Silhueta de uma pessoa desenhada com estrelas em representação do metaverso
Photo by julien Tromeur on Unsplash

Embora o termo metaverso esteja ganhando notoriedade no mundo tech de hoje, o conceito não é tão novo assim. Já vivemos, desde o surgimento da internet (ou pelo menos desde sua popularização), os efeitos do metaverso no nosso cotidiano.

Não acredita?

Vamos dar um exemplo então.

Em 2012, durante uma apresentação do festival de música Coachella, nos Estados Unidos, os rappers Dr. Dre e Snoop Dogg chamaram ao palco um terceiro cantor para acompanhá-los.

Até aí tudo bem. Parecia só mais uma apresentação surpresa bem comum em shows. Mas quando o terceiro integrante apareceu, alguns nem sequer conseguiam acreditar.

Isso porque o rapper Tupac, morto em 1996, surgiu um formato de holograma para cantar três músicas ao vivo para as milhares de pessoas presentes.

A fidelidade aos traços do cantor, a naturalidade dos movimentos e a sensação de realidade presenciada por todos fizeram daquele momento umas das grandes demonstrações de utilização do metaverso na nossa vida.

Bom, mas não é todo dia que vemos holograma em shows ou na vida cotidiana.

Então, se não é só isso, como podemos identificar o metaverso? O que ele representa na nossa vida e nossa sociedade.

Para responder a essa pergunta, o Na Prática ouviu Eduardo Santos, Tech Lead de Tecnologias Emergentes e Abertas do Itaú, e ele explicou quais são as 4 características fundamentais do metaverso. 

Confira a seguir!

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As 4 principais características do metaverso

Segundo Eduardo, um exercício interessante para perceber o metaverso no nosso cotidiano é tentar imaginar como seria a nossa vida se tirássemos tudo que está no mundo digital. Assim, ele explica, podemos ter uma dimensão do metaverso.

Quando a gente pensa que parte da nossa vida que a gente passa na internet, já estamos no metaverso. Se tirarmos toda a nossa presença digital, o que sobra?

De qualquer forma, ele diz que a definição de metaverso é basicamente:

“O metaverso é um conjunto de tecnologias de projeção da realidade a partir de mundos virtuais. nele, fazemos interações sócio-culturais que podem ser vistas nesse ambiente.”

As características fundamentais para formar o metaverso, a partir dessa definição, são:

#1. Realismo

Em primeiro lugar, é preciso criar a sensação de que o mundo virtual presenciado é real. Como quando um jogador de videogame ganha uma partida online e acredita que ele, de fato, venceu uma batalha, um jogo ou uma luta.

A ideia aqui é tornar as experiências no mundo virtual como parte da história da pessoas. O que ocorre lá, de fato ocorreu.

#2. Ubiquidade

O conceito de ubiquidade, por outro lado, está mais ligado ao que foi presenciado pela plateia do Coachella.

Isso porque no metaverso as pessoas são capazes de multiplicar e ampliar sua capacidade de estarem presentes nos lugares.

Nesse sentido, o mundo físico não é mais suficiente porque, no digital, é possível estar em toda parte.

#3. Interoperabilidade

A capacidade de projetar nossa identidade e, mais do que isso, ter ela registrada em ambientes diversos, numa amplitude muito maior do que a física. Essa é a definição de interoperabilidade dentro do conceito de metaverso.

Em um exemplo prático, é como quando criamos documentos online e podemos usá-los no mundo digital e físico com a mesma validade legal. Não há limites para nos colocarmos no mundo e sermos nós mesmos em diferentes circunstâncias.

#4. Escalabilidade

Por fim, temos ainda a possibilidade de escalar ações, produtos e projetos para um sem fim de pessoas que antes, no mundo físico, não poderiam ser alcançadas.

Nesse sentido, a escalabilidade é a capacidade de alcançar mais gente, sem barreiras entre o mundo físico e digital.

Como quando um professor ministra uma aula na faculdade. No mundo físico, ele pode fazê-lo a uma centena de pessoas – quando muito – enquanto que no metaverso isso pode acontecer para milhões de pessoas.

Assista à entrevista completa com Eduardo Santos durante o evento Conexão Tech, da Fundação Estudar:

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