Foto de Ola Dapo via Pexels

Até 2025, o mercado de tecnologia brasileiro deve demandar pelo menos 700 mil profissionais, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). São programadores, desenvolvedores, cientistas de dados e outros especialistas considerados de suma importância para as organizações do futuro.

No entanto, o que torna esse dado um problema é o fato de que há poucas pessoas capacitadas para atuarem no mercado de tecnologia.

Por essa razão, empresas e instituições de ensino têm discutido o que fazer para preencher essa lacuna para gerar desenvolvimento e menos desemprego. 

Por que as vagas não podem ser preenchidas?

Segundo a Líder de Employee Experience Mylena Souza, da investech Nelogica, o mercado de trabalho em tecnologia acaba virando tema devido à sua importância. Na visão da profissional, é como se o ensino tradicional não acompanhasse as mudanças no setor, e deixasse de formar profissionais prontos.

“Vemos essa busca por profissionais qualificados na área de tecnologia crescendo já há alguns anos”, relata ela. “E o cenário de pandemia acelerou ainda mais a disparidade deste setor frente aos demais.”

Além disso, ela comenta que existe hoje um movimento no Brasil chamado de “evasão de cérebros”, no qual os talentos brasileiros passam a atuar em outros países.

“Esse movimento também foi acelerado com a adesão em massa ao home office, que quebrou barreiras geográficas”, analisa Mylena. “O que acontece aí é que a lei da oferta e demanda entra em ação e temos uma real disputa por talentos, onde empregadores concorrem entre si para atrair os melhores profissionais, criando ambientes e remunerações cada vez mais atrativas.”

Como efeito, o mercado de trabalho vive uma inversão na lógica tradicional. Agora, os profissionais têm mais poder de escolha sobre onde querem trabalhar, e não as empresas.

Mylena vê isso como algo positivo, e acrescenta que o acesso à informação deu mais força ao trabalhador.

Empresas deverão cobrir déficit de profissionais

A falta de atualização nos currículos das universidades tem feito com que empresas se movimentem. Segundo Mylena, está mais do que claro que o cenário atual vai forçar as organizações a formarem pessoas internamente.

“Assim, nosso processo seletivo acaba focando primordialmente em avaliar o potencial de desenvolvimento que o candidato possui e não na experiência ou conhecimento que já tem”, relata. “Se a pessoa nos mostra que tem a capacidade e disposição para aprender e se está alinhado com a nossa cultura e o que acreditamos como empresa, já é o bastante.”

Essa lógica, apesar de nova, não modifica a estrutura natural da Nelogica ou de outras empresas que querem resolver o problema. Isso porque, com a mudança rápida nas tecnologias utilizadas pelos profissionais, até os trabalhadores mais experientes precisam continuar estudando e aprendendo novas habilidades para substituir as antigas.

“Por isso, na contratação de desenvolvedores não temos a exigência de conhecimento específico em determinada linguagem de programação, por exemplo, pois a linguagem é só a “ferramenta” e isso muda, a gente aprende, reaprende e troca por outra o tempo todo.”

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