Redação, do Na Prática
Publicado em 29 de junho de 2018 às 15:02h.
Warren Buffet é considerado um dos investidores mais bem-sucedido de todos os tempos. Não é à toa que acumula uma fortuna de mais de 80 bilhões de dólares, segundo a Forbes. A quantia exorbitante faz com que seja considerado a terceira pessoa mais rica do mundo – atrás de Bill Gates, fundador da Microsoft e Jeff Bezos, da Amazon.
Ele atua como presidente e CEO da Berkshire Hathaway, conglomerado multinacional que investe em empresas dos mais diversos setores. Entre elas, Coca-Cola, Kraft Heinz e American Express. Segundo a Investopedia, a companhia tem uma estratégia bem conhecida, que privilegia um poder de ganho consistente, bom retorno sobre o patrimônio, boa gestão e precificação razoável. Mas, afinal, como Warren Buffett investe?
Seguindo um paradigma chamado “investimento em valor” (value investing), que é baseado nas ideias do economista americano Benjamin Graham, Warren busca títulos que estejam sendo subestimados. Os investidores que utilizam essa estratégia levam em conta mudanças de preço favoráveis, que tenham a ver com análises específicas, que façam com que o preço de uma organização com alto potencial seja deflacionado. Por exemplo, notícias boas e ruins do mercado.
Além disso, o magnata também é reconhecido com um investidor buy-and-hold (“comprar e manter”). Em vez de procurar vender as ações adquiridas no curto prazo para obter ganhos, ele escolhe as que oferecem boas perspectivas de crescimento a longo prazo.
Ainda de acordo com a Investopedia, Warren considera alguns pontos-chave para avaliar um possível investimento. São eles:
As instituições que têm proporcionado um retorno positivo e aceitável sobre o capital próprio por muitos anos são mais atrativas, para ele, do que as empresas que tiveram apenas um curto período de retornos consideráveis.
Ter uma dívida grande em proporção ao capital levanta uma bandeira vermelha para o investidor. Isso porque significa que mais do lucro vai para o pagamento da dívida, em vez de ir para o desenvolvimento e evolução da companhia.
Um dos pontos avaliados por Warren é a margem de lucro. Mais especificamente, ele procura por companhias que tenham boa margem de lucro e que, preferencialmente, ela esteja crescendo. Para não se enganar com tendências de curto prazo, ele analisa a margem de lucro ao longo de vários anos.
Para o magnata, as companhias que fornecem produtos ou serviços que podem ser facilmente substituídos são investimentos mais arriscados do que as que oferecem soluções singulares. “Por exemplo, o produto de uma empresa de petróleo. O petróleo não é tão único porque os consumidores podem comprá-lo de qualquer outro concorrente. No entanto, se a empresa tiver acesso a um grau de óleo mais desejável, esse pode ser um investimento que vale a pena”, detalhe a Investopedia.
Ponto crucial do investimento em valor: encontrar empresas que tenham boa fundamentação, mas estejam negociando abaixo de onde poderiam, por conta de alguma circunstância. Quanto maior o desconto, maior a margem de lucratividade.