Lápis sobre folha em branco

Jeff Haden vive da escrita há mais de 15 anos, é colunista do Inc.com e cinco de seus livros de negócios já foram parar no topo da lista dos mais vendidos da Amazon. Ele é especializado em ghostwriting, o “escritor fantasma” contratado para colocar no papel as ideias de outros.

Ao longo da carreira, ele acumulou muitos conhecimentos sobre liderança, gestão e o poder da palavra certa. Em um post recente no LinkedIn, ele lista 16 termos para evitar a todo custo na hora de se apresentar profissionalmente.

Confira abaixo a tradução do Na Prática e atualize seu currículo:

Você descreve a si mesmo de maneira diferente em seu site, materiais promocionais ou especialmente nas redes sociais do que faz em pessoa? Usa clichês cafonas e superlativos enormes e muitos adjetivos? Você escreve coisas sobre si mesmo que nunca teria a coragem de falar?

Aqui estão algumas palavras que são ótimas quando usadas por outros para te descreverem – mas que você nunca deve usar para se descrever:

1. “Inovador”

A maioria das empresas diz que é inovadora. A maioria das pessoas diz que é inovadora. Na verdade, a maioria não é. (Eu definitivamente não sou.) Não tem problema, porque inovar não é um pré-requisito para o sucesso.

Se você for inovador, não diga: prove. Descreva os produtos que desenvolveu. Descreva os processos que modificou. Dê-nos algo real para que sua inovação não passe em branco mas fique evidente… Que é sempre o melhor tipo de inovador.

2. “Nível mundial”

Usain Bolt: atleta de nível mundial com medalhas olímpicas como prova. Lionel Messi: jogador de futebol de nível mundial com quatro troféus Ballon d’Or como prova. Mas o que é uma empresa ou um profissional de nível mundial? Quem define esse nível? Nesse caso, provavelmente é só você.

3. “Autoridade”

Como disse Margaret Thatcher: “Ser poderoso é como ser uma lady. Se você precisa dizer que é, não é”. Mostre sua expertise no lugar. “Palestrante do TEDxEast ” ou “Previu 50 de 50 estados na eleição de 2012″ (Olá, Nate Silver!) indica um nível de autoridade. A não ser que você consiga provas, “autoridade em marketing de mídias sociais” pode só significar que você passa muito tempo pensando em sua nota no Klout.

4. “Atenção aos resultados”

Sério? Algumas pessoas focam no que foram pagas para focar? Não tinha ideia.

5. “Fornecedor global”

A maioria dos negócios pode vender bens e serviços mundialmente. Os que não podem são bastante óbvios. Use “fornecedor global” apenas se essa capacidade não for suposta ou óbvia. De outra forma, só parece que você está tentando fazer sua pequena empresa parecer maior.

6. “Motivado”

Nunca leve crédito por coisas que você deveria fazer – ou deveria ser.

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7. “Criativo”

Leia certas palavras com muita frequência e elas perdem o impacto. “Criativo” é uma delas. Outras incluem “extenso”, “comprovado”, “influente”, “trabalha bem em times”… Alguns desses termos podem realmente descrevê-lo, mas como estão sendo usados por todo mundo não são mais impactantes.

8. “Dinâmico”

Se você também é “vigorosamente ativo e enérgico”… Fique longe.

9. “Guru”

As pessoas que tentam ser espertas só para serem espertas são qualquer coisa menos isso. (Como no número 8.) Não seja um ninja, sábio, conhecedor, sabichão autointitulado… É ótimo quando clientes lhe descrevem assim afetuosamente. Refira-se a si mesmo assim e vai ficar óbvio que você está tentando impressionar os outros – ou você mesmo.

10. “Curador”

Museus têm curadores. Bibliotecas têm curadores. Links no Twitter que levam a coisas que você acha interessantes não te tornam um curador… Ou uma autoridade ou um guru.

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11. “Apaixonado”

Sei que muitos discordam, mas se você diz que é incrivelmente apaixonado por, sei lá, incorporar estéticas elegantes de design em objetivos cotidianos… Para mim parece um exagero. O mesmo é verdade se você é apaixonado por desenvolver soluções de longo prazo para clientes. Tente colocar as palavras “foco”, “concentração” ou “especialidade” no lugar.

12. “Único”

Impressões digitais são únicas. Flocos de neve são únicos. Você é único – mas seu negócio provavelmente não é. Não tem problema, porque clientes não ligam pra singularidade. Ligar para “melhor”. Mostre que você é melhor que a competição e na mente de seus clientes, você será único.

13. “Incrivelmente”

Folheie alguns currículos aleatórios e vai encontrar uma série de outros descritivos modificados: “incrivelmente apaixonado”, “profundamente esclarecedor”, “extremamente cativante”… Não basta ser esclarecedor ou cativante? Tem que ser profundamente esclarecedor? Confie que já entendemos.

14. “Empreendedor em série”

Algumas pessoas começam múltiplos negócios bem sucedidos de longo prazo. Eles são os empreendedores em série. O resto começa um negócio que fracassa ou dá certo, tenta outra coisa, depois outra coisa e segue nessa repetição até encontrar uma fórmula que funcione. Essas pessoas são empreendedores. Tenha orgulho se for “apenas” um empreendedor. Você deveria.

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15. “Estrategista”

Eu às vezes ajudo fábricas a melhorar na qualidade e na produtividade. Há estratégias que uso para identificar áreas que podem ser aprimoradas, mas não sou de jeito nenhum um estrategista. Estrategistas olham o presente, enxergam algo novo e desenvolvem abordagens para tornar essa visão uma realidade. Eu não crio algo novo. Aplico minha experiência e alguns métodos comprovados para criar melhorias.

Pouquíssimas pessoas são estrategistas. A maioria dos “estrategistas” são coaches, especialistas ou consultores que usam o que sabem para ajudar os outros. É o que o cliente precisa 99% do tempo – ele não precisa nem quer um estrategista.

16. “Colaborativo”

Se seu processo é desenhado para usar meu input e feedback, diga-me como funciona. Descreva o processo. Não diga que vamos trabalhar juntos – descreva como vamos trabalhar juntos.

 

Artigo originalmente publicado no LinkedIn e traduzido pelo Na Prática

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