O continente africano está se destacando cada vez mais no cenário do empreendedorismo mundial. Atualmente, ele vive um um boom de urbanização, com um grande processo de migração do campo para a cidade.
Isso significa que junto com o desenvolvimento econômico, uma classe média forte está sendo criada e almeja consumir diversos produtos.
Segundo a UN World Urbanization Prospects, das 20 cidades que mais crescem no mundo, 17 estão localizadas no continente africano, resultando no surgimento de diversas possibilidades e levando várias empresas a investir na África.
O Google é uma delas e já anunciou que vai inaugurar seu primeiro centro de desenvolvimento de produtos na cidade de Nairóbi, capital do Quênia. Além disso, o gigante da tecnologia tem planos para investir cerca de US$ 1 bilhão no continente africano pelos próximos cinco anos.
A Microsoft, outra grande empresa da área, também tem planos para investir em mais de 10.000 startups africanas nos próximos anos. A ideia é criar uma série de programas no continente, como colaborações com aceleradores e incubadoras.
Em 2021, várias startups africanas conseguiram investimento para projetos em diversas áreas, como: saúde, fontes alternativas de energia e combustível, alimentação, educação e transporte.
Entre elas, está a Ubongo. Fundada na Tanzânia, a edtech cria mídias educacionais para milhares de famílias africanas de baixa renda. A iniciativa foi vencedora do último Next Billion EdTech Prize, uma premiação anual que reconhece startups da área de educação que ajudam países emergentes. Até o final de 2022, a Ubongo planeja contemplar 30 milhões de crianças com seus conteúdos educativos.
Esse é só um dos exemplos.
De acordo com a sétima edição do Disrupt Africa’s African Tech Startups Funding Report, 564 empresas tech africanas arrecadaram mais de 2 mil milhões de dólares em 2021, se concentrando em alguns pólos:
A cidade se destaca como um centro de tecnologia, avançando rapidamente para uma economia de 24h.
É a sede africana de grandes empresas globais como Cisco, IBM, Coca-Cola e Google — muito por conta de ser um polo turístico e financeiro.
A Cidade do Cabo possui várias empresas notáveis, como por exemplo a Naspers, cuja avaliação era de US$ 104 bilhões em julho de 2021.
O campus da Universidade de Witwatersrand possui uma parceria com o Centro de Inovação da IBM. Cientistas da IBM e estudantes podem colaborar no Centro de Inovação, enquanto start-ups locais têm acesso à tecnologia IBM e à orientação de pesquisadores universitários.
O Cairo possui uma grande capacidade de atrair fundos de crescimento e já chegou a ser mencionado como o Vale do Silício africano.
Na África do Sul, uma das iniciativas que surgiu com os empreendedores da empresa Rethaka, Reabetswe Ngwane e Thato Kgatlhanye foi a mochila escolar “Repurpose Schoolbags”, que gera luz a partir da energia solar.
As mochilas são feitas de sacolas de plástico recicladas e fazem uso de painéis solares que podem ser recarregados enquanto as crianças estão estudando.
Ao retornarem para casa, os alunos podem usar a mochila para andarem nas ruas escuras e a fazerem a lição durante à noite em suas comunidades que ainda não têm acesso à energia elétrica.
A Clafiya é uma startup voltada para a área médica. A empresa liga os pacientes aos profissionais de saúde para fornecer serviços de cuidados rápidos e acessíveis.
Os pacientes devem discar um número, se cadastrar e escolher um plano, assim podem agendar consultas.
O diferencial da tecnologia usada pela startup é que ela usa um protocolo de comunicação de texto em sessão USSD, ou seja, esse código permite alcançar pessoas que estão em áreas de difícil acesso e que não tem conectividade com a internet.
A LyRise é uma plataforma que facilita a contratação de talentos da tecnologia e dados. A empresa também fornece seus trabalhos com IAs para outras empresas. É possível contratar candidatos de qualquer lugar do mundo para o seu projeto ideal.
A iniciativa pode ser acessada por empresas querendo contratar e por engenheiros ou cientistas de IA procurando por emprego.
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