Elon Musk e Homem de Ferro

O empreendedor bilionário Elon Musk não é desconhecido do Na Prática. Por aqui, já contamos sua história de vida, listamos suas principais lições sobre negócios, explicamos como se mantém produtivo e qual sua concepção de liderança, e até porque abdicou do salário milionário.

Sua trajetória, habilidades e empreitadas são tão fascinantes que ele pode facilmente ser comparado a um personagem muito peculiar, importado dos quadrinhos para o cinema: o Homem de Ferro. A analogia faz tanto sentido que o fundador e CEO da Tesla e SpaceX serviu de inspiração para a interpretação de Robert Downey Jr., que atua como o Homem de Ferro desde o primeiro filme do herói, lançado em 2008.

Quando eu estava tentando trazer o personagem do bilionário gênio Tony Stark para o cinema em ‘Homem de Ferro’, não tinha ideia de como fazê-lo parecer real. Robert Downey Jr. disse: ‘Precisamos nos sentar com Elon Musk’. Ele estava certo”, lembra Jon Favreau, diretor de dois dos três filmes que compõem a franquia.

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Depois da conversa inicial, Favreau conta que virou amigo de Musk, que aceitou, inclusive, ter participação nos filmes. No “Homem de Ferro 2”, não só autorizou que gravassem (de graça) na SpaceX, como fez uma aparição como ele mesmo e teve até falas.

No filme, Tony Stark, que é dono das Indústrias Stark, encontra Elon Musk em um restaurante em Mônaco e expõe sua admiração pelos motores Merlin, que são os motores de propulsão que a SpaceX usa em sua série de foguetes Falcon. Musk, então, responde que está estudando criar um “jato elétrico”.

Gwyneth Paltrow, Robert Downey Jr. e Elon Musk no filme “Homem de Ferro 2” / Disney

 

Na vida real, o empreendedor falou deste conceito pela primeira vez em 2012 e voltou a mencionar a ideia em 2015 e 2016. No entanto, em 2017, afirmou não ter planos, no momento. “Acho que não estamos exatamente lá em termos da densidade de energia das baterias para um avião elétrico”, explicou.

Além do herói da Marvel e do CEO da Tesla terem fortunas estimadas em bilhões (cerca de $9,4 bilhões e $18,5 bilhões, respectivamente), ambos se interessam por carros e pela tecnologia em geral. Porém, as semelhanças não param aí.

Backgrounds e habilidade de ser autodidata

Com 15 anos, o autodidata Stark começou a estudar Engenharia Elétrica no MIT. Ele saiu do renomado instituto em Massachussets com um segundo diploma, de Física, que também é um dos dois diplomas de Musk (o outro é de Economia).

Ainda bem novo, o sul-africano Musk já mostrava habilidades extraordinárias de aprendizado autodidata. Com apenas 10 anos, ele aprendeu sozinho programação. Dois anos depois, utilizou seus conhecimentos para lançar o código de um jogo para uma revista especializada; e ganhar cerca de 500 dólares com isso. Até hoje é possível jogar uma versão de sua primeira criação online.

Musk tem uma forma peculiar de aprender: ele busca entender os princípios fundamentais da física que regem qualquer conceito e consegue fazer analogias com os mais diversos campos do conhecimento – porque procura entender vários deles, ao contrário da maioria das pessoas que, para se tornarem especialistas, só se aprofundam em um.

O Homem de Ferro, por sua vez, demonstra grande capacidade de aprendizado interdisciplinar e desenvolvimento das suas habilidades autodidatas. O que lhe proporcionou desenvolver os mecanismos que o mantém vivo – o reator arc e o eletroímã – depois de um ataque de um grupo terrorista, por exemplo.

Invenções tecnológicas revolucionárias e grandes riscos

Musk e Stark se envolveram e revolucionaram nos ramos da Engenharia, transporte e exploração espacial.

As Indústrias Stark, herdada dos pais, manufaturam, a princípio, armas avançadas e tecnologia militar. Após ser sequestrado por um grupo terrorista e chantageado a desenvolver um míssil, Stark retorna e anuncia que a companhia não vai mais produzir armamento.

Com o auxílio de seu sistema de inteligência artificial “J.A.R.V.I.S.”, Stark, sob sua companhia, constrói versões mais poderosas de sua armadura de ferro, que utiliza para lutar, e do reator arc (que carrega sua armadura). Além destes, as Indústrias Stark constroem o avião da agência especial S.H.I.E.L.D e os jatos “quinjets”, utilizado pelos super-heróis da Marvel conhecidos como “Vingadores”.

Após criar e vender o PayPal – plataforma que revolucionou os pagamentos eletrônicos – Musk notoriamente fundou duas startups que estão no centro dos avanços tecnológicos atualmente: a SpaceX, e a Tesla, que fabrica carros completamente elétricos, baterias e painéis solares.

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O objetivo da SpaceX é ainda mais ambicioso, porque a companhia nasceu com a missão de diminuir os custos das viagens espaciais e possibilitar a colonização de Marte.

Ele também é vice-presidente da organização sem fins lucrativos, que pesquisa sobre inteligência artificial, OpenAI e cofundador e presidente da SolarCity, especializada em fornecimento e armazenamento de energia solar.

Outra de suas invenções tecnológicas é o Hyperloop, modo de transporte – com potencial de ser quatro vezes mais rápido do que os voos comerciais – em que “pods” serão empurrados em velocidades hipersônicas através de tubos de vácuo.

Por esses e outros motivos – como o fato de que ele produziu partes de foguetes em impressora 3D e as testou no espaço – é seguro dizer que, se alguém tem potencial para desenvolver a armadura do Homem de Ferro (e seus “apetrechos”) no mundo real, é Musk.

Túnel teste para Hyperloop da SpaceX / Reprodução GeekWire

Iniciativas filantrópicas

Para honrar sua mãe, após sua morte, Stark abriu uma instituição de caridade com seu nome. A “Fundação Maria Stark” já ajudou a financiar o grupo de heróis “salvadores da Terra” Vingadores. No entanto, sua maior contribuição financeira é destinada a outras instituições de caridade.

Do seu lado, Musk abriu a “Fundação Musk”, que tem foco principal em prover fundos para pesquisa e defesa de energia renovável, da exploração do espaço, pesquisa pediátrica e educação em ciência e engenharia. Uma das atuações da fundação é no fornecimento de sistemas de energia solar para zonas de desastre, como a doação ao centro de resposta à furacões em Alabama.

Outra doação notável de Musk foi a quantia de 10 milhões de dólares destinada ao Instituto Future of Life, para financiar programas globais de pesquisa para manter a inteligência artificial benéfica para a humanidade.

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