Homens de terno em recepção de prédio

Mal começou 2015, e crise já parece ser a palavra do ano. Política, água, energia, economia: não faltam temas para previsões catastróficas. Diante desse cenário, não é pessimista dizer que muitas empresas e até setores inteiros passarão por dificuldades financeiras nos próximos tempos.

O que fazer se o seu empregador for o próximo a atravessar um momento difícil?

Segundo a professora espanhola Mireia Las Heras, da IESE Business School, pular do barco aos primeiros sinais de tormenta não é a única saída inteligente. Isso porque a crise tem o potencial de gerar um ambiente instável, propício à experimentação: um prato cheio para profissionais criativos e ambiciosos, segundo ela.

“Para resolver o problema, você não vai agir da forma convencional”, explica a professora. “Você terá a oportunidade de fazer diferente e criar, como num laboratório”.

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Zona de conforto

Não que a inovação e a ousadia sejam as respostas tipicamente humanas a uma crise – muito pelo contrário. “Diante da dificuldade, as pessoas tendem a ser estritamente reativas”, afirma Las Heras. “Fazem apenas o esperado delas, por medo de que um eventual erro antecipe sua demissão”. Esse é justamente o comportamento que põe tudo a perder. “Para se recuperar, a empresa precisa de pessoas que, em vez de só reagir automaticamente às demandas, saiam da sua zona de conforto e ofereçam soluções criativas”, diz ela.

Não que isso seja fácil, inclusive pelo clima de insegurança geral. Mas, garante a professora, compensa ter um pouco de paciência. “Pedir demissão só é o caminho se você não puder propor e inovar”, diz ela. “E de preferência se tiver outra vaga em vista, claro”.

Depois da tormenta

Segundo o coach Homero Reis, são muitos os profissionais que não abandonaram empregadores em crise e, uma vez passada a “tempestade”, acabaram se dando bem. São pessoas que conseguiram salvar a empresa de um fim trágico, ou que simplesmente provaram sua fidelidade ao permanecer. “Empresas sérias acabam recompensando essa atitude mais tarde”, afirma o coach.

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Mesmo se esse reconhecimento posterior não vier, há ganhos. “Você sairá da ‘tragédia’ com ótimas histórias para contar, além de muito mais maduro profissionalmente”, diz Reis. A professora Las Heras também acredita na possibilidade de avançar na carreira a partir de uma crise. “Você aprende como nunca, principalmente pela chance de experimentar projetos e soluções inovadoras”, diz ela.

Então permanecer na empresa é sempre a melhor ideia? Não é bem assim. “Há riscos e oportunidades em cada decisão”, explica Reis. “Para não se equivocar, é importante ser realista e bem informado sobre o seu mercado e a sua profissão”.

Las Heras também recomenda atenção constante aos sinais do empregador. “Em muitos casos, a empresa começa a desistir da batalha, já não investe em ideias novas e só corta custos”, explica. “Nessa hora, é melhor sair em busca de outras oportunidades”.

Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com 

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