Você já ouviu falar do termo hackathon? Popular entre programadores e profissionais da tecnologia, o evento funciona como uma maratona de programação em que especialistas de diversas áreas se juntam para resolver um problema de forma rápida. O nome é uma junção dos termos hack e marathon, que significam hackear (no sentido de programação exploratória) e maratona, respectivamente.
A Hackathon Brasil define o conceito como “um evento que reúne programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software para uma maratona de programação, cujo objetivo é desenvolver um software ou solução tecnológica que atenda a um fim específico”.
Para ser classificado dessa forma, o evento precisa apresentar um desafio a ser resolvido pelos participantes – que, em geral, deriva de um problema real que uma empresa atuante no mercado enfrenta -, informações e dados práticos e concretos relacionados ao tema e uma equipe de mentores com expertise no assunto.
Nos hackathons, os participantes têm a oportunidade de aprender, compartilhar suas ideias e fazer networking. Enquanto isso, os organizadores têm acesso aos melhores talentos do mercado e a chance de encontrar uma solução inovadora para seus problemas. O formato se tornou bastante popular por incentivar um ecossistema de inovação e ser um celeiro para a criação de muitas startups.
O sucesso desse tipo de evento também está ligado à liberdade criativa. Os profissionais não possuem restrições e nem precisam seguir regras específicas para resolver o que foi proposto. O único detalhe que os participantes devem estar atentos é para o limite de tempo, uma vez que os encontros geralmente duram entre 24h e 72 horas.
Apesar de ter sido criado originalmente para profissionais de tecnologia, esse modelo se expandiu para outras áreas e costuma ser baseado em um tema definido pelo organizador. A temática terá relação com os objetivos de negócio de quem promove a competição. Confira alguns dos modelos mais comuns de hackathon:
Por plataforma: Alguns dos eventos do gênero focam em uma plataforma específica, como aplicativos móveis, um sistema operacional de desktop, desenvolvimento web ou desenvolvimento de videogame. Por exemplo, o Hackathon Over the Air era realizado na Irlanda anualmente, especificamente para aplicativos móveis, até 2016.
Por linguagem de programação, interface ou estrutura específica: Algumas edições também são dedicadas a criar soluções focadas em uma língua de programação como JavaScript ou HTML. Empresas de grande porte como Google e Yahoo! também realizaram eventos semelhantes para trabalhar na interface de programação de aplicações (ou API) de seus produtos e serviços.
Por causa ou propósito: Ainda que possa englobar outras segmentações, esse tipo de hackathon se diferencia por ter uma causa social como o centro das discussões. Realizado em 2014, o DementiaHack tinha como objetivo melhorar a vida das pessoas que vivem com demência.
Por grupo demográfico: Para incentivar a participação de grupos iniciantes ou minoritários no campo da programação e tecnologia, alguns hackathons se concentram em grupos específicos como adolescentes, universitários ou mulheres. Alunas da Universidade Federal de Pernambuco, por exemplo, criaram o Hack Grrrl, voltado exclusivamente para o público feminino.
Por segmento específico: Outras áreas do conhecimento também adotaram o formato para promover sua própria versão de hackathon. Em desenvolvimento de jogos, por exemplo, esses eventos são conhecidos como Game Jams.
Ainda que possa ocorrer em diferentes formatos (inclusive híbrido e virtual), o hackathon costuma ser realizado em um único ambiente que reúne todos os participantes. O encontro começa pela manhã com a introdução das empresas participantes e um detalhamento do desafio e da tarefa que deve ser realizada.
Em grupos, os participantes começam a discutir o problema, informações relevantes sobre a temática e possíveis soluções. Depois, começa a fase de brainstorming, troca de ideias e geração de protótipos. Na parte da tarde, as equipes apresentam resultados preliminares e trocam feedbacks com os mentores e outros participantes.
A partir da devolutiva, os times continuam a desenvolver seus projetos e buscar conselhos. Em geral, o segundo dia costuma ser focado na construção de um modelo básico da solução proposta, sendo conversando e trocando feedbacks com os especialistas e participantes.
Algumas modalidades também vão exigir que os participantes montem um modelo de negócios para mostrar como o produto/serviço é viável financeiramente. Depois, todo o trabalho é apresentado em um pitch final para os avaliadores, que devem selecionar um projeto como vencedor. Alguns hackathons oferecem um prêmio em dinheiro aos melhores colocados ou programas de aceleramento. Com a parte da competição finalizada, os participantes fazem networking.
Para quem quer trabalhar de forma criativa com tecnologia e programação, participar de um hackathon é uma oportunidade de aprender em um ambiente de construção colaborativa com outros especialistas. Além disso, esse evento costuma contar com a presença de empresas e patrocinadores, possibilitando oportunidades de negócio ou de a conquista de uma colocação no mercado profissional por meio do networking.
Essa também é uma oportunidade para profissionais se desafiarem, saírem da zona de conforto, desenvolver novas habilidades e possivelmente começar a trabalhar em um novo produto para o mercado.
Por buscar solucionar problemas reais, a maioria dos hackathons ocorre de forma esporádica, conforme a necessidade. Algumas organizações, como a Hackathon Brasil, reúnem informações sobre os principais eventos em andamento no momento. Para ficar atualizado, o recomendado é acompanhar grupos e sites focados em tecnologia.
Mas para quem ficou interessado e deseja participar no futuro, conheça 4 desafios que já foram lançados em hackathons:
Já deu para notar que as maratonas de programação são uma grande oportunidade para aprender mais sobre tecnologia e, como dissemos, fazer networking! Mas outra dica ótima para entender a rotina do setor por quem faz a diferença é acompanhar a Wikitech. Trata-se de uma plataforma de vídeos curtos, gratuitos, em que profissionais de empresas renomadas da área compartilham suas experiências. Acesse aqui e confira!
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