Redação, do Na Prática
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 15:33h.
Quando o recrutador pergunta “quais são seus hobbies?”, ele não quer apenas saber o que você faz no tempo livre. Essa é uma pergunta comum em entrevistas e pode revelar muito sobre sua personalidade, seus valores e até suas competências profissionais.
Mas como escolher os hobbies certos para mencionar? E quais exemplos de hobbies podem impressionar recrutadores sem parecer forçado?
Na série entrevista Na Prática, do nosso canal no Youtube, desmistificamos as principais perguntas dos processos seletivos. Afinal, o que os recrutadores querem saber com cada uma delas?
Patrícia Aguiar, gerente de Gente & Gestão da Fundação Estudar, vai te ajudar a entender que tipo de informação o entrevistador busca – e como ir bem nessa fase das seleções!
Neste artigo, você vai aprender:
Por que os recrutadores perguntam sobre hobbies.
Exemplos de hobbies para entrevistas, organizados por competências.
Como estruturar sua resposta de forma estratégica.
Erros comuns ao falar sobre hobbies.
A pergunta serve para compor um retrato mais completo do candidato. Os hobbies mostram:
Seus interesses e comportamentos fora do ambiente de trabalho.
Se você busca atividades que enriquecem seu desenvolvimento pessoal.
Coerência entre o que você valoriza na vida pessoal e o que pode aplicar no contexto profissional.
Ou seja, um hobby pode ser uma pista sobre soft skills como disciplina, resiliência, criatividade e capacidade de organização.
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A seguir, confira categorias de hobbies que podem ser interessantes de citar em uma entrevista — desde que sejam verdadeiros e coerentes com quem você é.
Jardinagem ou projetos DIY (faça você mesmo): revelam cuidado contínuo, planejamento e paciência.
Colecionismo (livros, vinis, miniaturas): mostra organização e atenção a detalhes.
Escrita, música, artes visuais: demonstram capacidade de criar soluções originais.
Fotografia ou produção de vídeos: indicam olhar crítico e senso estético.
Esportes (corrida, natação, artes marciais): reforçam resiliência, dedicação e constância.
Prática musical: exige estudo contínuo e paciência para evoluir.
Meditação ou ioga: mostram autocontrole, foco e equilíbrio emocional.
Mais importante que citar o hobby é explicar o que ele revela sobre você.
Um modelo simples é:
“Meu hobby é ____, me ajuda a desenvolver ____ (habilidade), e isso se aplicou na vaga porque ____.”
Exemplo:
“Um dos meus hobbies é fazer caminhadas nos fins de semana, porque me ajuda a manter disciplina e foco mental — habilidades importantes para lidar com prazos e pressão no trabalho.”
Mentir ou inventar hobbies: recrutadores têm experiência para detectar inconsistências.
Dar respostas vagas (“gosto de ver TV”) sem conexão com competências.
Exagerar na importância do hobby a ponto de soar forçado ou deslocado.
Viajar → adaptabilidade, curiosidade e abertura cultural.
Trabalho voluntário → empatia, liderança e comprometimento social.
Leitura → aprendizado contínuo e capacidade analítica.
Esportes coletivos → trabalho em equipe e espírito de liderança.
Escrever → clareza de comunicação e criatividade.
Aprender idiomas → persistência, curiosidade e flexibilidade.
De início, o foco são suas atividades de lazer. Quais são os seus hobbies? Seus passatempos? O que você gosta de fazer no tempo livre? Existem diversas formas de fazer essa pergunta, mas de forma geral ela é muito comum durante um processo seletivo.
Essa pergunta interessa na medida em que pode ajudar a compor seu perfil para o recrutador. Na realidade, mostra muito sobre seus interesses e comportamento, busca por atividades enriquecedoras (ou não).
O ideal é unir o útil ao agradável: falar sobre algo que, de fato, é um hobby, uma atividade que você gosta e faz com frequência, mas que te traz um conhecimento, ou que te ajudou a se desenvolver de certa forma que impacta em como você é como profissional.
Parece confuso? Você tem, por exemplo, o costume de fazer exercício. No que isso te ajuda? Em resiliência, disciplina, esforço? Na hora de contar, traga todos esses fatores. “Meu hobby é fazer caminhadas, acho que me ajuda muito a desenvolver disciplina”, exemplifica Patrícia.
Qual é seu hobby hoje e no que ele te ajuda além de te distrair e divertir? Todas as atividades mexem com sua personalidade, te orientam em uma direção, basta procurar isso.
Tudo bem gostar de ver séries, mas você sente que prefere as de mistério por se interessar pela parte investigativa? Ou só vê conteúdos mais leves porque sente que te ajudam a descansar e voltar mais energizado? Mostre que você faz as coisas, mesmo as atividades de lazer, sabendo as vantagens que elas te trazem.
Em uma entrevista de emprego, o que se fala e como se fala importam ainda mais do que parece. Isso porque até as perguntas mais simples têm objetivos implícitos de conhecer melhor alguns aspectos do perfil profissional do candidato. Afinal, que tipo de informação dá para captar com suas respostas? E o que o recrutador avalia sem você saber?
Pode não parecer, mas essa é uma questão muito importante para o recrutador. Ele quer saber o quanto você pode agregar àquela empresa e se está entrando por motivos que condizem com o que a empresa procura. Um fator que vem sendo cada vez mais avaliado é o match entre candidato e instituição, conhecido como fit cultural.
Se o seu entrevistador perguntar sobre hobbies ou não, alguns fundamentos de uma boa entrevista de emprego são sempre os mesmos: se comunicar bem, transmitir a ideia de uma marca pessoal forte e listar suas experiências positivas (e também as negativas) com estratégia.
Por isso o nosso curso gratuito e online Mande bem na entrevista tem ajudado tantos profissionais a conquistarem as vagas que buscam. Nele, você aprende estratégias para se destacar em entrevistas, com foco na comunicação assertiva.
Comece a demonstrar autoconfiança e impressionar recrutadores já no seu próximo processo seletivo: