Nesta sexta-feira, 26, o empresário Jorge Paulo Lemann completa 83 anos de idade. Se você já passeou por páginas que falam de CEOs e empresários famosos, já deve ter lido sobre ele em em diversas listas.
A curiosidade, em geral, surge pelo fato de que ele é a pessoa mais rica do Brasil já há alguns anos.
Mas existe muito mais por trás dessa informação.
Pensando em expandir as perspectivas sobre quem Lemann é, sobre o que pensa e sobre seus negócios, o Na Prática criou este pequeno guia.
Aqui, você vai saber:
Jorge Paulo Lemann, 82 anos, é um empresário, investidor e filantropo suíço-brasileiro, considerado pela Forbes a pessoa mais rica do país.
Entre os seus empreendimentos mais famosos estão a Ambev e a 3G Capital – ambas fundadas por ele.
Lemann é casado, pai de 5 filhos e vive atualmente no Rio de Janeiro.
Jorge Paulo Lemann nasceu no Rio de Janeiro, em 1939, durante o governo Vargas. Filho de uma brasileira e de um suíço, ele cresceu com dupla nacionalidade em terras cariocas.
Sua família materna vivia na Bahia e havia obtido altos lucros com a exportação de cacau. Já a paterna, na Europa, tocava uma fábrica de chapéus na região de Emmental antes de migrar para as Américas.
Foi no Rio de Janeiro que os pais do empresário se encontraram, em meados da década de 20. Nessa fase, o pai de Lemann fundou a Leco, conhecida pela produção de leite, na infância do jovem.
O pai de Jorge Paulo Lemann faleceu quando o agora empresário famoso ainda tinha 14 anos. Muito precoce, a perda abalou toda a família e foi difícil manter os negócios e os planos de pé.
Mas Lemann finalizou os estudos na Escola Americana do Rio de Janeiro e, aos 17 anos, fluente em inglês, foi aceito para estudar economia na renomada Universidade de Harvard.
Por lá, passou por problemas de disciplina e chegou a ser suspenso por 1 ano. Ele não gostava muito da universidade, mas, enquanto esteve fora, foi incentivado pela família, e em especial por um tio, a se dedicar.
Quando retornou a Harvard, determinado dessa vez, o jovem Lemann conseguiu seu diploma ainda mais rápido do que teria obtido se não fosse suspenso. Em 2 anos, estava formado.
Após se formar, Lemann retornou ao Brasil e começou a trabalhar no mercado financeiro brasileiro, ainda incipiente, e ficou desiludido pelo que encontrou.
Daí que ele, por conta de suas origens europeias, foi para a terra do pai e se tornou estagiário do banco Credit Suisse e compreendeu que o mercado era realmente engessado e pouco inovador em toda parte.
Lemann voltou ao Brasil e começou a empreender. Comprou e vendeu negócios até que começou o Banco Garantia, onde conheceu Marcel Telles e Beto Sicupira – que viriam a ser grandes parceiros de negócios.
Ao longo dos anos, ele e seus parceiros de negócios compraram e fizeram crescer diversas empresas. Ensinamentos como os de Sam Walton, do Walmart, foram fundamentais para as iniciativas funcionarem no Brasil.
Foi a partir daí que Jorge Paulo Lemann comprou e fez crescer a Americanas, que havia enfrentado crises, e a Brahma, que depois ainda seria incorporada à Antártica formando a Ambev.
O sucesso de Jorge Paulo Lemann e seus companheiros de negócios se baseou em filosofia que premiava os colaboradores por alto rendimento. Os salários de Lemann eram abaixo do mercado, mas os bônus por resultados fizeram com que seus colaboradores chegassem a receber dois salários.
Além disso, Lemann acredita fielmente na filosofia da “execução”, na qual não basta ter ideias boas sem colocá-las em prática. Isso, segundo seus pensamentos, pode levar as pessoas a errarem, mudarem e reconfigurar seus objetivos. Ele mesmo, ao longo de sua trajetória, precisou recalcular a rota diversas vezes.
Os números de 2022 mostram que Jorge Paulo Lemann possui hoje uma fortuna de 72 bilhões de reais – cerca de 15 bilhões de dólares.
Os números da revista Forbes mostram que ele é a pessoa mais rica do Brasil, logo à frente de Eduardo Saverin, cofundador do Facebook.
Os negócios de Lemann sempre voltaram para o mercado de empresas tradicionais. Mas, nos últimos tempos, seus ativos têm sido destinados a negócios inovadores e ligados a tecnologias disruptivas.
No mercado tradicional, o empresário tem ações em AB Inbev, Restaurant Brands (Burger King, Tim Hortons e Popeyes), Lojas Americanas, Submarino e outras empresas.
Já no mercado de inovações, ele investe na Movile, dona do iFood, na Brex, e na Stone, entre outros negócios.
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