beneficiadas de diferentes modos. Sendo, aliás, não apenas por resultados mais significativos, mas também para a diminuição da rotatividade de funcionários. E a busca por empresas que tenham adotado essa cultura também é interessante para os profissionais.
Para se ter uma ideia, segundo a pesquisa Edelman Trust Barometer 2020, no Brasil o empregador é visto como a figura mais confiável dentro das relações interpessoais. Para isso, são levados em consideração dois atributos distintos. Entre eles, estão: competência (de cumprir promessas) e comportamento ético (fazer a coisa certa e trabalhar para melhorar a sociedade).
Além disso, muitos desejam que seus líderes sejam proativos ao compartilhar a realidade do cenário organizacional e que se mostrem como parceiros na realização de suas atividades. Isso impacta positivamente a produtividade das equipes, pois eleva o senso de responsabilidade – tornando cada um gestor de seus próprios resultados.
“A transparência é fundamental para aumentarmos a confiança entre as pessoas. Elas valorizam muito a forma e o nível de detalhes que compartilhamos sobre as nossas estratégias de negócio e produto”, pontua Simone. Ainda segundo ela, isso garante que a comunicação fique ainda melhor e efetiva, e as pessoas se sintam ainda mais inseridas na vivência organizacional.
Assim, ao se alinhar aos valores da companhia e se sentir reconhecido como uma parte fundamental dela, não fica difícil para o colaborador se perceber como uma peça fundamental para o alcance dos objetivos. E com toda a equipe alinhada aos valores da organização, resultados e metas são impactados positivamente. “Aqui conseguimos viver na prática os nossos valores de ‘vestir a camisa’ e ‘somos únicos e somos um’”, revela Simone.
Pode até soar repetitivo, mas, novamente, a palavra confiança vem à tona. A transparência organizacional, conforme aponta o Edelman Trust Barometer, busca desenhar políticas que permitam o compartilhamento de informações estratégicas da empresa em nível horizontal. Ou seja, o conhecimento e tomadas de decisões não ficam restritas apenas aos cargos de liderança; todos são agentes importantes dentro de um mesmo organismo.
Com isso, a relação de confiança mútua e até mesmo de companheirismo entre funcionários e gestores passam a ser estimulados. Aliás, entre os mais diferentes cargos e níveis hierárquicos, é possível ter uma visão sistêmica da organização, evitando o entendimento errôneo de valores, estratégias e mesmo resultados.
Em contrapartida, quando a empresa prefere apostar em um modelo de gestão rígida, com hierarquias sólidas e pouca transparência, o movimento pode ser o reverso. As decisões, neste cenário, acabam por ficar limitadas às lideranças – gerando sobrecargas de trabalho e até falta de inovações, visto que há uma menor pluralidade de pensamentos.
Outro problema, não obstante, é a falta de informação ou certeza sobre a veracidade do que é compartilhado. Quando não há prática de transparência, em diferentes situações, o funcionário fica restrito por um número reduzido de fontes de conhecimentos e acaba se dedicando apenas à própria área ou rotina, não à organização como um todo.
“Isso traz muitos desalinhamentos, uma percepção de que existem camadas de verdade e cada grupo tem acesso a parte das informações”, explica a diretora de People Experience da Unico. De acordo com ela, em um cenário como esse, aumentam as chances de se estabelecer um ambiente menos coerente – visto que o acesso ao conhecimento está limitado apenas aos líderes.
Se o objetivo é adotar uma cultura em que as relações deixaram de ser verticalizadas, os primeiros a darem exemplos de transparência devem ser as lideranças. Pelo menos é o que o relatório da Eldeman demonstra e é o que Unico já tem colocado em prática.
“O Diego, nosso CEO, é o maior exemplo de práticas de transparência. E todos os times têm transparência cultivada frequentemente, em cada decisão e em cada processo”, revela Simone.
Segundo ela, a startup conta com um ambiente onde todos podem falar abertamente sobre dúvidas ou receios, não havendo retaliações sobre opiniões diferentes do consenso. “Além disso, temos bastante transparência sobre questões financeiras, o que faz as pessoas saberem de fato como a empresa está em termos de saúde.”
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