Foto: Divulgação

Quando era criança, o biólogo César Filho vivia em uma cidade pequena, de pouco mais de 60 mil habitantes, no interior de Minas Gerais. À época, ele não entendia muito bem palavras como “propósito”, “causa”, e até a ideia de sonho era algo considerado abstrato para ele.

Após formado, no entanto, ele ajudou a criar um negócio que tem melhorado a qualidade de vida de pacientes com câncer em todo o Brasil. O WeCancer, aplicativo de gestão de saúde remota, já impactou a vida de milhares de pessoas.

A história de César foi destaque no último dia do evento que marcou o lançamento da edtech Escola de Liderança, da Fundação Estudar, que propõe um modelo de assinatura para facilitar o acesso de estudantes a todos os cursos e iniciativas da organização.

O jovem conversou com a Diretora Executiva da instituição, Anamaíra Spaggiari, contou como foi o processo de descoberta do seu propósito de carreira e como a Fundação Estudar foi fundamental para os seus primeiros passos.

Por que ajudar pessoas virou o Sonho Grande de César?

“Eu até me emociono quando me lembro de que houve momentos em que minha mãe deixou de comer para que eu pudesse comer”, lembra César. “E de momentos em que a energia foi cortada e nós temos que tomar banho frio. Eu sentia raiva daquilo.”

Naquele momento, César não compreendia os motivos para haver tanta injustiça no país, embora tentasse entender os mecanismos que permitiam o sofrimento da sua família.

Em algumas oportunidades, porém, sua mãe, tomada pela necessidade pessoal de ajudar, o levava a voluntariados informais que o faziam perceber algo ainda mais triste: a sociedade, para além dos cômodos da sua casa, tinha histórias de ainda mais escassez.

“Se eu achava que tinha dificuldades, ali eu via que existiam pessoas que nem possuíam perspectivas”, relatou ele aos telespectadores do evento. “Eu sentia dentro de mim que, a partir dali, eu queria ajudar pessoas.”

E por que César decidiu transformar a saúde?

Ao longo da adolescência, César cultivou o desejo de estudar biologia na graduação. Ele fez o vestibular e passou para o curso da Universidade Federal do Espírito Santo.

Na graduação, o garoto se envolveu com projetos de extensão universitária ligados à saúde e, principalmente, à saúde pública. Eram os temas que mais lhe animavam.

Foi depois de formado, no entanto, que ele teve a percepção definitiva de que a saúde pública brasileira, no estado atual, muda de forma trágica o destino das pessoas.

Isso porque foi nesse período que sua mãe foi diagnosticada com câncer e passou a ser tratada pelo Estado. Pela falta de apoio e assistência médica adequados, na visão de César, sua mãe faleceu.

Depois disso, durante o processo de lidar com o luto, ele compreendeu que toda a sua história até ali precisava servir de alguma maneira para mudar essa realidade. Embora não soubesse o que esse sentimento estava prestes a impulsionar, Cesar compreendia que deveria gastar suas energias para evitar histórias como a de sua mãe.

Como o propósito se torna uma carreira?

A morte da mãe havia plantado em César o sentimento de que algo precisava ser feito em relação à saúde e à desigualdade. 

“O problema é que eu não sabia como fazer algo. Eu era de uma família do interior, apenas o primeiro a ir para universidade, e vindo de um curso de ciências as perspectivas eram apenas acadêmicas pra mim.”

Foi nessa etapa de vida que César encontrou a Fundação Estudar e fez seu primeiro curso na instituição. O Liderança 32h, ele conta, foi o primeiro momento em que ele ouviu sobre propósito e protagonismo.

“Eu tive contato pela primeira vez com a ideia de que sonhar grande dava o mesmo trabalho que sonhar pequeno”, disse César. “Aquilo fazia muito sentido pra mim e eu compreendi [através do curso] que era possível tirar os meus sonhos do papel.”

César diz que o mundo se abriu para ele. A partir dali, ele passou a entender que poderia fazer algo pelas pessoas e começou a criar pequenos projetos sociais e se desenvolver. 

Tempos depois, a ideia de criar um aplicativo para ajudar a monitorar sintomas de pacientes com câncer e ajudá-los na jornada oncológica começou a ganhar corpo.

O empresário tinha dados e estudos que mostravam a eficácia de tratamentos remotos na melhora da qualidade de vida desses pacientes. 

“Ninguém estava fazendo isso comercialmente, e então eu decidi tentar. Eu pensava que, se desse certo, aquilo poderia mudar a vida de muita gente.”

Hoje, seis anos após a criação do WeCancer, o negócio já impactou mais de 8 mil pacientes, ajudou a salvar vidas, e emprega 22 funcionários.

“Para montar o meu negócio, eu bebi de algumas fontes de conhecimento e o primeiro lugar foi o autoconhecimento. Eu precisava saber quais eram minhas fraquezas e fortalezas. Investi muito tempo nisso. Os cursos da Fundação Estudar me ajudaram muito.”

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