A jovem Marcela Barros atravessa o salão de eventos de um shopping em São Paulo. Passa por algumas mesas, pede espaço educadamente a algumas pessoas e, vários obstáculos depois, encontra quem procurava. É o deputado federal Felipe Rigoni, uma de suas maiores referências.
“É um grande privilégio pra mim, que sonho em trabalhar com política e ser eleita, estar aqui”, descreve a jovem estudante de Ciências Políticas momentos depois de tirar uma foto com o político. “Muitas vezes, nós desacreditamos dos nossos sonhos porque eles parecem inalcançáveis, e estar com essas pessoas torna isso mais concreto e possível”.
Marcela e outros 29 jovens, que acabaram de ser aprovados como bolsistas no Programa Líderes da Fundação Estudar, se reuniram nesta segunda-feira (1), em evento que marcou o aniversário de 31 anos da organização. Ao lado de lideranças consolidadas em setores estratégicos da sociedade, eles discutiram sustentabilidade, democracia, mercado financeiro e empreendedorismo.
O evento desta segunda-feira lançou luz sobre uma tendência global que não sai mais das grandes organizações: a convergência entre mercado financeiro e sustentabilidade. Dados discutidos pelos especialistas mostraram que pelo menos 77% dos investidores devem parar de colocar recursos em organizações que não cumpram a agenda ESG.
Segundo uma das palestrantes do dia, Janaína Dallan, o Brasil tem e terá papel fundamental no debate e nas estratégias de ações contra as mudanças climáticas.
“A agenda ESG perdeu espaço após a crise de 2009, quando os créditos de carbono perderam valor de mercado, mas finalmente estmaos voltando a monetizar esse recurso para empresas que desejam ser socialmente responsáveis”, destacou ela.
Já no painel dedicado a discutir as inovações disruptivas no mercado financeiro, especialistas falaram sobre o caminho sem volta da utilização de tecnologias blockchain, que potencialam e tornam mais seguras transações de moedas digitais.
Juliana Walenkamp, especialista em desenvolvimento de negócios na Web3, falou sobre como essa tecnologia vai ampliar a cartela de serviços e produtos oferecidos pelas empresas em todo o mundo.
Segundo ela, essa tendência levará pessoas a novos cargos e novas funções dentro das organizações e isso vai fazer o mercado de trabalho na área crescer vertiginosamente.
Em uma das últimas palestras do dia, o presidente do Ifood, Fabrício Bloisi falou da importância de identificar oportunidades de crescimento e, ao mesmo tempo, abandoná-las.
“As ideias só dão acerto após um ciclo de ideias que não funcionam. Vai ser preciso testar, aceitar que nem sempre vamos dar certo na primeira tentativa e só assim as inovações surgem”.
Em outro ponto, o especialista em venture capital Eric Ancher falou da importância de se investir em tecnologia e em empresas de organização. Para ele, o empreendedorismo será forte nos próximos dez anos e requer que as pessoas olhem para esses fatores com atenção.
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