Jovem teste novo modo de visualização criado por profissionais de user experience. Ele olha através de um óculos de realidade alternativa, com as mãos erguidas para o nada, com se pudesse ver algo além do que está à sua frente
Foto de Areous Ahmad, no Pexels

Em 2020, o mercado de varejo digital no Brasil cresceu 72% na comparação com o ano anterior e movimentou um total de 35 bilhões de reais em vendas. Pode ter sido um cenário motivado pela pandemia, é verdade, mas o caso é que agora o brasileiro consome, regularmente, pela internet.

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Nesse contexto, as empresas passaram a olhar com muito mais carinho para o modo como as pessoas interagiam com suas plataformas em todos os níveis das jornadas de compras. Ou seja: a experiência do usuário, ou user experience, ou ainda UX, passou a ficar no centro das preocupações de muitos negócios digitais.

Mas afinal: o que a user experience traz de diferente para o mercado de trabalho? Confira a seguir e descubra quais carreiras se destacam nesse novo mercado.

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O que é o user experience, afinal?

Só em 2020, 13 milhões de pessoas passaram a consumir pela internet no Brasil (Foto de cottonbro no Pexels)

No mundo físico, a user experience pode ser a forma como um cliente utiliza o salão de um restaurante, por exemplo, ou a maneira como um grupo de torcedores assiste a um jogo de basquete em um ginásio. Pode ser que existam pilastras entre as cadeiras e quadra e, nesse caso, a experiência de ver uma partida será prejudicada.

No mundo online, porém, a user experience é a forma como uma pessoa interage com um site, uma plataforma de compras, um aplicativo, um jogo e até um filme. Trata-se de algo inseparável ao ato de comprar ou consumir conteúdo e, portanto, não pode ser descartado das estratégias das empresas.

Apesar de o termo ser mais comum hoje em dia, ele já havia sido germinado há algumas décadas, na Apple Computer, quando Donald A. Norman, hoje professor emérito da Universidade da Califórnia, chegou a conclusão de que a forma como os clientes recebiam, percebiam e interagiam com os computadores era “fraca”.

A ideia não só foi bem aceita como gerou a criação de um setor na companhia dedicado exclusivamente a isso e, como veremos a seguir, passou a inspirar outras organizações

Antes, confira no vídeo a seguir, legendado em português, como Norman conta essa origem e define o termo UX:

 

Como anda o mercado para profissionais de Experiência do Usuário?

User Experience, apesar de tendência, é um setor nas empresas que já existe há decadas (Foto de Anna Nekrashevich no Pexels)

Segundo uma pesquisa da NN Group, empresa especializada em UX, o número de profissionais de user experience passou de 100 mil pessoas em 2010 para 1 milhão de pessoas em 2020 (um crescimento de 1000%).

Os dados da instituição mostram ainda que ao menos 1,5 milhão de pessoas, no LinkedIn, dizem possuir pelo uma habilidade de UX, usabilidade ou arquitetura da informação. A expectativa, segundo um dos autores do estudo, o engenheiro Jakob Nielsen, é de que esse número chegue a 100 milhões de pessoas até 2050, devido à expansão do mercado.

“No início da minha carreira, quando só existiam mil profissional de user experience no mundo, esses profissionais eram encontrados apenas na indústria de tecnologia da informação”, diz Jakob Nielsen em artigo. “Agora, todo campo de negócios precisa de UX, porque marcas são experiências no mundo moderno.

Os tipos de negócios que mais contratam (e o percentual de contratações em relação ao todo) são:

  1. Empresas de tecnologia – 28%
  2. Financeiras – 12%
  3. Consultorias – 10%
  4. Empresas de educação – 6%
  5. Autônoma – 5%

Quais profissionais são demandadas no mundo do UX

Ainda de acordo com a pesquisa da NN Group, existem ao menos 210 títulos diferentes títulos e descrições de trabalho no setor de UX. Desse total, a maioria trabalha como desenvolvedores, como pesquisadores e designers e redatores, mas os campos de trabalho mais comuns dos profissionais, nas organizações e de forma autônoma, são estes:

  1. Websites (programação) – 93%
  2. Mobile apps (programação) – 76%
  3. Enterprise apps (programação) – 53%
  4. Documentos e Tutoriais (escrita e design) – 49%
  5. Aplicações de desktop (programação) – 39%
  6. Guias de Estilo (escrita e design) – 32%
  7. Serviços em Nuvem (programação) – 16%
  8. Inteligência Artificial (programação) – 15%
  9. Hardwares e Softwares médicos (programação) – 12%
  10. Customer Service (programação) – 11%

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