Duas jovens conversam em frente a uma lousa na qual planejam um projeto de intraempreendedorismo
Foto de ThisIsEngineering via Pexels

Você já deve ouvido que ter um funcionário capaz de pensar e agir como dono da empresa é muito importante para o sucesso do negócio. O que está atrelado a esta noção é o conceito de empreender dentro da própria organização, conhecido como “intraempreendedorismo”. Levando em conta que o mercado – seja ele qual for – demanda cada vez mais inovação, a ideia de estimular colaboradores a inovarem dentro do próprio trabalho pode trazer resultados surpreendentes. Entenda quais são as possibilidades em torno do intraempreendedorismo.

Conceito de intraempreendedorismo

Em 1985, o empresário norte-americano Gifford Pinchot III publicou o livro Intrapreneuring: Why You Don’t Have to Leave the Corporation to Become an Entrepreneur. A obra popularizou o “intraempreendedorismo” como um conceito difundido pelo autor. O termo está associado à criatividade para desenvolver novos produtos ou inovar em processos dentro da empresa. Segundo Pinchot, existem alguns passos a galgar para se tornar um intraempreendedor, tais como fazer o melhor que puder em todos os dias de trabalho, honrar seus líderes e ser estritamente fiel a seus objetivos. 

Segundo a Aiesec, intraempreendedorismo é uma característica buscada nos profissionais do mercado de trabalho atual, a partir de uma atitude proativa que se espera deles. Os líderes querem encontrar pessoas capazes de resolver problemas a partir de novas perspectivas, indo muito além do pensamento de um funcionário comum. O conceito, porém, não é aplicado somente no contexto corporativo, já que faz parte de um programa (Inova 2030 – Jovens Inovadores em ODS) realizado pelo Pacto Global da ONU. Em parceria com a Fundação Dom Cabral e Liga de Empreendedores, a iniciativa quer desenvolver o potencial intraempreendedor dos jovens, a fim de colaborar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 

Vantagens do intraempreendedorismo

Se, num contexto global, é importante intraempreender para promover transformação social, na dinâmica de uma empresa a prática pode trazer benefícios ainda mais tangíveis. Uma das maiores vantagens é tornar o ambiente de trabalho mais estimulante, além de horizontalizar as relações, quebrando com a ideia de que só quem está na “linha de frente” é responsável pelo sucesso e pelo fracasso do negócio. Em uma empresa que adota o intraempreendedorismo como premissa, todos os colaboradores que se engajarem têm protagonismo no crescimento da companhia.  Existe, ainda, uma vantagem competitiva, já que todos estarão aptos a propor – e executar – ideias, o que certamente trará inovações das mais diversas (como falaremos adiante, ao destacar exemplos conhecidos). 

Exemplos de sucesso

Quando falamos em cases de intraempreendedorismo nas grandes corporações, é comum nos depararmos com histórias de produtos ou soluções que surgiram, num primeiro momento, para melhorar os processos internos e só depois ganharam o mundo. Este é o caso do Gmail, que surgiu como uma ferramenta para trocas de mensagens entre os próprios funcionários do Google. A ferramenta foi desenvolvida pelo engenheiro Paul Buchheit em 2001, a partir de sua experiência com webmails desde os anos 1990. 

Outro exemplo popular de intraempreendedorismo é a criação do post-it, pela 3M que, não por acaso, é considerada uma das empresas mais inovadoras do mundo. O embrião foi a ideia de um engenheiro da companhia, Spencer Silver, que queria criar um adesivo para ser usado na indústria aeroespacial. Ele acabou desenvolvendo um produto que não se adequava exatamente a esta proposta, mas não deixou a ideia morrer. Pelo contrário: o engenheiro desafiou outros departamentos da 3M a utilizar o adesivo de outra forma. O feito ficou com o cientista Art Fry, que usou o produto incialmente como marcador de página e, depois, como porta-recados.

Há, ainda, o case do Playstation, desenvolvido quando a Sony ainda fabricava somente aparelhos de som. Na época, a marca tinha uma parceria com a Nintendo para desenvolver um chip de áudio, mas o contrato com as empresas foi rescindido. Foi então que Ken Kutaragi, funcionário da Sony, apresentou aos diretores da empresa a ideia de desenvolvimento de um console. Ele ficou conhecido como “pai do Playstation”. 

O fato é que, para criar um ambiente intraempreendedor, é necessário que a organização tenha tolerância a erros e mantenha um canal aberto para a comunicação entre as equipes e, principalmente, com as respectivas lideranças. Também é fundamental ter times diversos, formados por profissionais com diferentes backgrounds, seja de formação ou de contexto social. 

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